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Dor crônica: quem cuida do cuidador?

Sistema Nervoso

Dor crônica: quem cuida do cuidador?

A dedicação de familiares e amigos no cuidado aos pacientes com dores crônicas pode colocar sua própria saúde em risco. Saiba como manejar a situação

Uma pessoa com dor crônica vivencia uma série de sentimentos conflitantes e que alteram o seu humor ao longo do dia: ora estará estressada e abalada, ora triste e desenganada, acreditando que o incômodo que sente nunca mais vai embora. Por isso, quem vai cuidar desse paciente precisa ser condescendente e ter muita compaixão para entender sempre que está lidando com uma pessoa em constante sofrimento.

Só que para o cuidador, especialmente o familiar designado para lidar com as tarefas principais daquela pessoa, o fato de saber disso não significa que seu cotidiano será mais tranquilo ou mais fácil. Ao contrário, muitas vezes a relação de proximidade entre paciente e cuidador pode resultar em brigas, desentendimentos e até, em casos extremos, violência. É por isso que todo cuidador precisa, antes de cuidar do outro, aprender a cuidar melhor de si mesmo.

Olhe para si

Rosamaria Rodrigues Garcia, fisioterapeuta e professora da Pós-graduação em Gerontologia do Centro Universitário São Camilo, lembra que é sempre importante que o cuidador divida as tarefas com outra pessoa do círculo mais próximo do paciente para que ele possa, mesmo que por poucas horas, realizar algumas atividades para o autocuidado, como ir ao médico, ir à igreja, visitar um amigo, ou apenas descansar e relaxar.

“O cuidador familiar deve se permitir dividir o cuidado e confiar aos outros certas tarefas, porque ele também precisa de um tempo afastado do paciente para estar bem física e mentalmente. E só assim ele vai poder cuidar bem do doente”, lembra Rosamaria.

Conversa em família

No núcleo familiar, é comum que todas as atenções se voltem ao paciente e que o cuidador acabe ficando esquecido ou relegado. Mas, em alguns momentos, é importante que ele seja reconhecido e elogiado pela família para que possa manter a sua própria saúde mental. “Eu sugiro sempre que ocorram reuniões familiares - até mesmo com a presença do paciente - para que essas questões venham à tona e o cuidador possa ser ouvido em suas necessidades e até para que as tarefas domésticas possam ser divididas entre os demais membros da família”, reforça a professora.

Especialmente no Brasil, os cuidadores familiares não escolhem tal tarefa, mas acabam recebendo essa incumbência de outros membros da família, continua Rosamaria. “Pode ser a esposa, uma filha solteira ou, normalmente, uma pessoa que mora junto com o doente, que será um cuidador sem querer. Só que é importante frisar que essa pessoa precisa de ajuda de todo tipo para exercer a tarefa, seja instrumental - com o pagamento de remédios e consultas, por exemplo - seja com tempo dedicado ao paciente.”

Dicas para ter mais empatia na hora de cuidar:

  1. Entenda que nenhuma pessoa gosta de sentir dor. A dor incomoda não apenas do ponto de vista físico, mas ela é capaz de deixar a pessoa irritada e estressada, vivenciando sentimentos de angústia, tristeza, desespero e, principalmente, desesperança, de que aquela dor nunca mais vai embora.
  2. Tenha cautela. Isso porque às vezes um leve toque pode causar muito desconforto para a pessoa com dor crônica que, normalmente, já tem uma hipersensibilidade à dor. Por isso, essa pessoa precisa ter um cuidado especial na hora de trocar o paciente, dar banho e sempre que for tocá-lo.
  3. Converse mais - e sempre. Pergunte ao paciente sobre quais são os locais em que ele sente menos dor e entenda quais posições são mais confortáveis. Isso é importante para aliviar seu sofrimento. Tente posicionar algumas almofadas nos locais em que a dor é menor, para que ele se sinta menos incomodado.
  4. Esteja com suas necessidades básicas atendidas. Isso significa que, se você estiver com fome, coma primeiro e só depois alimente o paciente. Se estiver cansado, tome banho antes de dar banho no paciente. Pessoas com fome, sede, cansaço ou sono ficam mais irritadas e terão menos paciência para cuidar do outro. A falta de paciência, ao extremo, pode até resultar em uma violência física ou verbal.
  5. Cuide também de si. A dica principal é manter sempre o autocuidado, também do ponto de vista da saúde mental. Para tanto, é interessante buscar uma atividade que traga religiosidade, espiritualidade ou tranquilidade para que o cuidador também se sinta cuidado.

1 Fonte: Rosamaria Rodrigues Garcia, fisioterapeuta e professora da Pós-graduação em Gerontologia do Centro Universitário São Camilo.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde NM - 1636403– AA – Saber da Saúde

Estimulação cerebral profunda: mais uma opção no tratamento da distonia

Sistema Nervoso

Estimulação cerebral profunda: mais uma opção no tratamento da distonia

O procedimento é cada vez mais indicado para o controle dos sintomas mais severos da doença, já que ajuda a recuperar a qualidade de vida

Distonia é um distúrbio neurológico caracterizado por contrações musculares prolongadas e involuntárias que causam torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais. A doença afeta de 30 a 50 em cada cem mil pessoas no mundo, com a agravante de seus espasmos musculares serem muito dolorosos, interferindo diretamente na qualidade de vida1. É por isso que tratamentos que trazem alívio aos sintomas são cada vez mais procurados.

“A Estimulação Cerebral Profunda ou DBS (sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) tem se tornado um procedimento padrão para pacientes com distonia e que não respondem bem a tratamentos convencionais, como medicamentos, terapias de reabilitação e aplicação de toxina botulínica”, lista Felipe Mendes, neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e médico pioneiro na técnica cirúrgica de aneurisma com paciente acordado em Minas Gerais.

Além disso, o procedimento pode ser uma opção para pacientes com condições graves e incapacitantes, que têm suas vidas afetadas significativamente, principalmente nos casos de distonias primárias e hereditárias.

Antes de fazer a cirurgia

Todos os pacientes passam por uma avaliação médica detalhada, incluindo exames de imagem como a ressonância magnética, para identificar as áreas-alvo apropriadas para o implante dos eletrodos. Além disso, é realizada uma avaliação neuropsicológica, que mapeia as funções cognitivas dos pacientes, como atenção, memória e raciocínio, além de diagnosticar possíveis alterações de humor como depressão e ansiedade.

“A equipe médica - formada por neurologistas, neurocirurgiões, neurofisiologistas e neuropsicólogos - discute detalhadamente cada caso para explicar ao paciente e seus familiares os riscos e benefícios e alinhar expectativas”, conta Mendes.

Durante o procedimento

O neurocirurgião explica que, por meio de um procedimento cirúrgico, eletrodos são introduzidos em alvos específicos do cérebro e conectados a um gerador que fica na região subcutânea (embaixo da pele), próximo à clavícula. “O estimulador é programado por um controle remoto portátil para modular os sinais nervosos anormais que causam as contrações musculares descontroladas da distonia, reduzindo, dessa forma, os sintomas que impactam sobremaneira a qualidade de vida de quem sofre desses distúrbios.”

E depois, como é o pós-operatório?

Após a cirurgia, como são feitos pequenos cortes para a introdução do dispositivo, o paciente deve ser cuidadoso, para prevenir infecções e garantir uma cicatrização rápida. “É no pós-cirúrgico também que fazemos a programação do sistema de estimulação, com ajustes para otimizar o controle dos sintomas”, explica o médico. Como em muitas outras cirurgias, atividades de esforço excessivo estão vetadas até que o médico avalie que o paciente está apto a retomá-las.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.

NMD = 1898906 – AA – Saber da Saúde

1 Distonia. Estimulação Cerebral Profunda, Site da Boston Scientific.

Medicamentos para obesidade: quando são recomendados

Outras Condições

Medicamentos para obesidade: quando são recomendados

Nem todo paciente acima do peso necessita de uma terapia medicamentosa para driblar os quilos a mais. Porém, os remédios são um recurso eficiente para combater a obesidade em pacientes com IMC alto

Quando se fala em tratar a obesidade, logo se pensa em cortar calorias. Afinal, é o excesso delas que provoca o acúmulo de gordura corporal e, consequentemente, o sobrepeso. A equação equilibrada entre o consumo de calorias por meio da alimentação e o gasto delas em atividades rotineiras e exercícios físicos é o segredo para a boa forma.

Mas nem sempre é fácil manter essa conta em dia, e fatores ambientais, genéticos e emocionais contribuem para desequilibrá-la, provocando a obesidade. Se as dietas ricas em alimentos in natura e pouco calóricos são as primeiras indicações para quem deseja perder peso, muitas vezes, é necessário associar um tratamento farmacológico para driblar os quilos extras.

Segundo as Diretrizes Brasileiras da Obesidade (2016)1, publicadas pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os medicamentos só devem ser indicados em determinadas situações:

  • se o paciente obeso apresentar complicações associadas, como problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
  • o IMC for maior ou igual a 30 kg/m2 ou for maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² com a presença de comorbidades.
  • o tratamento para perda de peso, sem o uso de medicamentos, não apresentou bons resultados em tentativas anteriores.

“Para escolher a melhor medicação, devemos considerar indicações, contraindicações, comorbidades e a possibilidade de interação medicamentosa”, explica o endocrinologista Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). O médico ainda lembra que os possíveis perfis alimentares, "os chamados fenótipos específicos", apesar de ainda provocarem polêmica entre os especialistas, podem aumentar, em tese, a especificidade do tratamento.

Veja também:

Crianças obesas, um problema de saúde pública
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Terapia individualizada

No Brasil, atualmente, a sibutramina, o orlistate, a liraglutida, a naltrexona com bupropiona e a semaglutida são as substâncias aprovadas para tratar a obesidade. Com ações diferentes, elas agem no cérebro e inibem o apetite ou são capazes de reduzir a absorção de gorduras ingeridas, pois atuam no intestino. Mas, independentemente de suas indicações, elas jamais devem ser utilizadas sem prescrição médica.

“O tratamento de obesidade é individualizado. O médico, baseado em uma anamnese bem-feita, considera o histórico do paciente. Além disso, avalia se ele apresenta outra enfermidade, como padrão compulsivo, depressão, insônia, saciedade reduzida, ansiedade ou ainda metabolismo lento. Todos esses fatores devem ser analisados pelo especialista a fim de indicar a melhor substância para cada caso”, comenta Deborah Beranger, endocrinologista pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, lembrando que o médico ainda pode optar por fazer associações medicamentosas com o objetivo de realizar uma terapia globalizada.

Leia mais: Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

O sucesso do tratamento depende de uma série de fatores, inclusive de um planejamento de metas realistas e do engajamento do paciente para alcançá-las. Nas Diretrizes da Abeso, a intervenção terapêutica é eficaz quando ocorre uma redução maior ou igual a 1% do peso corporal por mês, atingindo pelo menos 5% em 3 a 6 meses. Mais: a diminuição de 5% a 10% de peso em pacientes obesos reduz de forma significativa os fatores de risco para diabetes e doenças cardiovasculares2.

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 1 DIRETRIZES Brasileiras de Obesidade, 2016. ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 4.ed. São Paulo. Disponível em: https://abeso.org.br/wp- content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf. Acesso em: 11 out. 2023.

2 ABESO. Associação Brasileiro para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Atualização das Diretrizes para o Tratamento Farmacológico da Obesidade e do Sobrepeso. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Atualizacao-das-Diretrizes.pdf Acesso em: 11 out. 2023.

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Afinal, o que é alimentação metabólica?

Outras Condições

Afinal, o que é alimentação metabólica?

Todos os alimentos influenciam no metabolismo, mas as refeições equilibradas e ricas em macronutrientes são capazes de estimular esse processo

Quando se discute obesidade e emagrecimento, logo surgem dietas que prometem resultados otimizados em pouco tempo. Nesse campo, um dos conceitos que tem feito sucesso é o de alimentação metabólica. “Esse termo vem sendo utilizado em diferentes contextos e com várias interpretações. Refere-se a um tipo de dieta ou plano alimentar que supostamente visa otimizar o metabolismo para aumentar o gasto de energia e promover a perda de peso”, comenta Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

O conceito está baseado nos princípios da alimentação equilibrada. “Todos os alimentos, todos os macro e micronutrientes, contribuem para o bom funcionamento do nosso metabolismo. Quando ingerimos carboidratos, proteínas ou gorduras, estamos interferindo metabolicamente no organismo”, explica o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Ele exemplifica: “Uma dieta com predominância de alimentos termogênicos age na melhora da taxa metabólica basal; uma dieta hiperproteica promove maior queima de calorias e aumenta o metabolismo”.

A influência dos alimentos no metabolismo

Fazer refeições frequentes e controlar a ingestão de macronutrientes com o objetivo de aumentar o consumo de proteínas e reduzir o de carboidratos e gorduras são premissas da alimentação metabólica, que deve ser combinada com a prática regular e constante de exercícios físicos. A proposta é preferir alimentos que estimulem o metabolismo e, consequentemente a queima de calorias, a fim de perder peso. Assim, nas refeições, não podem faltar:

  • o Alimentos termogênicos: eles requerem mais energia para serem digeridos e processados pelo corpo, processos que aumentam o gasto calórico. Nesse grupo, estão a pimenta, o chá verde, o café e alimentos ricos em proteínas, como carne magra, ovos e laticínios.
  • o Nutrientes equilibrados: a alimentação metabólica enfatiza a importância de se incluir uma proporção adequada de proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis em cada refeição. Isso ajuda a manter o equilíbrio de energia e a estabilidade dos níveis de açúcar no sangue, evitando o acúmulo de gordura.

Entretanto, é importante lembrar que nem todo mundo responde da mesma maneira ao consumo dos mesmos alimentos, principalmente entre os obesos, nos quais fatores como genética, estresse, sedentarismo e questões sociais influenciam no ganho de quilos. Segundo Ribas Filho, alguns alimentos têm uma capacidade maior de acelerar o metabolismo, mas o tratamento da obesidade envolve um cuidado individualizado e amplo, no qual a dieta balanceada, os exercícios físicos e os momentos de descanso e lazer também são fundamentais para o bem-estar e o emagrecimento.

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