Use o menu abaixo e explore artigos sobre cada condição clínica

Todas as áreas terapêuticas
  • Neurologia
  • Coração
  • Saúde Urológica
  • Cânceres e Tumores
  • Sistema Circulatório
  • Obesidade
  • Outras Condições
  • Acesso à Saúde
  • Destaques
  • Todas as áreas terapêuticas

Câncer de fígado

Ouvir texto - 9:11

Se você ou alguém que você conhece foi diagnosticado com câncer de fígado ou está procurando informações sobre prevenção, aqui está uma visão geral dos fatores de risco e diagnósticos disponíveis.

O que é o câncer de fígado?

Já é sabido que o câncer, independentemente da região onde está localizado, é caracterizado por células que sofreram alguma mutação e se reproduzem de forma descontrolada, provocando efeitos colaterais e fazendo com que o corpo não funcione como deveria. 1 No câncer de fígado, o processo também é esse e podem surgir tumores primários, que nasceram no próprio órgão, ou secundários, quando as células cancerígenas são originárias de outro lugar e causaram metástases. Apesar dessa diferença, ambos os tipos são comuns e exigem atenção, já que o número de novos casos de câncer de fígado e de mortes por causa da doença aumentará em mais de 55% até 2040, de acordo com a International Agency for Research on Cancer (Iarc - Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer). ²

Quais são os fatores de risco para o câncer de fígado?

Se os diagnósticos da doença tendem a aumentar nos próximos anos na maioria dos países, por aqui as estatísticas não são diferentes. No levantamento Estimativa 2023 – Incidência de câncer no Brasil 3 , realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 10.700 novos casos serão registrados por ano até 2025.

Os vírus das hepatites B e C, doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2, o acúmulo de gordura no órgão (esteatose), e o consumo exagerado de bebidas alcóolicas são os principais vilões do câncer de fígado. Entretanto, pesquisas recentes também têm alertado sobre o impacto da obesidade e do tabagismo no surgimento da doença.

A prevenção é a melhor arma para driblar o câncer de fígado. Um estudo 4 da Iarc, por exemplo, mostra que 17% dos diagnósticos da doença feitos em 2020 poderiam ter sido evitados com a redução do consumo de bebidas alcoólicas.

Investir na vacinação contra as hepatites e atuar, de forma eficaz, no tratamento da doença; conscientizar a população sobre os efeitos do consumo do álcool e do cigarro no aparecimento de inúmeras enfermidades; propor políticas públicas para o acompanhamento e o cuidado de obesos e pessoas com diabetes tipo 2 são medidas que podem reduzir de modo eficaz as estatísticas do câncer de fígado no mundo. ⁵

Quais são os sintomas do câncer de fígado?

Os sinais de que algo não está bem aparecem quando os tumores já ganharam volume e estão prejudicando o funcionamento do órgão. Perda de peso sem razão, cansaço ou fraqueza, coceira, náusea e vômito, perda de apetite, inchaço do abdômen, sensação de satisfação após uma refeição leve, icterícia (pele e olhos amarelados) e febre podem ser indicativos de que a doença está instalada. Mas uma avaliação médica precisa, complementada por exames específicos, é importante para fechar o diagnóstico do câncer de fígado.

Como é feito o diagnóstico do câncer de fígado?

Quando os médicos suspeitam de câncer de fígado, consideram não apenas os sintomas, mas também o histórico de doenças e os hábitos do paciente. A presença de cirrose hepática (as fibroses no órgão causadas pelo consumo exagerado de bebida alcoólica), por exemplo, é uma informação importante para o especialista. Para confirmar o diagnóstico, são feitos alguns exames: o de sangue é essencial para avaliar como o fígado está trabalhando e se há marcadores tumorais; a tomografia e a ressonância magnética ajudam a visualizar se há algum tumor, sua localização e seu tamanho e se existe mais de um nódulo; já a angiotomografia é utilizada para observar os vasos sanguíneos do órgão e se há algum comprometimento dessa região.

Se os tumores são encontrados, é fundamental fazer uma biópsia para saber o tipo de célula cancerígena, o estadiamento da enfermidade e os tratamentos possíveis.

Intra-hepático: comete os ductos biliares dentro do fígado e muitas vezes é classificado como um tipo de câncer de fígado;

Perihilar: ocorre nos ductos fora do fígado. O tipo mais recorrente é o tumor de Klatskin, que acomete a região onde os ductos direito e esquerdo se encontram, originando o ducto hepático comum.

Distal: acomete a porção do ducto biliar que fica mais próxima do intestino delgado e também é chamado de colangiocarcinoma extra-hepático.

Artigos
Relacionados

Canetas emagrecedoras: por que elas estão em alta?

Outras Condições

Canetas emagrecedoras: por que elas estão em alta?

Soluções injetáveis indicadas normalmente para controlar o diabetes foram aprovadas para o tratamento da obesidade com sucesso. Com poucos efeitos colaterais, prometem a perda de peso logo no primeiro mês de uso

Não é de hoje que os remédios para emagrecer são bastante procurados e conquistam inúmeros adeptos. Com as canetas emagrecedoras não foi diferente. Elas ganharam as redes sociais em depoimentos de personalidades e ficaram tão populares que os produtos chegaram a faltar nas farmácias.

A popularização, porém, não pode resultar em uso irrestrito. Segundo as Diretrizes Brasileiras da Obesidade (2016), publicadas pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os medicamentos só devem ser indicados em determinadas situações:

  1. Se o paciente obeso apresentar complicações associadas, como problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
  2. O IMC for maior ou igual a 30 kg/m2 ou for maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² com a presença de comorbidades.
  3. O tratamento para perda de peso, sem o uso de medicamentos, não apresentou bons resultados em tentativas anteriores.

“Para escolher a melhor medicação, devemos considerar indicações, contraindicações, comorbidades e a possibilidade de interação medicamentosa”, explica o endocrinologista Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). O médico ainda lembra que os possíveis perfis alimentares, "os chamados fenótipos específicos", apesar de ainda provocarem polêmica entre os especialistas, podem aumentar, em tese, a especificidade do tratamento.

Conheça agora o histórico das canetas emagrecedoras e suas principais indicações.

História das canetas emagrecedoras

Antes da fama, as canetas de semaglutida e liraglutida eram indicadas para o tratamento de diabetes tipo 2. Mas, ao se notar que um dos efeitos da utilização das substâncias é o emagrecimento, estudos científicos1 foram realizados para comprovar a eficácia das drogas no tratamento da obesidade. Em 2021, a Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória americana, aprovou o uso de 2,4 mg de semaglutida injetável uma vez por semana para controle do peso em pacientes com alguma enfermidade associada, como colesterol alto ou hipertensão2. No ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia aprovado a indicação da liraglutida3 para tratar a obesidade e, neste ano, foi a vez de liberar o uso da semaglutida4.

Veja também:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária
Medicamentos para obesidade a nova geração tem efeitos colaterais mais

Como é a ação das canetas emagrecedoras?

“A liraglutida e a semaglutida são agonistas do GLP-1, ou seja, são substâncias semelhantes ao hormônio gastrointestinal e apresentam múltiplas ações, entre elas, atuar na região do cérebro chamada hipotálamo, diminuindo a fome e aumentando a sensação de saciedade”, explica o endocrinologista Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Além dessas ações, a semaglutida ainda proporciona um retardamento do esvaziamento gástrico, promovendo a redução de apetite e, consequentemente, a perda de peso5.

“Por serem eficazes e relativamente seguros, com poucas contraindicações e baixo risco de efeitos colaterais graves, esses medicamentos injetáveis têm sido muito utilizados”, comenta Moura.

Veja também:

O metabolismo na obesidade
Alimentação saudável e metabolismo ativo, uma dupla imbatível para driblar a obesidade

Sob orientação médica

Apesar da popularidade e dos bons resultados que prometem, as canetas emagrecedoras não devem ser usadas sem prescrição médica e precisam seguir as indicações que citamos acima. Também é bom lembrar que, como outras drogas, podem surgir efeitos colaterais desconfortáveis, como diarreia, constipação, cólicas e náuseas.

“Elas também são contraindicadas para pacientes com histórico de câncer medular de tireoide, neoplasia endócrina múltipla, gastroparesia e pancreatite. Lembrando que nenhuma droga para perda de peso deve ser usada na gravidez”, alerta o endocrinologista da SBEM.

Outro ponto importante é a dosagem: nas redes sociais, usuários das soluções injetáveis contam que chegam a aplicar microdoses duas a três vezes por semana, alguns até diariamente. “Apenas um especialista é capaz de indicar a posologia adequada para cada paciente, a dose que ele deverá tomar e por quanto tempo”, diz Deborah Beranger, endocrinologista pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. “O tratamento da obesidade deve ser globalizado e envolver, além das soluções injetáveis (quando elas forem indicadas), mudança no estilo de vida, adoção de uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos.”

Veja também:

O impacto da obesidade na saúde mental
Transtornos alimentares e obesidade

Novidade à vista

A retatrudida é outra substância com ação parecida com a da semaglutida e a da liraglutida que também promete ser um recurso eficiente no tratamento da obesidade. “Ela é um agonista múltiplo de hormônios gastrointestinais e atua no GLP-1, no GIP e no glucagon. As pesquisas estão na fase 2 e os resultados iniciais foram extraordinários”, finaliza Moura.

Quer saber mais sobre obesidade e perda de peso? Aproveite para ler também: Reganho de peso, é possível evitar

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ENDO - 1726004 – AA – Saber da Saúde

O que acontece em cada estágio do câncer colorretal?

Outras Condições

O que acontece em cada estágio do câncer colorretal?

A avaliação da disseminação da doença, chamada de estadiamento, vai de 1 a 4 e classifica tanto a extensão como o tipo de tumor. Saber disso é fundamental para o tratamento

Todo tumor que apresenta um crescimento anormal de células é denominado neoplasia. Daí, para que esse achado se transforme em um câncer e assuma seu potencial maligno, é preciso que essas novas células atinjam a capacidade de invadir o tecido onde surgiram e se espalhem pelo corpo, em um mecanismo denominado metástase1.

“Uma vez diagnosticado o câncer por meio da biópsia, também é possível analisar o grau de sua disseminação pelos vasos sanguíneos e linfáticos. O próximo passo, então, é realizar o estadiamento desse tumor maligno, por meio de uma avaliação completa do corpo do paciente para avaliar a real extensão do acometimento do câncer”, explica Mauro Donadio, oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo.

É importante esclarecer que cada tipo de câncer tem sua forma natural de estadiar, ou seja, de se disseminar, mas no caso específico do câncer colorretal (também chamado de câncer de intestino), esse processo se concentra nos linfonodos [as chamadas ínguas, que ficam próximas de onde surgiu o tumor] e órgãos como fígado e pulmão, principalmente. “Por essa razão, realizamos exames de imagem, como tomografias, com certa frequência, para avaliar o abdômen completo e a pelve, além do pulmão”, detalha o médico.

Saiba mais:

O que é mito e o que é verdade sobre o câncer colorretal?
5 fatores que dificultam o diagnóstico e tratamento do câncer

Conheça cada estágio do câncer colorretal?

A partir dessas avaliações o câncer colorretal pode ser dividido em quatro estágios ou estádios2 . São eles:

  • Estágio 1 Essa primeira classificação é dada a uma lesão local e pequena, que não invadiu todas as camadas do cólon (intestino grosso) ou outro local onde ela surgiu.
  • Estágio 2: A lesão ainda é localizada, mas com maior profundidade de invasão na parede do intestino.
  • Estágio 3: A lesão saiu de seu local inicial e já acomete os linfonodos da região intestinal.
  • Estágio 4: Nessa fase, são localizadas lesões distantes do tumor original, normalmente atingindo fígado, pulmão ou peritônio, a membrana que envolve os órgãos.

Um ponto preocupante é que, embora os diagnósticos atualmente sejam feitos de forma mais precoce, a descoberta do câncer em estágios mais avançados ainda é predominante - especialmente em pacientes mais jovens. “O que estamos observando é pessoas entre 20 e 49 anos recebendo o diagnóstico com a doença mais avançada, em estágios 3 ou até 4, quando o risco de recidiva [de o câncer voltar] ou de óbito é maior. Daí a importância do rastreio e do exame de colonoscopia sempre que notar algo diferente”, alerta Donadio.

Quer saber mais sobre câncer colorretal?

Clique aqui para acessar nossa página sobre Março Azul – Campanha de conscientização sobre o câncer colorretal – e confira informações importantes sobre a doença, formas de prevenção, tratamentos e apoio. Sua conscientização faz toda a diferença. Vamos lutar juntos contra o câncer colorretal!

1 O que é câncer? Instituto Nacional de Câncer (INCA).

2 Prognóstico para câncer colorretal Tumores do trato gastrointestinal. Manual MSD Versão para profissionais de Saúde.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.
ENDO = 1822602 – AA – Saber da Saúde

Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Outras Condições

Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

As conhecidas e procuradas substâncias para tratar obesidade nem sempre são recomendadas para as crianças. Apenas algumas drogas são liberadas para uso pediátrico e devem ter supervisão médica estrita

Se o aumento da população adulta obesa vem chamando a atenção de especialistas do mundo todo, quando as estatísticas indicam a quantidade de crianças e adolescentes acima do peso, a situação torna-se ainda mais alarmante.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) e a Organização Mundial da Saúde consideram a obesidade infantil uma doença crônica e um dos mais complexos problemas de saúde pública mundial, pois excesso peso, mesmo em crianças, leva ao surgimento de comorbidades crônicas degenerativas, como diabetes, hipertensão arterial e problemas cardiovasculares1.

É comum, quando falamos em doença, não importa qual, associarmos seu tratamento ao uso de remédios. E algumas drogas têm alta eficácia no combate da obesidade, mas, no caso da obesidade infantil, elas são indicadas?

“O tratamento da obesidade nas crianças abrange uma mudança intensiva do estilo de vida, incluindo nutrição e atividade física, e deve ter acompanhamento frequente, presencial, familiar e multidisciplinar. É importante que as intervenções comecem cedo, porque a obesidade infantil não tende a se resolver espontaneamente, pelo contrário. Uma criança acima do peso tem alto risco de se tornar um adulto obeso e desenvolver complicações precocemente”, comenta Simone Van de Sande Lee, endocrinologista e diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Veja também:

Reganho de peso, é possível evitar
O impacto da obesidade na saúde mental
Transtornos alimentares e obesidade

Medicamentos para obesidade são indicados para crianças?

Alguns dos medicamentos, como a liraglutida e a semaglutida, aprovados para o tratamento da obesidade, só são recomendados a partir dos 12 anos de idade. “São as mesmas substâncias utilizadas pelos adultos e elas estão indicadas para o paciente pediátrico, quando o peso corporal fica acima de 60 kg. Elas devem ser prescritas como adjuvantes às modificações de estilo de vida, quando essas medidas isoladamente não são suficientes”, explica a médica, lembrando que o orlistate, outra substância bastante conhecida para combater a enfermidade, foi estudado para ser usado por adolescentes a partir dos 12 anos e é aprovado nos Estados Unidos para essa faixa etária, mas, no Brasil, é liberado apenas para os adultos.

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, a escolha pela terapia medicamentosa deve considerar, além do Índice de Massa Corporal (IMC) e o gráfico de crescimento, a gravidade do problema e a presença de complicações associadas2. Os resultados também precisam ser planejados: o especialista deve prever metas de perda de peso e os benefícios para saúde que deseja alcançar.

Veja também:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

A prevenção ainda é o melhor tratamento

Sabe-se que a obesidade tem múltiplas causas: a genética, o ambiente e determinados fatores emocionais influenciam o peso das crianças e dos adolescentes. Se os quilos extras da população infantil têm feito estudiosos se debruçarem sobre esse problema a fim de impedir que as estatísticas de obesos continuem aumentando, os pediatras são unânimes em lembrar da importância da prevenção.

No programa Pediatria para famílias, da Sociedade Brasileira de Pediatria, a médica Mara Alves, do departamento científico de Nutrologia da SBP, afirma que a alimentação saudável deve ser implementada desde a primeira infância.

“É importante entender o conceito de alimentação saudável. Ela é baseada em alimentos in natura ou minimamente processados. Os alimentos ultraprocessados devem ser de uso muito esporádico. Vale a máxima “desempacotar menos, descascar mais””, orienta a estudiosa3. Além disso, o sedentarismo também está na mira. As telas (TV, smartphones e videogames) devem ocupar, no máximo, duas horas do dia da criança, e as brincadeiras (melhor ainda se forem perto da natureza) estão liberadas. A conta é fácil: quanto mais brincar e melhor se alimentar, mais a criança será saudável, livre da obesidade.

Quer saber mais sobre obesidade na infância e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Crianças obesas, um problema de saúde pública

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ENDO - 1726004 – AA – Saber da Saúde

Medicamentos para obesidade: quando são recomendados

Outras Condições

Medicamentos para obesidade: quando são recomendados

Nem todo paciente acima do peso necessita de uma terapia medicamentosa para driblar os quilos a mais. Porém, os remédios são um recurso eficiente para combater a obesidade em pacientes com IMC alto

Quando se fala em tratar a obesidade, logo se pensa em cortar calorias. Afinal, é o excesso delas que provoca o acúmulo de gordura corporal e, consequentemente, o sobrepeso. A equação equilibrada entre o consumo de calorias por meio da alimentação e o gasto delas em atividades rotineiras e exercícios físicos é o segredo para a boa forma.

Mas nem sempre é fácil manter essa conta em dia, e fatores ambientais, genéticos e emocionais contribuem para desequilibrá-la, provocando a obesidade. Se as dietas ricas em alimentos in natura e pouco calóricos são as primeiras indicações para quem deseja perder peso, muitas vezes, é necessário associar um tratamento farmacológico para driblar os quilos extras.

Segundo as Diretrizes Brasileiras da Obesidade (2016)1, publicadas pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os medicamentos só devem ser indicados em determinadas situações:

  • se o paciente obeso apresentar complicações associadas, como problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
  • o IMC for maior ou igual a 30 kg/m2 ou for maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² com a presença de comorbidades.
  • o tratamento para perda de peso, sem o uso de medicamentos, não apresentou bons resultados em tentativas anteriores.

“Para escolher a melhor medicação, devemos considerar indicações, contraindicações, comorbidades e a possibilidade de interação medicamentosa”, explica o endocrinologista Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). O médico ainda lembra que os possíveis perfis alimentares, "os chamados fenótipos específicos", apesar de ainda provocarem polêmica entre os especialistas, podem aumentar, em tese, a especificidade do tratamento.

Veja também:

Crianças obesas, um problema de saúde pública
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Terapia individualizada

No Brasil, atualmente, a sibutramina, o orlistate, a liraglutida, a naltrexona com bupropiona e a semaglutida são as substâncias aprovadas para tratar a obesidade. Com ações diferentes, elas agem no cérebro e inibem o apetite ou são capazes de reduzir a absorção de gorduras ingeridas, pois atuam no intestino. Mas, independentemente de suas indicações, elas jamais devem ser utilizadas sem prescrição médica.

“O tratamento de obesidade é individualizado. O médico, baseado em uma anamnese bem-feita, considera o histórico do paciente. Além disso, avalia se ele apresenta outra enfermidade, como padrão compulsivo, depressão, insônia, saciedade reduzida, ansiedade ou ainda metabolismo lento. Todos esses fatores devem ser analisados pelo especialista a fim de indicar a melhor substância para cada caso”, comenta Deborah Beranger, endocrinologista pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, lembrando que o médico ainda pode optar por fazer associações medicamentosas com o objetivo de realizar uma terapia globalizada.

Leia mais: Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

O sucesso do tratamento depende de uma série de fatores, inclusive de um planejamento de metas realistas e do engajamento do paciente para alcançá-las. Nas Diretrizes da Abeso, a intervenção terapêutica é eficaz quando ocorre uma redução maior ou igual a 1% do peso corporal por mês, atingindo pelo menos 5% em 3 a 6 meses. Mais: a diminuição de 5% a 10% de peso em pacientes obesos reduz de forma significativa os fatores de risco para diabetes e doenças cardiovasculares2.

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 1 DIRETRIZES Brasileiras de Obesidade, 2016. ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 4.ed. São Paulo. Disponível em: https://abeso.org.br/wp- content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf. Acesso em: 11 out. 2023.

2 ABESO. Associação Brasileiro para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Atualização das Diretrizes para o Tratamento Farmacológico da Obesidade e do Sobrepeso. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Atualizacao-das-Diretrizes.pdf Acesso em: 11 out. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ENDO - 1726004 – AA – Saber da Saúde

Quais são os tipos de tumores de fígado?

O carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum de câncer de fígado nos adultos. Normalmente, ele aparece em pessoas que têm uma cicatrização grave (cirrose) na região, provocada pelo vírus das hepatites B e C, pelo acúmulo de gordura nas células do fígado ou ainda pela ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Esse tumor pode se desenvolver de duas formas: começa como um nódulo único que só se dissemina pelo órgão quando a doença já está avançada; ou como vários nódulos espalhados pelo fígado.

Há também outros tipos de câncer de fígado primário, porém, menos comuns: Angiossarcoma: um dos tipos menos diagnosticados, se origina nas células que revestem os vasos sanguíneos do fígado e que crescem rapidamente. Sua causa é desconhecida, mas algumas pesquisas indicam que pessoas que foram expostas ao cloreto de vinila (utilizado na produção de cloreto de polivinila (PVC)), ao dióxido de tório e ao arsênico podem desenvolver a doença.⁶

Carcinoma fibrolamelar: tipo bastante raro de carcinoma hepatocelular, costuma acometer adultos jovens (não apresenta, necessariamente, como fator de risco, cirrose ou infecção provocada pelo vírus das hepatites B e C). Colangiocarcinoma: de crescimento lento, aparece entre as células que revestem os ductos biliares, dentro ou fora do fígado.

Hepatoblastoma: acomete bebês e crianças pequenas. Nas crianças mais velhas, provoca puberdade precoce. Pode ser identificado por uma massa na parte superior direita do abdômen.

Vale lembrar que o câncer secundário ou metastático (vindo de outra parte do organismo) não é classificado como “de fígado”. Eles são nomeados e tratados a partir da região onde surgiram. No fígado, são comuns metástases de câncer de pulmão, mama, intestino grosso e pâncreas.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Para tratar o câncer de fígado, os especialistas consideram a combinação de alguns fatores: o tipo e a extensão do tumor, a presença de metástases, o estágio da doença e as condições clínicas do paciente, principalmente o funcionamento do fígado.

Se os diagnósticos da doença tendem a aumentar nos próximos anos na maioria dos países, por aqui as estatísticas não são diferentes. No levantamento Estimativa 2023 – Incidência de câncer no Brasil 3 , realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 10.700 novos casos serão registrados por ano até 2025.

Os vírus das hepatites B e C, doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2, o acúmulo de gordura no órgão (esteatose), e o consumo exagerado de bebidas alcóolicas são os principais vilões do câncer de fígado. Entretanto, pesquisas recentes também têm alertado sobre o impacto da obesidade e do tabagismo no surgimento da doença.

A prevenção é a melhor arma para driblar o câncer de fígado. Um estudo 4 da Iarc, por exemplo, mostra que 17% dos diagnósticos da doença feitos em 2020 poderiam ter sido evitados com a redução do consumo de bebidas alcoólicas.

Investir na vacinação contra as hepatites e atuar, de forma eficaz, no tratamento da doença; conscientizar a população sobre os efeitos do consumo do álcool e do cigarro no aparecimento de inúmeras enfermidades; propor políticas públicas para o acompanhamento e o cuidado de obesos e pessoas com diabetes tipo 2 são medidas que podem reduzir de modo eficaz as estatísticas do câncer de fígado no mundo. ⁵

Os sinais de que algo não está bem aparecem quando os tumores já ganharam volume e estão prejudicando o funcionamento do órgão. Perda de peso sem razão, cansaço ou fraqueza, coceira, náusea e vômito, perda de apetite, inchaço do abdômen, sensação de satisfação após uma refeição leve, icterícia (pele e olhos amarelados) e febre podem ser indicativos de que a doença está instalada. Mas uma avaliação médica precisa, complementada por exames específicos, é importante para fechar o diagnóstico do câncer de fígado.

Quando os médicos suspeitam de câncer de fígado, consideram não apenas os sintomas, mas também o histórico de doenças e os hábitos do paciente. A presença de cirrose hepática (as fibroses no órgão causadas pelo consumo exagerado de bebida alcoólica), por exemplo, é uma informação importante para o especialista. Para confirmar o diagnóstico, são feitos alguns exames: o de sangue é essencial para avaliar como o fígado está trabalhando e se há marcadores tumorais; a tomografia e a ressonância magnética ajudam a visualizar se há algum tumor, sua localização e seu tamanho e se existe mais de um nódulo; já a angiotomografia é utilizada para observar os vasos sanguíneos do órgão e se há algum comprometimento dessa região.

Se os tumores são encontrados, é fundamental fazer uma biópsia para saber o tipo de célula cancerígena, o estadiamento da enfermidade e os tratamentos possíveis.

O carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum de câncer de fígado nos adultos. Normalmente, ele aparece em pessoas que têm uma cicatrização grave (cirrose) na região, provocada pelo vírus das hepatites B e C, pelo acúmulo de gordura nas células do fígado ou ainda pela ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Esse tumor pode se desenvolver de duas formas: começa como um nódulo único que só se dissemina pelo órgão quando a doença já está avançada; ou como vários nódulos espalhados pelo fígado.

Há também outros tipos de câncer de fígado primário, porém, menos comuns: Angiossarcoma: um dos tipos menos diagnosticados, se origina nas células que revestem os vasos sanguíneos do fígado e que crescem rapidamente. Sua causa é desconhecida, mas algumas pesquisas indicam que pessoas que foram expostas ao cloreto de vinila (utilizado na produção de cloreto de polivinila (PVC)), ao dióxido de tório e ao arsênico podem desenvolver a doença.⁶

Carcinoma fibrolamelar: tipo bastante raro de carcinoma hepatocelular, costuma acometer adultos jovens (não apresenta, necessariamente, como fator de risco, cirrose ou infecção provocada pelo vírus das hepatites B e C). Colangiocarcinoma: de crescimento lento, aparece entre as células que revestem os ductos biliares, dentro ou fora do fígado.

Hepatoblastoma: acomete bebês e crianças pequenas. Nas crianças mais velhas, provoca puberdade precoce. Pode ser identificado por uma massa na parte superior direita do abdômen.

Vale lembrar que o câncer secundário ou metastático (vindo de outra parte do organismo) não é classificado como “de fígado”. Eles são nomeados e tratados a partir da região onde surgiram. No fígado, são comuns metástases de câncer de pulmão, mama, intestino grosso e pâncreas.

Para tratar o câncer de fígado, os especialistas consideram a combinação de alguns fatores: o tipo e a extensão do tumor, a presença de metástases, o estágio da doença e as condições clínicas do paciente, principalmente o funcionamento do fígado.

Quando diagnosticado precocemente, a cirurgia (hepatectomia) é o tratamento mais indicado. Com ela, é possível retirar o tumor. Entretanto, há casos nos quais o nódulo, mesmo sem ter se espalhado pelo órgão, não pode ser removido totalmente. Quando isso acontece, a terapia é complementada por quimioembolização, em que, por meio de cateterismo, microesferas são carreadas com medicamentos quimioterápicos, ou radioembolização, em que microesferas radioativas são injetadas nos vasos que irrigam o tumor, impedindo seu crescimento. Outra alternativa é a ablação por radiofrequência, que usa o calor para destruir as células cancerígenas. O transplante de fígado também é uma opção para quando o tumor ainda não cresceu e se espalhou.

A quimioterapia tradicional é o recurso usado para driblar o crescimento das células do colangiocarcinoma, mas é pouco efetiva no combate do carcinoma hepatocelular. Nesses casos, os especialistas recomendam a terapia-alvo, com a ingestão oral de medicamentos denominados inibidores de tirosina quinase, que bloqueiam o crescimento de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.⁷

Como o câncer de fígado é uma doença que começa bastante silenciosa, não é fácil fazer um diagnóstico precoce e com indicação de tratamentos que podem curá-lo. Por isso, a prevenção é tão importante para evitar esse diagnóstico, principalmente para pessoas do grupo de risco. Quando a neoplasia já está instalada, a sobrevida de pacientes com a enfermidade varia entre 12 e 18 meses.

Quando diagnosticado precocemente, a cirurgia (hepatectomia) é o tratamento mais indicado. Com ela, é possível retirar o tumor. Entretanto, há casos nos quais o nódulo, mesmo sem ter se espalhado pelo órgão, não pode ser removido totalmente. Quando isso acontece, a terapia é complementada por quimioembolização, em que, por meio de cateterismo, microesferas são carreadas com medicamentos quimioterápicos, ou radioembolização, em que microesferas radioativas são injetadas nos vasos que irrigam o tumor, impedindo seu crescimento. Outra alternativa é a ablação por radiofrequência, que usa o calor para destruir as células cancerígenas. O transplante de fígado também é uma opção para quando o tumor ainda não cresceu e se espalhou.

A quimioterapia tradicional é o recurso usado para driblar o crescimento das células do colangiocarcinoma, mas é pouco efetiva no combate do carcinoma hepatocelular. Nesses casos, os especialistas recomendam a terapia-alvo, com a ingestão oral de medicamentos denominados inibidores de tirosina quinase, que bloqueiam o crescimento de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.⁷

Como o câncer de fígado é uma doença que começa bastante silenciosa, não é fácil fazer um diagnóstico precoce e com indicação de tratamentos que podem curá-lo. Por isso, a prevenção é tão importante para evitar esse diagnóstico, principalmente para pessoas do grupo de risco. Quando a neoplasia já está instalada, a sobrevida de pacientes com a enfermidade varia entre 12 e 18 meses.

FONTES

¹ Instituto Nacional de Câncer - INCA. O que é câncer? https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/o-que-e-cancer. Acesso em 1 mar. 2023

² Rumgay H, Arnold M, Ferlay J, Lesi O, Cabasag CJ, Vignat J, et al. (2022). Global burden of primary liver cancer in 2020 and predictions to 2040. Journal of Hepatology, Published online 6 October 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jhep.2022.08.021. Acesso em: 1 mar. 2023.

³ INCA. Estimativa. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa. Acesso em: 1 mar. 2023.

⁴ Rumgay H, Shield K, Charvat H, Ferrari P, Sornpaisarn B, Obot I, et al. (2021). Global burden of cancer in 2020 attributable to alcohol consumption: a population-based study. Lancet Oncol, 22(8):1071–80. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S1470-2045(21)00279-5. Acesso em: 1 mar. 2023.

⁵ Number of new cases and deaths from liver cancer predicted to rise by more than 55% by 2040. International Agency for Research on Cancer. Published online 6 October 2022. Disponível em: https://www.iarc.who.int/wp-content/uploads/2022/10/pr320_E.pdf. Acesso em: 1 mar. 2023.

⁶ MSD Manuals. Cânceres primários do fígado: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/tumores-do-f%C3%ADgado/c%C3%A2nceres-prim%C3%A1rios-do-f%C3%ADgado#:~:text=Angiossarcoma,como%20a%20exposi%C3%A7%C3%A3o%20ao%20ars%C3%AAnico. Acesso em 1mar 202

⁷ Oncoguia. Terapia-alvo para câncer de fígado: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/terapiaalvo-para-cancer-de-figado/2041/209/ Acesso em 1 mar 2023

Artigos Relacionados

Canetas emagrecedoras: por que elas estão em alta?

Outras Condições

Canetas emagrecedoras: por que elas estão em alta?

Soluções injetáveis indicadas normalmente para controlar o diabetes foram aprovadas para o tratamento da obesidade com sucesso. Com poucos efeitos colaterais, prometem a perda de peso logo no primeiro mês de uso

Não é de hoje que os remédios para emagrecer são bastante procurados e conquistam inúmeros adeptos. Com as canetas emagrecedoras não foi diferente. Elas ganharam as redes sociais em depoimentos de personalidades e ficaram tão populares que os produtos chegaram a faltar nas farmácias.

A popularização, porém, não pode resultar em uso irrestrito. Segundo as Diretrizes Brasileiras da Obesidade (2016), publicadas pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os medicamentos só devem ser indicados em determinadas situações:

  1. Se o paciente obeso apresentar complicações associadas, como problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
  2. O IMC for maior ou igual a 30 kg/m2 ou for maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² com a presença de comorbidades.
  3. O tratamento para perda de peso, sem o uso de medicamentos, não apresentou bons resultados em tentativas anteriores.

“Para escolher a melhor medicação, devemos considerar indicações, contraindicações, comorbidades e a possibilidade de interação medicamentosa”, explica o endocrinologista Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). O médico ainda lembra que os possíveis perfis alimentares, "os chamados fenótipos específicos", apesar de ainda provocarem polêmica entre os especialistas, podem aumentar, em tese, a especificidade do tratamento.

Conheça agora o histórico das canetas emagrecedoras e suas principais indicações.

História das canetas emagrecedoras

Antes da fama, as canetas de semaglutida e liraglutida eram indicadas para o tratamento de diabetes tipo 2. Mas, ao se notar que um dos efeitos da utilização das substâncias é o emagrecimento, estudos científicos1 foram realizados para comprovar a eficácia das drogas no tratamento da obesidade. Em 2021, a Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória americana, aprovou o uso de 2,4 mg de semaglutida injetável uma vez por semana para controle do peso em pacientes com alguma enfermidade associada, como colesterol alto ou hipertensão2. No ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia aprovado a indicação da liraglutida3 para tratar a obesidade e, neste ano, foi a vez de liberar o uso da semaglutida4.

Veja também:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária
Medicamentos para obesidade a nova geração tem efeitos colaterais mais

Como é a ação das canetas emagrecedoras?

“A liraglutida e a semaglutida são agonistas do GLP-1, ou seja, são substâncias semelhantes ao hormônio gastrointestinal e apresentam múltiplas ações, entre elas, atuar na região do cérebro chamada hipotálamo, diminuindo a fome e aumentando a sensação de saciedade”, explica o endocrinologista Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Além dessas ações, a semaglutida ainda proporciona um retardamento do esvaziamento gástrico, promovendo a redução de apetite e, consequentemente, a perda de peso5.

“Por serem eficazes e relativamente seguros, com poucas contraindicações e baixo risco de efeitos colaterais graves, esses medicamentos injetáveis têm sido muito utilizados”, comenta Moura.

Veja também:

O metabolismo na obesidade
Alimentação saudável e metabolismo ativo, uma dupla imbatível para driblar a obesidade

Sob orientação médica

Apesar da popularidade e dos bons resultados que prometem, as canetas emagrecedoras não devem ser usadas sem prescrição médica e precisam seguir as indicações que citamos acima. Também é bom lembrar que, como outras drogas, podem surgir efeitos colaterais desconfortáveis, como diarreia, constipação, cólicas e náuseas.

“Elas também são contraindicadas para pacientes com histórico de câncer medular de tireoide, neoplasia endócrina múltipla, gastroparesia e pancreatite. Lembrando que nenhuma droga para perda de peso deve ser usada na gravidez”, alerta o endocrinologista da SBEM.

Outro ponto importante é a dosagem: nas redes sociais, usuários das soluções injetáveis contam que chegam a aplicar microdoses duas a três vezes por semana, alguns até diariamente. “Apenas um especialista é capaz de indicar a posologia adequada para cada paciente, a dose que ele deverá tomar e por quanto tempo”, diz Deborah Beranger, endocrinologista pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. “O tratamento da obesidade deve ser globalizado e envolver, além das soluções injetáveis (quando elas forem indicadas), mudança no estilo de vida, adoção de uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos.”

Veja também:

O impacto da obesidade na saúde mental
Transtornos alimentares e obesidade

Novidade à vista

A retatrudida é outra substância com ação parecida com a da semaglutida e a da liraglutida que também promete ser um recurso eficiente no tratamento da obesidade. “Ela é um agonista múltiplo de hormônios gastrointestinais e atua no GLP-1, no GIP e no glucagon. As pesquisas estão na fase 2 e os resultados iniciais foram extraordinários”, finaliza Moura.

Quer saber mais sobre obesidade e perda de peso? Aproveite para ler também: Reganho de peso, é possível evitar

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ENDO - 1726004 – AA – Saber da Saúde

O que acontece em cada estágio do câncer colorretal?

Outras Condições

O que acontece em cada estágio do câncer colorretal?

A avaliação da disseminação da doença, chamada de estadiamento, vai de 1 a 4 e classifica tanto a extensão como o tipo de tumor. Saber disso é fundamental para o tratamento

Todo tumor que apresenta um crescimento anormal de células é denominado neoplasia. Daí, para que esse achado se transforme em um câncer e assuma seu potencial maligno, é preciso que essas novas células atinjam a capacidade de invadir o tecido onde surgiram e se espalhem pelo corpo, em um mecanismo denominado metástase1.

“Uma vez diagnosticado o câncer por meio da biópsia, também é possível analisar o grau de sua disseminação pelos vasos sanguíneos e linfáticos. O próximo passo, então, é realizar o estadiamento desse tumor maligno, por meio de uma avaliação completa do corpo do paciente para avaliar a real extensão do acometimento do câncer”, explica Mauro Donadio, oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo.

É importante esclarecer que cada tipo de câncer tem sua forma natural de estadiar, ou seja, de se disseminar, mas no caso específico do câncer colorretal (também chamado de câncer de intestino), esse processo se concentra nos linfonodos [as chamadas ínguas, que ficam próximas de onde surgiu o tumor] e órgãos como fígado e pulmão, principalmente. “Por essa razão, realizamos exames de imagem, como tomografias, com certa frequência, para avaliar o abdômen completo e a pelve, além do pulmão”, detalha o médico.

Saiba mais:

O que é mito e o que é verdade sobre o câncer colorretal?
5 fatores que dificultam o diagnóstico e tratamento do câncer

Conheça cada estágio do câncer colorretal?

A partir dessas avaliações o câncer colorretal pode ser dividido em quatro estágios ou estádios2 . São eles:

  • Estágio 1 Essa primeira classificação é dada a uma lesão local e pequena, que não invadiu todas as camadas do cólon (intestino grosso) ou outro local onde ela surgiu.
  • Estágio 2: A lesão ainda é localizada, mas com maior profundidade de invasão na parede do intestino.
  • Estágio 3: A lesão saiu de seu local inicial e já acomete os linfonodos da região intestinal.
  • Estágio 4: Nessa fase, são localizadas lesões distantes do tumor original, normalmente atingindo fígado, pulmão ou peritônio, a membrana que envolve os órgãos.

Um ponto preocupante é que, embora os diagnósticos atualmente sejam feitos de forma mais precoce, a descoberta do câncer em estágios mais avançados ainda é predominante - especialmente em pacientes mais jovens. “O que estamos observando é pessoas entre 20 e 49 anos recebendo o diagnóstico com a doença mais avançada, em estágios 3 ou até 4, quando o risco de recidiva [de o câncer voltar] ou de óbito é maior. Daí a importância do rastreio e do exame de colonoscopia sempre que notar algo diferente”, alerta Donadio.

Quer saber mais sobre câncer colorretal?

Clique aqui para acessar nossa página sobre Março Azul – Campanha de conscientização sobre o câncer colorretal – e confira informações importantes sobre a doença, formas de prevenção, tratamentos e apoio. Sua conscientização faz toda a diferença. Vamos lutar juntos contra o câncer colorretal!

1 O que é câncer? Instituto Nacional de Câncer (INCA).

2 Prognóstico para câncer colorretal Tumores do trato gastrointestinal. Manual MSD Versão para profissionais de Saúde.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.
ENDO = 1822602 – AA – Saber da Saúde

Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Outras Condições

Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

As conhecidas e procuradas substâncias para tratar obesidade nem sempre são recomendadas para as crianças. Apenas algumas drogas são liberadas para uso pediátrico e devem ter supervisão médica estrita

Se o aumento da população adulta obesa vem chamando a atenção de especialistas do mundo todo, quando as estatísticas indicam a quantidade de crianças e adolescentes acima do peso, a situação torna-se ainda mais alarmante.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) e a Organização Mundial da Saúde consideram a obesidade infantil uma doença crônica e um dos mais complexos problemas de saúde pública mundial, pois excesso peso, mesmo em crianças, leva ao surgimento de comorbidades crônicas degenerativas, como diabetes, hipertensão arterial e problemas cardiovasculares1.

É comum, quando falamos em doença, não importa qual, associarmos seu tratamento ao uso de remédios. E algumas drogas têm alta eficácia no combate da obesidade, mas, no caso da obesidade infantil, elas são indicadas?

“O tratamento da obesidade nas crianças abrange uma mudança intensiva do estilo de vida, incluindo nutrição e atividade física, e deve ter acompanhamento frequente, presencial, familiar e multidisciplinar. É importante que as intervenções comecem cedo, porque a obesidade infantil não tende a se resolver espontaneamente, pelo contrário. Uma criança acima do peso tem alto risco de se tornar um adulto obeso e desenvolver complicações precocemente”, comenta Simone Van de Sande Lee, endocrinologista e diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Veja também:

Reganho de peso, é possível evitar
O impacto da obesidade na saúde mental
Transtornos alimentares e obesidade

Medicamentos para obesidade são indicados para crianças?

Alguns dos medicamentos, como a liraglutida e a semaglutida, aprovados para o tratamento da obesidade, só são recomendados a partir dos 12 anos de idade. “São as mesmas substâncias utilizadas pelos adultos e elas estão indicadas para o paciente pediátrico, quando o peso corporal fica acima de 60 kg. Elas devem ser prescritas como adjuvantes às modificações de estilo de vida, quando essas medidas isoladamente não são suficientes”, explica a médica, lembrando que o orlistate, outra substância bastante conhecida para combater a enfermidade, foi estudado para ser usado por adolescentes a partir dos 12 anos e é aprovado nos Estados Unidos para essa faixa etária, mas, no Brasil, é liberado apenas para os adultos.

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, a escolha pela terapia medicamentosa deve considerar, além do Índice de Massa Corporal (IMC) e o gráfico de crescimento, a gravidade do problema e a presença de complicações associadas2. Os resultados também precisam ser planejados: o especialista deve prever metas de perda de peso e os benefícios para saúde que deseja alcançar.

Veja também:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

A prevenção ainda é o melhor tratamento

Sabe-se que a obesidade tem múltiplas causas: a genética, o ambiente e determinados fatores emocionais influenciam o peso das crianças e dos adolescentes. Se os quilos extras da população infantil têm feito estudiosos se debruçarem sobre esse problema a fim de impedir que as estatísticas de obesos continuem aumentando, os pediatras são unânimes em lembrar da importância da prevenção.

No programa Pediatria para famílias, da Sociedade Brasileira de Pediatria, a médica Mara Alves, do departamento científico de Nutrologia da SBP, afirma que a alimentação saudável deve ser implementada desde a primeira infância.

“É importante entender o conceito de alimentação saudável. Ela é baseada em alimentos in natura ou minimamente processados. Os alimentos ultraprocessados devem ser de uso muito esporádico. Vale a máxima “desempacotar menos, descascar mais””, orienta a estudiosa3. Além disso, o sedentarismo também está na mira. As telas (TV, smartphones e videogames) devem ocupar, no máximo, duas horas do dia da criança, e as brincadeiras (melhor ainda se forem perto da natureza) estão liberadas. A conta é fácil: quanto mais brincar e melhor se alimentar, mais a criança será saudável, livre da obesidade.

Quer saber mais sobre obesidade na infância e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Crianças obesas, um problema de saúde pública

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ENDO - 1726004 – AA – Saber da Saúde

Medicamentos para obesidade: quando são recomendados

Outras Condições

Medicamentos para obesidade: quando são recomendados

Nem todo paciente acima do peso necessita de uma terapia medicamentosa para driblar os quilos a mais. Porém, os remédios são um recurso eficiente para combater a obesidade em pacientes com IMC alto

Quando se fala em tratar a obesidade, logo se pensa em cortar calorias. Afinal, é o excesso delas que provoca o acúmulo de gordura corporal e, consequentemente, o sobrepeso. A equação equilibrada entre o consumo de calorias por meio da alimentação e o gasto delas em atividades rotineiras e exercícios físicos é o segredo para a boa forma.

Mas nem sempre é fácil manter essa conta em dia, e fatores ambientais, genéticos e emocionais contribuem para desequilibrá-la, provocando a obesidade. Se as dietas ricas em alimentos in natura e pouco calóricos são as primeiras indicações para quem deseja perder peso, muitas vezes, é necessário associar um tratamento farmacológico para driblar os quilos extras.

Segundo as Diretrizes Brasileiras da Obesidade (2016)1, publicadas pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os medicamentos só devem ser indicados em determinadas situações:

  • se o paciente obeso apresentar complicações associadas, como problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
  • o IMC for maior ou igual a 30 kg/m2 ou for maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² com a presença de comorbidades.
  • o tratamento para perda de peso, sem o uso de medicamentos, não apresentou bons resultados em tentativas anteriores.

“Para escolher a melhor medicação, devemos considerar indicações, contraindicações, comorbidades e a possibilidade de interação medicamentosa”, explica o endocrinologista Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). O médico ainda lembra que os possíveis perfis alimentares, "os chamados fenótipos específicos", apesar de ainda provocarem polêmica entre os especialistas, podem aumentar, em tese, a especificidade do tratamento.

Veja também:

Crianças obesas, um problema de saúde pública
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Terapia individualizada

No Brasil, atualmente, a sibutramina, o orlistate, a liraglutida, a naltrexona com bupropiona e a semaglutida são as substâncias aprovadas para tratar a obesidade. Com ações diferentes, elas agem no cérebro e inibem o apetite ou são capazes de reduzir a absorção de gorduras ingeridas, pois atuam no intestino. Mas, independentemente de suas indicações, elas jamais devem ser utilizadas sem prescrição médica.

“O tratamento de obesidade é individualizado. O médico, baseado em uma anamnese bem-feita, considera o histórico do paciente. Além disso, avalia se ele apresenta outra enfermidade, como padrão compulsivo, depressão, insônia, saciedade reduzida, ansiedade ou ainda metabolismo lento. Todos esses fatores devem ser analisados pelo especialista a fim de indicar a melhor substância para cada caso”, comenta Deborah Beranger, endocrinologista pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, lembrando que o médico ainda pode optar por fazer associações medicamentosas com o objetivo de realizar uma terapia globalizada.

Leia mais: Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

O sucesso do tratamento depende de uma série de fatores, inclusive de um planejamento de metas realistas e do engajamento do paciente para alcançá-las. Nas Diretrizes da Abeso, a intervenção terapêutica é eficaz quando ocorre uma redução maior ou igual a 1% do peso corporal por mês, atingindo pelo menos 5% em 3 a 6 meses. Mais: a diminuição de 5% a 10% de peso em pacientes obesos reduz de forma significativa os fatores de risco para diabetes e doenças cardiovasculares2.

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 1 DIRETRIZES Brasileiras de Obesidade, 2016. ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 4.ed. São Paulo. Disponível em: https://abeso.org.br/wp- content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf. Acesso em: 11 out. 2023.

2 ABESO. Associação Brasileiro para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Atualização das Diretrizes para o Tratamento Farmacológico da Obesidade e do Sobrepeso. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Atualizacao-das-Diretrizes.pdf Acesso em: 11 out. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ENDO - 1726004 – AA – Saber da Saúde

Cadastre-se e receba mais informações

*Campos obrigatórios