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Tremor essencial

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É bastante comum encontrar pessoas que apresentam algum tipo de tremor. Normalmente, os membros superiores (braços e mãos) são os mais afetados, ao fazer algum movimento. Essa condição clínica chama-se tremor essencial e, mesmo sem alterar a expectativa de vida de seu portador, pode comprometer sua rotina. Conheça mais sobre essa enfermidade, suas características, seus sintomas e os tratamentos disponíveis.

O que é tremor essencial?

Apesar de não ser tão divulgado, o tremor essencial (TE) é um transtorno comum. Ele é um distúrbio neurológico caracterizado por um tremor incontrolável durante um movimento voluntário, como escrever ou beber água, e atinge principalmente os braços e as mãos, mas costuma acometer também a cabeça, a língua, o queixo e a laringe (caixa de voz). Quando já está mais avançado, pode ainda se manifestar nas pernas.

Os estudos mostram que a prevalência do tremor essencial varia de 0,5% a 6%, dependendo da população, da etnia e da idade, mas, entre os idosos com mais de 65 anos, chega a 4,5% 1. Os números confirmam que a incidência do tremor essencial exige mais atenção médica, mas seu diagnóstico é bastante difícil.

Segundo dados da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) 2, de 30% a 50% dos diagnósticos que deveriam ser de tremor essencial são confundidos com doença de Parkinson ou distonia. Isso ocorre porque as causas dessa condição não estão completamente definidas.

Quais são as causas do tremor essencial?

Ainda não se sabe ao certo o que provoca o tremor essencial. As pesquisas mais recentes apontam para várias hipóteses, como: atividades anormais nos circuitos do cérebro, alteração nas redes de neurônios, neurodegeneração e disfunção dos neurotransmissores gabaérgicos, responsáveis pela calma e relaxamento, principalmente no cerebelo e no tronco cerebral. Os neurologistas sabem que é uma doença que compromete a atividade elétrica nos circuitos motores, incluindo o córtex cerebral e o tálamo, regiões que participam do controle dos músculos. Daí a presença do tremor durante o movimento. Muitos casos também têm origem no histórico familiar, entretanto, não se pode afirmar que há uma causa genética ou um fator de risco genético associado ao tremor essencial.

Como é feito o diagnóstico do tremor essencial?

O tremor essencial exige um diagnóstico cuidadoso, já que é uma doença progressiva e heterogênea e não existem exames laboratoriais ou testes específicos para identificá-la. É necessário fazer uma investigação minuciosa: os especialistas devem considerar a idade, o gênero e o histórico familiar do paciente; se ele é portador de outras doenças ou faz uso de medicamentos que causam tremores; além de realizar testes neurológicos. Fazer um levantamento detalhado dos sintomas também é fundamental: há quanto tempo eles surgiram, em quais situações o tremor aparece (em repouso ou em movimento), se ocorre piora em momentos de estresse e ansiedade, quais partes tremem e com qual frequência e se há rigidez muscular.

Alguns pesquisadores apontam que, para se concluir um diagnóstico de tremor essencial, é necessário conferir alguns critérios:

  • se é um tremor de ação isolado em ambos os membros superiores;
  • com duração mínima de três anos;
  • se há tremor em outros locais, como cabeça e voz, porém, considerando que não é comum acometer exclusivamente cabeça e voz;
  • se há piora em situação de estresse;
  • Com essas informações detalhadas, os especialistas podem descartar a hipótese de outros transtornos, como mal de Parkinson, distonia e esclerose múltipla, e classificar a condição clínica como tremor essencial.

Há tipos diferentes de tremor essencial?

Há dois tipos de tremor essencial, com características fisiopatológicas diferentes: o de início precoce e o de início tardio.

O tremor essencial de início precoce aparece por volta dos 20 anos, costuma piorar nos primeiros períodos, alcança estabilidade e volta a se agravar com o envelhecimento. Ele é mais comum entre os homens, o paciente costuma ter histórico familiar e seus sintomas prevalecem nos membros superiores (raramente, esses pacientes vão apresentar sintomas em outras partes do corpo).

Já o tremor essencial de início tardio dá seus primeiros sinais após os 60 anos de idade e surge principalmente em mulheres. Muitas vezes, não é possível identificar um histórico familiar de tremor e ocorre um comprometimento da voz e da cabeça com maior frequência.

Nos dois tipos, os sintomas tendem a piorar com o avançar da idade e ainda podem aparecer outros comprometimentos, como alterações auditivas (perda da audição), cognitivas (um leve comprometimento por causa do envolvimento do cerebelo, responsável pela coordenação e equilíbrio) e psíquicas (transtorno de humor e ansiedade).

Quais são as principais diferenças entre tremor essencial e Doença de Parkinson?

Como o tremor essencial é constantemente confundido com o mal de Parkinson, é importante estar atento. No tremor essencial:

  • os movimentos são mais lentos.
  • não há rigidez muscular.
  • não há um tremor de repouso isolado.
  • é relativamente constante.
  • o tremor concentra-se no punho.

Intra-hepático: comete os ductos biliares dentro do fígado e muitas vezes é classificado como um tipo de câncer de fígado;

Perihilar: ocorre nos ductos fora do fígado. O tipo mais recorrente é o tumor de Klatskin, que acomete a região onde os ductos direito e esquerdo se encontram, originando o ducto hepático comum.

Distal: acomete a porção do ducto biliar que fica mais próxima do intestino delgado e também é chamado de colangiocarcinoma extra-hepático.

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A doença não afeta apenas idosos e nem sempre o paciente terá tremores. E quanto mais gente souber disso, mais rápido será o acesso ao tratamento

É comum que o Parkinson seja imediatamente associado aos tremores que caracterizam o estado mais avançado da doença. Além disso, muitos acreditam que se trata de uma condição típica de pessoas mais velhas, sendo impossível de acontecer nos mais jovens. No entanto, essas duas afirmações não passam de mitos que ainda são comumente espalhados por aí, impactando até mesmo o acesso de pacientes ao tratamento adequado.

Com a ajuda de Eduardo Alho, neurocirurgião da Clínica de Dor e Funcional (SP) com pós-doutorado no Departamento de Neurologia da Universidade de São Paulo, vamos elucidar esses e outros mitos sobre a doença.

Parkinson é uma doença debilitante e terminal Para o neurocirurgião, esse talvez seja o principal mito que ele ouve no consultório. “Mas a verdade é que existe um espectro amplo da doença e muitas possibilidades de tratamento, desde medicamentos, reabilitação física, até o tratamento cirúrgico”, assegura. Porém, “o Parkinson é uma doença degenerativa e que pode, sim, limitar os pacientes do ponto de vista físico. Porém, se for diagnosticado e tratado corretamente, essas limitações podem ser contornadas e permanecerão imperceptíveis em uma parcela grande dos pacientes.”

A doença só afeta os movimentos. Até mesmo médicos não especialistas podem pensar que isso seja verdade. Mas não é assim que acontece. A doença de Parkinson tem sintomas além dos motores e que podem afetar mais a vida cotidiana do que as dificuldades de movimento. E isso inclui olfato prejudicado, distúrbios do sono, déficit cognitivo, prisão de ventre, ansiedade e depressão, fadiga, dor (principalmente em um membro), formigamento e outros1.

O tratamento não funciona bem. É verdade que, infelizmente, há pacientes que não evoluem bem, a despeito dos tratamentos medicamentosos, exercícios, reabilitação e cirurgias. “Esta realidade, porém, não acontece para a maioria dos pacientes. Do total de pessoas com Parkinson, apenas uma minoria terá critérios para cirurgia, sendo que desses, a maioria tem um bom controle dos sintomas, com qualidade de vida”, observa o médico. No entanto, segundo ele, é importante ter em mente que qualquer um dos tratamentos não reverte as causas da doença (que é progressiva e degenerativa), mas busca retardar e aliviar os sintomas. Por isso, é importante continuar realizando atividades físicas para ajudar a manter as funções motoras e cognitivas desses pacientes.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde NM - 1756909– AA – Saber da Saúde

Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia

Sistema Nervoso

Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia

O paciente precisa ser avaliado por especialistas para evitar que a condição seja confundida com outras condições neurológicas 

Ainda que pouco conhecida pelo público em geral, a distonia é um dos distúrbios de movimento mais comuns e afeta cerca de 65 mil brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde, que também estima a incidência de distonia focal em 29,5 casos por 100 mil habitantes¹. A causa mais aceita atualmente é a de que o gânglio basal, parte do cérebro que controla os movimentos, não funciona corretamente ou foi danificado nestes pacientes.

Os principais sintomas da (Distonia) são as contrações musculares prolongadas e involuntárias, que causam torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais, podendo acontecer de forma generalizada ou focal (geralmente cervical) ou ao redor dos olhos. Esses espasmos musculares podem ser dolorosos e interferem nas atividades cotidianas dos pacientes.

A neurocirurgiã Vanessa Holanda explica que a distonia pode ser confundida com outras doenças, como o Parkinson. “A Doença de Parkinson pode ter distonia associada, mas o tremor distônico é diferente. Por isso é tão importante que o paciente seja avaliado por um especialista, que vai checar o local da contração e outros sintomas.”

Assim como o próprio Parkinson, a distonia não tem cura, mas o paciente pode ter uma boa qualidade de vida desde que o tratamento seja feito de forma adequada. A cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda também é uma alternativa para o controle dos sintomas, principalmente quando o tratamento prioritário não atinge os objetivos desejados.

Entenda o diagnóstico e conheça o tratamento da Distonia

Como a distonia ainda é pouco conhecida pela maioria da população e pode ser confundida com outras condições neurológicas, a neurocirurgiã aponta alguns fatores importantes para evitar erros de diagnóstico e obter o tratamento adequado para a doença.

Fique atento com o diagnóstico

Procure uma equipe especializada no assunto. Profissionais com pouca experiência em distonia podem associar os sintomas a outras doenças, causando erro no diagnóstico. “Esse é um ponto muito importante, especialmente no mês de conscientização sobre a distonia. Existe muita confusão, como o caso de pacientes que chegam no pronto-socorro com dores e são tratados como casos de crise convulsiva, por exemplo, e isso gera embaraço social”, explica. 

Comece o quanto antes o tratamento

O rápido diagnóstico evita que a distonia seja confundida com outras condições neurológicas e permite que o paciente comece o tratamento rapidamente, controlando a evolução da doença. 

Não acredite que somente a medicação resolverá o caso

O tratamento adequado da distonia envolve três partes essenciais: a aplicação de toxina botulínica, a administração de remédios orais e a prática de exercícios físicos regularmente. Esta última deve ser tratada com a mesma responsabilidade das demais. Isso porque a atividade física é essencial para ajudar a frear o avanço da doença. 

Atente-se aos fatores psicológicos e emocionais

A ansiedade é um dos pontos agravantes da doença, que pode tensionar ainda mais a musculatura, causando dor profunda ao paciente. Além da medicação adequada e da aplicação de toxina botulínica para relaxamento da musculatura, é fundamental que o paciente evite situações de estresse. 

       

Veja também: Minha missão é viajar por esse mundo e levar informações sobre a distonia

Agora que você se informou sobre 4 passos para o diagnóstico e tratamento preciso da distonia, aproveite e acesse demais conteúdos sobre Sistema Nervoso

Saiba mais sobre o Saber da Saúde

Saber da Saúde é uma iniciativa da Boston ScientificTM com o objetivo de disseminar conhecimento científico sobre saúde para o maior número de brasileiros possível.

A desinformação não pode ser um obstáculo para o acesso à saúde. Acreditamos que com informação confiável, pacientes e redes de apoio podem tomar decisões com mais agilidade, obtendo diagnósticos mais cedo e buscando tratamentos cada vez mais eficazes, oferecendo suporte mais adequado para as condições de cada paciente.

Neuralgia: o que provoca esse tipo de dor?

Sistema Nervoso

Neuralgia: o que causa essa dor nos nervos?

Também conhecida como nevralgia, essa dor crônica afeta os nervos centrais ou periféricos e pode ser comparada com um choque elétrico

 

Toda dor muito forte causada pela irritação ou pelo dano de algum nervo leva o nome de neuralgia - ou nevralgia. Entre as causas mais comuns estão infecções, lesões tumorais, traumatismos e até doenças sistêmicas, como o diabetes.

“A dor da neuralgia geralmente é em um dos lados apenas, de alta intensidade, e descrita pelos pacientes como uma forte corrente elétrica que passou pelo corpo. Outra característica comum é que existem períodos de ausência de dor intercalados com crises repentinas lancinantes”, conta Felipe Mendes, médico neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e especialista em procedimentos minimamente invasivos da coluna vertebral.

Atenção aos sintomas

Toda dor aguda repentina ou que não melhora com analgésicos simples já é motivo para buscar ajuda médica, especialmente se estiver interferindo na qualidade de vida e limitando as atividades diárias.

Além disso, vale a pena ficar de olho nesses sinais:

  • Alterações da pele
  • Alteração da sensibilidade
  • Falta de força

Como é feito o tratamento da neuralgia?

O neurocirurgião conta que os medicamentos utilizados para controlar crises epilépticas - como carbamazepina, lamotrigina, topiramato e pregabalina - são comumente utilizados de forma contínua para alívio das crises nevrálgicas. “E quando os medicamentos não dão bons resultados, existem tratamentos cirúrgicos, como as rizotomias por radiofrequência ou balão. Na primeira, é feita uma lesão controlada no nervo, por meio de uma agulha que emite calor em regiões específicas, causando sua dessensibilização. Já no segundo caso, um pequeno balão é inflado, causando uma lesão mecânica no nervo.”

Mais de um tipo de neuralgia

A neuralgia do trigêmeo é uma das mais comuns, mas existem vários tipos de neuralgia. Conheça as principais, segundo o neurocirurgião Felipe Mendes:

  • Neuralgia do trigêmeo: condição de dor crônica neuropática que afeta o nervo trigêmeo ou quinto nervo craniano, responsável pela sensibilidade da face. Costuma provocar dor extrema, episódica - vai e volta de uma vez, podendo durar alguns minutos - e queimação.
  • Neuralgia do trigêmeo: acontece quando o paciente está na fase pós- reativação da infecção pelo vírus do Herpes, principalmente o Herpes Zoster (Varicela-Zoster). Pode acometer qualquer parte do corpo, inflamando o nervo e causando dores terríveis no local da infecção. É muito comum em pessoas com a imunidade reduzida e em pessoas com mais de 60 anos de idade.
  • Dor no nervo ciático: é uma das dores mais comuns e causada pela compressão das raízes que formam o nervo ciático, seja por uma hérnia de disco ou por outros problemas mecânicos da coluna lombar. A dor irradia- se para os membros inferiores (pernas e pés).
  • Neuropatia diabética: é a complicação mais comum do diabetes e afeta os nervos periféricos - das mãos e dos pés. Pode causar falta de sensibilidade no local, formigamentos e até falta de força, fazendo com que o paciente não consiga manter-se de pé ou carregar objetos.

Quer saber mais sobre dor crônica e tratamentos? Acesse nossa página Existe Vida Sem Dor

 

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU- BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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5 mitos que ainda existem sobre a distonia

Sistema Nervoso

5 mitos sobre a distonia que você precisa conhecer

Essa condição neurológica costuma provocar dores e espasmos que atrapalham a vida do paciente. Mas a falta de informação é igualmente perigosa

A distonia é uma doença complexa e pode se apresentar de diferentes formas para cada paciente. Em comum, está o fato de ainda existirem muitos mitos envolvidos, atrapalhando o bom entendimento para a busca do tratamento adequado.

Com a ajuda de Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, desvendamos os principais deles:

1. Distonia é sempre igual

Não é verdade. A distonia é um distúrbio neurológico do movimento muito complexo e altamente variável, caracterizado por contrações musculares involuntárias, afetando desde crianças pequenas a adultos mais velhos. A causa exata da distonia ainda não é conhecida, mas a suspeita é de que haja um funcionamento anormal dos gânglios da base, uma parte profunda do cérebro que ajuda a controlar a coordenação dos movimentos.

A distonia pode ser classificada levando em consideração fatores como idade de início dos sintomas, áreas do corpo afetadas e a causa subjacente. Um exemplo é a distonia focal, limitada a uma área específica do corpo, como o pescoço (distonia cervical ou torcicolo espasmódico), os olhos (blefaroespasmo), a mandíbula, a boca e a face interior (distonia oromandibular), as cordas vocais (distonia laríngea), e os braços e pernas (distonia de membro).

2. Pouco ainda se sabe sobre esse quadro

A ciência já sabe que existem diferentes causas para a distonia, que podem ser genéticas ou até não ter uma causa aparente e muito bem definida, sendo nesse caso chamada de distonia primária ou idiopática. Um outro exemplo é a discinesia tardia, relacionada a alguns tipos de medicamentos, causando geralmente movimentos anormais nos olhos e na boca. Além disso, existem outros tipos de distonias secundárias, associadas a várias condições ou doenças, tais como tumores cerebrais, Doença de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

3. Distonia tem cura

Não tem. E o tratamento geralmente é focado em aliviar os sintomas, uma vez que a cura completa não é possível. As opções podem incluir medicamentos para aliviar os espasmos, fisioterapia para melhorar a função e reduzir a gravidade dos sintomas, terapia ocupacional, que auxilia no gerenciamento das atividades diárias, e suspensão de medicamentos que possam contribuir com a piora da distonia. Em casos graves e resistentes a outras formas de tratamento, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) pode ser considerada uma boa opção.

4. Pais com a doença não passam para seus filhos

Infelizmente, isso não é verdade, já que alguns tipos de distonia podem ter uma predisposição genética importante. A distonia hereditária é associada a mutações genéticas específicas que podem ser transmitidas de geração em geração. A boa notícia é que esse grupo de pacientes tem uma resposta excelente ao DBS.

5. Quem tem distonia não pode trabalhar

Nem sempre, já que o impacto da doença na capacidade de trabalho pode variar de caso para caso. Em alguns pacientes, a condição pode causar limitações físicas significativas, que afetam o desempenho das atividades no dia a dia. Em outros, o paciente consegue realizar suas tarefas com o suporte adequado, como ajustes no ambiente de serviço e algumas outras adaptações. A causa da distonia, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento influenciam diretamente na capacidade de realizar as atividades do cotidiano, sejam no ambiente domiciliar ou no corporativo.

Quer saber mais sobre a doença? Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia.

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Quais são os tratamentos disponíveis para o tremor essencial?

O principal objetivo do tratamento do tremor essencial é melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida do paciente. E vale lembrar que essa condição não tem cura. Como a doença tende a piorar com a passar do tempo, é fundamental considerar as necessidades do paciente: muitos perdem a autonomia para desempenhar atividades da rotina, como se servir ou se vestir sozinhos, têm dificuldade para escrever e digitar ou sentem os impactos na carreira profissional, já que, além dos membros superiores, a voz e a cabeça ficam trêmulas.

O tratamento mais usual é o medicamentoso. Drogas como o propranolol, primidona, gabapentina, benzodiazepínicos e topiramato são indicadas para reduzir os sintomas do tremor essencial.

O tratamento com toxina botulínica (Botox) é recomendado para o tremor na cabeça: a substância é inserida nos músculos mais ativos com o auxílio do ultrassom, paralisando-os. Como as aplicações são temporárias, normalmente, é necessário ajustar a dose da substância até se conseguir o resultado desejado.

Quando a cirurgia para o Tremor Essencial é indicada?

O aprimoramento das tecnologias tem permitido procedimentos cada vez mais seguros, sem efeitos colaterais, e com controle dos sintomas mesmo nos casos mais graves e comprometidos.

Embora ainda não seja uma opção adotada em larga escala, o tratamento cirúrgico beneficia a maioria dos pacientes. Os portadores de tremor essencial e suas equipes médicas avaliam o impacto que a doença tem em sua rotina e a eficácia do tratamento medicamentoso antes de optar pela operação.

Ainda não se sabe ao certo o que provoca o tremor essencial. As pesquisas mais recentes apontam para várias hipóteses, como: atividades anormais nos circuitos do cérebro, alteração nas redes de neurônios, neurodegeneração e disfunção dos neurotransmissores gabaérgicos, responsáveis pela calma e relaxamento, principalmente no cerebelo e no tronco cerebral. Os neurologistas sabem que é uma doença que compromete a atividade elétrica nos circuitos motores, incluindo o córtex cerebral e o tálamo, regiões que participam do controle dos músculos. Daí a presença do tremor durante o movimento. Muitos casos também têm origem no histórico familiar, entretanto, não se pode afirmar que há uma causa genética ou um fator de risco genético associado ao tremor essencial.

O tremor essencial exige um diagnóstico cuidadoso, já que é uma doença progressiva e heterogênea e não existem exames laboratoriais ou testes específicos para identificá-la. É necessário fazer uma investigação minuciosa: os especialistas devem considerar a idade, o gênero e o histórico familiar do paciente; se ele é portador de outras doenças ou faz uso de medicamentos que causam tremores; além de realizar testes neurológicos. Fazer um levantamento detalhado dos sintomas também é fundamental: há quanto tempo eles surgiram, em quais situações o tremor aparece (em repouso ou em movimento), se ocorre piora em momentos de estresse e ansiedade, quais partes tremem e com qual frequência e se há rigidez muscular.

Alguns pesquisadores apontam que, para se concluir um diagnóstico de tremor essencial, é necessário conferir alguns critérios:

  • se há tremor em outros locais, como cabeça e voz, porém, considerando que não é comum acometer exclusivamente cabeça e voz;
  • se há piora em situação de estresse;
  • Com essas informações detalhadas, os especialistas podem descartar a hipótese de outros transtornos, como mal de Parkinson, distonia e esclerose múltipla, e classificar a condição clínica como tremor essencial.

Há dois tipos de tremor essencial, com características fisiopatológicas diferentes: o de início precoce e o de início tardio.

O tremor essencial de início precoce aparece por volta dos 20 anos, costuma piorar nos primeiros períodos, alcança estabilidade e volta a se agravar com o envelhecimento. Ele é mais comum entre os homens, o paciente costuma ter histórico familiar e seus sintomas prevalecem nos membros superiores (raramente, esses pacientes vão apresentar sintomas em outras partes do corpo).

Já o tremor essencial de início tardio dá seus primeiros sinais após os 60 anos de idade e surge principalmente em mulheres. Muitas vezes, não é possível identificar um histórico familiar de tremor e ocorre um comprometimento da voz e da cabeça com maior frequência.

Nos dois tipos, os sintomas tendem a piorar com o avançar da idade e ainda podem aparecer outros comprometimentos, como alterações auditivas (perda da audição), cognitivas (um leve comprometimento por causa do envolvimento do cerebelo, responsável pela coordenação e equilíbrio) e psíquicas (transtorno de humor e ansiedade).

Como o tremor essencial é constantemente confundido com o mal de Parkinson, é importante estar atento. No tremor essencial:

  • os movimentos são mais lentos.
  • não há rigidez muscular.
  • não há um tremor de repouso isolado.
  • é relativamente constante.
  • o tremor concentra-se no punho.

O principal objetivo do tratamento do tremor essencial é melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida do paciente. E vale lembrar que essa condição não tem cura. Como a doença tende a piorar com a passar do tempo, é fundamental considerar as necessidades do paciente: muitos perdem a autonomia para desempenhar atividades da rotina, como se servir ou se vestir sozinhos, têm dificuldade para escrever e digitar ou sentem os impactos na carreira profissional, já que, além dos membros superiores, a voz e a cabeça ficam trêmulas.

O tratamento mais usual é o medicamentoso. Drogas como o propranolol, primidona, gabapentina, benzodiazepínicos e topiramato são indicadas para reduzir os sintomas do tremor essencial.

O tratamento com toxina botulínica (Botox) é recomendado para o tremor na cabeça: a substância é inserida nos músculos mais ativos com o auxílio do ultrassom, paralisando-os. Como as aplicações são temporárias, normalmente, é necessário ajustar a dose da substância até se conseguir o resultado desejado.

O aprimoramento das tecnologias tem permitido procedimentos cada vez mais seguros, sem efeitos colaterais, e com controle dos sintomas mesmo nos casos mais graves e comprometidos.

Embora ainda não seja uma opção adotada em larga escala, o tratamento cirúrgico beneficia a maioria dos pacientes. Os portadores de tremor essencial e suas equipes médicas avaliam o impacto que a doença tem em sua rotina e a eficácia do tratamento medicamentoso antes de optar pela operação.

A estimulação cerebral profunda (DBS) é indicada para quem, apesar do uso de medicamentos, tem as atividades cotidianas afetadas pelos tremores. Nessa cirurgia, eletrodos cerebrais, conectados a um marcapasso colocado abaixo da clavícula, são implantados na região do tálamo com o objetivo de, quando estimulados, cessarem os tremores. Estudos recentes comprovam a eficácia desse tratamento: quando os eletrodos estão bem localizados, há uma estabilidade no quadro de tremores por mais de 10 anos 3

A talamotomia é outra cirurgia indicada para o tremor essencial, mas, diferentemente da DBS, costuma ser recomendada para pacientes mais velhos, para os quais a eletroestimulação cerebral é contraindicada. Nesse procedimento, guiado por ressonância magnética, é feita uma lesão na região do tálamo a fim de que os tremores diminuam consideravelmente e haja ganho de qualidade de vida.

A estimulação cerebral profunda (DBS) é indicada para quem, apesar do uso de medicamentos, tem as atividades cotidianas afetadas pelos tremores. Nessa cirurgia, eletrodos cerebrais, conectados a um marcapasso colocado abaixo da clavícula, são implantados na região do tálamo com o objetivo de, quando estimulados, cessarem os tremores. Estudos recentes comprovam a eficácia desse tratamento: quando os eletrodos estão bem localizados, há uma estabilidade no quadro de tremores por mais de 10 anos 3 .

A talamotomia é outra cirurgia indicada para o tremor essencial, mas, diferentemente da DBS, costuma ser recomendada para pacientes mais velhos, para os quais a eletroestimulação cerebral é contraindicada. Nesse procedimento, guiado por ressonância magnética, é feita uma lesão na região do tálamo a fim de que os tremores diminuam consideravelmente e haja ganho de qualidade de vida.

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Com a ajuda de Eduardo Alho, neurocirurgião da Clínica de Dor e Funcional (SP) com pós-doutorado no Departamento de Neurologia da Universidade de São Paulo, vamos elucidar esses e outros mitos sobre a doença.

Parkinson é uma doença debilitante e terminal Para o neurocirurgião, esse talvez seja o principal mito que ele ouve no consultório. “Mas a verdade é que existe um espectro amplo da doença e muitas possibilidades de tratamento, desde medicamentos, reabilitação física, até o tratamento cirúrgico”, assegura. Porém, “o Parkinson é uma doença degenerativa e que pode, sim, limitar os pacientes do ponto de vista físico. Porém, se for diagnosticado e tratado corretamente, essas limitações podem ser contornadas e permanecerão imperceptíveis em uma parcela grande dos pacientes.”

A doença só afeta os movimentos. Até mesmo médicos não especialistas podem pensar que isso seja verdade. Mas não é assim que acontece. A doença de Parkinson tem sintomas além dos motores e que podem afetar mais a vida cotidiana do que as dificuldades de movimento. E isso inclui olfato prejudicado, distúrbios do sono, déficit cognitivo, prisão de ventre, ansiedade e depressão, fadiga, dor (principalmente em um membro), formigamento e outros1.

O tratamento não funciona bem. É verdade que, infelizmente, há pacientes que não evoluem bem, a despeito dos tratamentos medicamentosos, exercícios, reabilitação e cirurgias. “Esta realidade, porém, não acontece para a maioria dos pacientes. Do total de pessoas com Parkinson, apenas uma minoria terá critérios para cirurgia, sendo que desses, a maioria tem um bom controle dos sintomas, com qualidade de vida”, observa o médico. No entanto, segundo ele, é importante ter em mente que qualquer um dos tratamentos não reverte as causas da doença (que é progressiva e degenerativa), mas busca retardar e aliviar os sintomas. Por isso, é importante continuar realizando atividades físicas para ajudar a manter as funções motoras e cognitivas desses pacientes.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde NM - 1756909– AA – Saber da Saúde

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Ainda que pouco conhecida pelo público em geral, a distonia é um dos distúrbios de movimento mais comuns e afeta cerca de 65 mil brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde, que também estima a incidência de distonia focal em 29,5 casos por 100 mil habitantes¹. A causa mais aceita atualmente é a de que o gânglio basal, parte do cérebro que controla os movimentos, não funciona corretamente ou foi danificado nestes pacientes.

Os principais sintomas da (Distonia) são as contrações musculares prolongadas e involuntárias, que causam torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais, podendo acontecer de forma generalizada ou focal (geralmente cervical) ou ao redor dos olhos. Esses espasmos musculares podem ser dolorosos e interferem nas atividades cotidianas dos pacientes.

A neurocirurgiã Vanessa Holanda explica que a distonia pode ser confundida com outras doenças, como o Parkinson. “A Doença de Parkinson pode ter distonia associada, mas o tremor distônico é diferente. Por isso é tão importante que o paciente seja avaliado por um especialista, que vai checar o local da contração e outros sintomas.”

Assim como o próprio Parkinson, a distonia não tem cura, mas o paciente pode ter uma boa qualidade de vida desde que o tratamento seja feito de forma adequada. A cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda também é uma alternativa para o controle dos sintomas, principalmente quando o tratamento prioritário não atinge os objetivos desejados.

Entenda o diagnóstico e conheça o tratamento da Distonia

Como a distonia ainda é pouco conhecida pela maioria da população e pode ser confundida com outras condições neurológicas, a neurocirurgiã aponta alguns fatores importantes para evitar erros de diagnóstico e obter o tratamento adequado para a doença.

Fique atento com o diagnóstico

Procure uma equipe especializada no assunto. Profissionais com pouca experiência em distonia podem associar os sintomas a outras doenças, causando erro no diagnóstico. “Esse é um ponto muito importante, especialmente no mês de conscientização sobre a distonia. Existe muita confusão, como o caso de pacientes que chegam no pronto-socorro com dores e são tratados como casos de crise convulsiva, por exemplo, e isso gera embaraço social”, explica. 

Comece o quanto antes o tratamento

O rápido diagnóstico evita que a distonia seja confundida com outras condições neurológicas e permite que o paciente comece o tratamento rapidamente, controlando a evolução da doença. 

Não acredite que somente a medicação resolverá o caso

O tratamento adequado da distonia envolve três partes essenciais: a aplicação de toxina botulínica, a administração de remédios orais e a prática de exercícios físicos regularmente. Esta última deve ser tratada com a mesma responsabilidade das demais. Isso porque a atividade física é essencial para ajudar a frear o avanço da doença. 

Atente-se aos fatores psicológicos e emocionais

A ansiedade é um dos pontos agravantes da doença, que pode tensionar ainda mais a musculatura, causando dor profunda ao paciente. Além da medicação adequada e da aplicação de toxina botulínica para relaxamento da musculatura, é fundamental que o paciente evite situações de estresse. 

       

Veja também: Minha missão é viajar por esse mundo e levar informações sobre a distonia

Agora que você se informou sobre 4 passos para o diagnóstico e tratamento preciso da distonia, aproveite e acesse demais conteúdos sobre Sistema Nervoso

Saiba mais sobre o Saber da Saúde

Saber da Saúde é uma iniciativa da Boston ScientificTM com o objetivo de disseminar conhecimento científico sobre saúde para o maior número de brasileiros possível.

A desinformação não pode ser um obstáculo para o acesso à saúde. Acreditamos que com informação confiável, pacientes e redes de apoio podem tomar decisões com mais agilidade, obtendo diagnósticos mais cedo e buscando tratamentos cada vez mais eficazes, oferecendo suporte mais adequado para as condições de cada paciente.

Neuralgia: o que provoca esse tipo de dor?

Sistema Nervoso

Neuralgia: o que causa essa dor nos nervos?

Também conhecida como nevralgia, essa dor crônica afeta os nervos centrais ou periféricos e pode ser comparada com um choque elétrico

 

Toda dor muito forte causada pela irritação ou pelo dano de algum nervo leva o nome de neuralgia - ou nevralgia. Entre as causas mais comuns estão infecções, lesões tumorais, traumatismos e até doenças sistêmicas, como o diabetes.

“A dor da neuralgia geralmente é em um dos lados apenas, de alta intensidade, e descrita pelos pacientes como uma forte corrente elétrica que passou pelo corpo. Outra característica comum é que existem períodos de ausência de dor intercalados com crises repentinas lancinantes”, conta Felipe Mendes, médico neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e especialista em procedimentos minimamente invasivos da coluna vertebral.

Atenção aos sintomas

Toda dor aguda repentina ou que não melhora com analgésicos simples já é motivo para buscar ajuda médica, especialmente se estiver interferindo na qualidade de vida e limitando as atividades diárias.

Além disso, vale a pena ficar de olho nesses sinais:

  • Alterações da pele
  • Alteração da sensibilidade
  • Falta de força

Como é feito o tratamento da neuralgia?

O neurocirurgião conta que os medicamentos utilizados para controlar crises epilépticas - como carbamazepina, lamotrigina, topiramato e pregabalina - são comumente utilizados de forma contínua para alívio das crises nevrálgicas. “E quando os medicamentos não dão bons resultados, existem tratamentos cirúrgicos, como as rizotomias por radiofrequência ou balão. Na primeira, é feita uma lesão controlada no nervo, por meio de uma agulha que emite calor em regiões específicas, causando sua dessensibilização. Já no segundo caso, um pequeno balão é inflado, causando uma lesão mecânica no nervo.”

Mais de um tipo de neuralgia

A neuralgia do trigêmeo é uma das mais comuns, mas existem vários tipos de neuralgia. Conheça as principais, segundo o neurocirurgião Felipe Mendes:

  • Neuralgia do trigêmeo: condição de dor crônica neuropática que afeta o nervo trigêmeo ou quinto nervo craniano, responsável pela sensibilidade da face. Costuma provocar dor extrema, episódica - vai e volta de uma vez, podendo durar alguns minutos - e queimação.
  • Neuralgia do trigêmeo: acontece quando o paciente está na fase pós- reativação da infecção pelo vírus do Herpes, principalmente o Herpes Zoster (Varicela-Zoster). Pode acometer qualquer parte do corpo, inflamando o nervo e causando dores terríveis no local da infecção. É muito comum em pessoas com a imunidade reduzida e em pessoas com mais de 60 anos de idade.
  • Dor no nervo ciático: é uma das dores mais comuns e causada pela compressão das raízes que formam o nervo ciático, seja por uma hérnia de disco ou por outros problemas mecânicos da coluna lombar. A dor irradia- se para os membros inferiores (pernas e pés).
  • Neuropatia diabética: é a complicação mais comum do diabetes e afeta os nervos periféricos - das mãos e dos pés. Pode causar falta de sensibilidade no local, formigamentos e até falta de força, fazendo com que o paciente não consiga manter-se de pé ou carregar objetos.

Quer saber mais sobre dor crônica e tratamentos? Acesse nossa página Existe Vida Sem Dor

 

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ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde NM = 1679501 – AA – Saber da Saúde

5 mitos que ainda existem sobre a distonia

Sistema Nervoso

5 mitos sobre a distonia que você precisa conhecer

Essa condição neurológica costuma provocar dores e espasmos que atrapalham a vida do paciente. Mas a falta de informação é igualmente perigosa

A distonia é uma doença complexa e pode se apresentar de diferentes formas para cada paciente. Em comum, está o fato de ainda existirem muitos mitos envolvidos, atrapalhando o bom entendimento para a busca do tratamento adequado.

Com a ajuda de Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, desvendamos os principais deles:

1. Distonia é sempre igual

Não é verdade. A distonia é um distúrbio neurológico do movimento muito complexo e altamente variável, caracterizado por contrações musculares involuntárias, afetando desde crianças pequenas a adultos mais velhos. A causa exata da distonia ainda não é conhecida, mas a suspeita é de que haja um funcionamento anormal dos gânglios da base, uma parte profunda do cérebro que ajuda a controlar a coordenação dos movimentos.

A distonia pode ser classificada levando em consideração fatores como idade de início dos sintomas, áreas do corpo afetadas e a causa subjacente. Um exemplo é a distonia focal, limitada a uma área específica do corpo, como o pescoço (distonia cervical ou torcicolo espasmódico), os olhos (blefaroespasmo), a mandíbula, a boca e a face interior (distonia oromandibular), as cordas vocais (distonia laríngea), e os braços e pernas (distonia de membro).

2. Pouco ainda se sabe sobre esse quadro

A ciência já sabe que existem diferentes causas para a distonia, que podem ser genéticas ou até não ter uma causa aparente e muito bem definida, sendo nesse caso chamada de distonia primária ou idiopática. Um outro exemplo é a discinesia tardia, relacionada a alguns tipos de medicamentos, causando geralmente movimentos anormais nos olhos e na boca. Além disso, existem outros tipos de distonias secundárias, associadas a várias condições ou doenças, tais como tumores cerebrais, Doença de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

3. Distonia tem cura

Não tem. E o tratamento geralmente é focado em aliviar os sintomas, uma vez que a cura completa não é possível. As opções podem incluir medicamentos para aliviar os espasmos, fisioterapia para melhorar a função e reduzir a gravidade dos sintomas, terapia ocupacional, que auxilia no gerenciamento das atividades diárias, e suspensão de medicamentos que possam contribuir com a piora da distonia. Em casos graves e resistentes a outras formas de tratamento, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) pode ser considerada uma boa opção.

4. Pais com a doença não passam para seus filhos

Infelizmente, isso não é verdade, já que alguns tipos de distonia podem ter uma predisposição genética importante. A distonia hereditária é associada a mutações genéticas específicas que podem ser transmitidas de geração em geração. A boa notícia é que esse grupo de pacientes tem uma resposta excelente ao DBS.

5. Quem tem distonia não pode trabalhar

Nem sempre, já que o impacto da doença na capacidade de trabalho pode variar de caso para caso. Em alguns pacientes, a condição pode causar limitações físicas significativas, que afetam o desempenho das atividades no dia a dia. Em outros, o paciente consegue realizar suas tarefas com o suporte adequado, como ajustes no ambiente de serviço e algumas outras adaptações. A causa da distonia, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento influenciam diretamente na capacidade de realizar as atividades do cotidiano, sejam no ambiente domiciliar ou no corporativo.

Quer saber mais sobre a doença? Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia.

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