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Câncer de fígado

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Se você ou alguém que você conhece foi diagnosticado com câncer de fígado ou está procurando informações sobre prevenção, aqui está uma visão geral dos fatores de risco e diagnósticos disponíveis.

O que é o câncer de fígado?

Já é sabido que o câncer, independentemente da região onde está localizado, é caracterizado por células que sofreram alguma mutação e se reproduzem de forma descontrolada, provocando efeitos colaterais e fazendo com que o corpo não funcione como deveria. 1 No câncer de fígado, o processo também é esse e podem surgir tumores primários, que nasceram no próprio órgão, ou secundários, quando as células cancerígenas são originárias de outro lugar e causaram metástases. Apesar dessa diferença, ambos os tipos são comuns e exigem atenção, já que o número de novos casos de câncer de fígado e de mortes por causa da doença aumentará em mais de 55% até 2040, de acordo com a International Agency for Research on Cancer (Iarc - Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer). ²

Quais são os fatores de risco para o câncer de fígado?

Se os diagnósticos da doença tendem a aumentar nos próximos anos na maioria dos países, por aqui as estatísticas não são diferentes. No levantamento Estimativa 2023 – Incidência de câncer no Brasil 3 , realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 10.700 novos casos serão registrados por ano até 2025.

Os vírus das hepatites B e C, doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2, o acúmulo de gordura no órgão (esteatose), e o consumo exagerado de bebidas alcóolicas são os principais vilões do câncer de fígado. Entretanto, pesquisas recentes também têm alertado sobre o impacto da obesidade e do tabagismo no surgimento da doença.

A prevenção é a melhor arma para driblar o câncer de fígado. Um estudo 4 da Iarc, por exemplo, mostra que 17% dos diagnósticos da doença feitos em 2020 poderiam ter sido evitados com a redução do consumo de bebidas alcoólicas.

Investir na vacinação contra as hepatites e atuar, de forma eficaz, no tratamento da doença; conscientizar a população sobre os efeitos do consumo do álcool e do cigarro no aparecimento de inúmeras enfermidades; propor políticas públicas para o acompanhamento e o cuidado de obesos e pessoas com diabetes tipo 2 são medidas que podem reduzir de modo eficaz as estatísticas do câncer de fígado no mundo. ⁵

Quais são os sintomas do câncer de fígado?

Os sinais de que algo não está bem aparecem quando os tumores já ganharam volume e estão prejudicando o funcionamento do órgão. Perda de peso sem razão, cansaço ou fraqueza, coceira, náusea e vômito, perda de apetite, inchaço do abdômen, sensação de satisfação após uma refeição leve, icterícia (pele e olhos amarelados) e febre podem ser indicativos de que a doença está instalada. Mas uma avaliação médica precisa, complementada por exames específicos, é importante para fechar o diagnóstico do câncer de fígado.

Como é feito o diagnóstico do câncer de fígado?

Quando os médicos suspeitam de câncer de fígado, consideram não apenas os sintomas, mas também o histórico de doenças e os hábitos do paciente. A presença de cirrose hepática (as fibroses no órgão causadas pelo consumo exagerado de bebida alcoólica), por exemplo, é uma informação importante para o especialista. Para confirmar o diagnóstico, são feitos alguns exames: o de sangue é essencial para avaliar como o fígado está trabalhando e se há marcadores tumorais; a tomografia e a ressonância magnética ajudam a visualizar se há algum tumor, sua localização e seu tamanho e se existe mais de um nódulo; já a angiotomografia é utilizada para observar os vasos sanguíneos do órgão e se há algum comprometimento dessa região.

Se os tumores são encontrados, é fundamental fazer uma biópsia para saber o tipo de célula cancerígena, o estadiamento da enfermidade e os tratamentos possíveis.

Intra-hepático: comete os ductos biliares dentro do fígado e muitas vezes é classificado como um tipo de câncer de fígado;

Perihilar: ocorre nos ductos fora do fígado. O tipo mais recorrente é o tumor de Klatskin, que acomete a região onde os ductos direito e esquerdo se encontram, originando o ducto hepático comum.

Distal: acomete a porção do ducto biliar que fica mais próxima do intestino delgado e também é chamado de colangiocarcinoma extra-hepático.

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Afinal, o que é alimentação metabólica?

Outras Condições

Afinal, o que é alimentação metabólica?

Todos os alimentos influenciam no metabolismo, mas as refeições equilibradas e ricas em macronutrientes são capazes de estimular esse processo

Quando se discute obesidade e emagrecimento, logo surgem dietas que prometem resultados otimizados em pouco tempo. Nesse campo, um dos conceitos que tem feito sucesso é o de alimentação metabólica. “Esse termo vem sendo utilizado em diferentes contextos e com várias interpretações. Refere-se a um tipo de dieta ou plano alimentar que supostamente visa otimizar o metabolismo para aumentar o gasto de energia e promover a perda de peso”, comenta Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

O conceito está baseado nos princípios da alimentação equilibrada. “Todos os alimentos, todos os macro e micronutrientes, contribuem para o bom funcionamento do nosso metabolismo. Quando ingerimos carboidratos, proteínas ou gorduras, estamos interferindo metabolicamente no organismo”, explica o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Ele exemplifica: “Uma dieta com predominância de alimentos termogênicos age na melhora da taxa metabólica basal; uma dieta hiperproteica promove maior queima de calorias e aumenta o metabolismo”.

A influência dos alimentos no metabolismo

Fazer refeições frequentes e controlar a ingestão de macronutrientes com o objetivo de aumentar o consumo de proteínas e reduzir o de carboidratos e gorduras são premissas da alimentação metabólica, que deve ser combinada com a prática regular e constante de exercícios físicos. A proposta é preferir alimentos que estimulem o metabolismo e, consequentemente a queima de calorias, a fim de perder peso. Assim, nas refeições, não podem faltar:

  • o Alimentos termogênicos: eles requerem mais energia para serem digeridos e processados pelo corpo, processos que aumentam o gasto calórico. Nesse grupo, estão a pimenta, o chá verde, o café e alimentos ricos em proteínas, como carne magra, ovos e laticínios.
  • o Nutrientes equilibrados: a alimentação metabólica enfatiza a importância de se incluir uma proporção adequada de proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis em cada refeição. Isso ajuda a manter o equilíbrio de energia e a estabilidade dos níveis de açúcar no sangue, evitando o acúmulo de gordura.

Entretanto, é importante lembrar que nem todo mundo responde da mesma maneira ao consumo dos mesmos alimentos, principalmente entre os obesos, nos quais fatores como genética, estresse, sedentarismo e questões sociais influenciam no ganho de quilos. Segundo Ribas Filho, alguns alimentos têm uma capacidade maior de acelerar o metabolismo, mas o tratamento da obesidade envolve um cuidado individualizado e amplo, no qual a dieta balanceada, os exercícios físicos e os momentos de descanso e lazer também são fundamentais para o bem-estar e o emagrecimento.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde CRM = 1718804 – AA – Saber da SaúdeATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

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Obesidade na infância: um problema de saude pública

Outras Condições

Obesidade na infância: um problema de saude pública

Lancheiras recheadas de alimentos ultraprocessados e refeições feitas na frente de telas e às pressas são alguns dos fatores que têm provocado a obesidade infantil. Rever essas práticas é fundamental para combater a doença considerada uma epidemia mundial

A obesidade não acomete apenas os adultos. Assim como eles têm sofrido consequências na saúde física e mental por causa da doença, muitas vezes, prejudicando seu desempenho social e levando a transtornos como ansiedade e depressão, as crianças vivem a mesma situação preocupante. Não à toa, a obesidade infantil é um problema de saúde pública.

O Atlas Mundial da Obesidade estima que, em 2030, o Brasil ocupará a 5ª. posição no ranking de países com maior número de crianças e adolescentes obesos, e, se não forem cuidados, eles terão apenas 2% de chance de reverter a situação1.

“O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-20192), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica ainda que um quinto das crianças (18,6%) com até 5 anos estão em uma zona de risco de sobrepeso”, complementa o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Estatísticas alarmantes

Os dados não mostram apenas um retrato da população infantil no país; mais do que isso, eles revelam que as crianças estão se alimentando mal. É preciso entender por que isso está acontecendo, a relação delas com as refeições e empregar estratégias para reverter esse quadro.

“Assim como ocorre com os adultos, a obesidade nas crianças e nos adolescentes envolve aspectos biológicos, familiares, sociais, econômicos e emocionais”, comenta Appolinário, lembrando que eles correm os mesmos riscos de desenvolverem doenças cardíacas e metabólicas que os adultos. “A obesidade infantil ainda tem efeito na saúde mental e pode desencadear ansiedade, depressão e compulsão, por exemplo, provocando vergonha, culpa e baixa autoestima”, detalha o especialista.

É no período da infância e da adolescência que construímos a nossa autoimagem e as ideias que temos sobre nós mesmos, os outros e o mundo ao redor3. Segundo o psiquiatra do Gota, quando esses aspectos estão em jogo, qualquer influência negativa, como estigmatização e bullying, pode impactar em como as crianças e os adolescentes se veem e se sentem, prejudicar o rendimento escolar e favorecer a exclusão social, propiciando o sentimento de fracasso e inferioridade.

Veja mais:

O metabolismo na obesidade
Transtornos alimentares e obesidade

Abordagem abrangente

A obesidade infantil e sua relação com a saúde mental não é uma questão isolada, requer uma abordagem integrada que considere tanto o bem-estar físico quanto o emocional. Rever os hábitos e as opções alimentares é o primeiro passo para enfrentar a enfermidade, mas os familiares e responsáveis devem se conscientizar de que as crianças precisam de tratamento médico multidisciplinar.

“O apoio psicológico de um especialista ajuda a compreender os fatores desencadeantes de estresse, raiva, tristeza e angústia e ensina os pequenos a lidarem com esses sentimentos, sem “descontá-los” muitas vezes na comida. O suporte emocional da família é essencial para eles ganharem confiança, autonomia e segurança. A combinação de alimentação equilibrada, com pratos recheados de opções saudáveis (longe dos ultraprocessados), com apoio especializado e afeto é o caminho para não deixar que os números mostrem uma população infantil cada vez mais doente”, finaliza o médico.

Veja mais:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição
Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 Ministério da Saúde. Atlas da Obesidade Infantil no Brasil, 2019. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/dados_atlas_obesidade.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

2 Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-content/uploads/2021/12/Relatorio-5_ENANI- 2019_Alimentacao-InfantiL.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

3 PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. 17 .ed. Rio de Janeiro: Forense, 1989.

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Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Outras Condições

Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

As conhecidas e procuradas substâncias para tratar obesidade nem sempre são recomendadas para as crianças. Apenas algumas drogas são liberadas para uso pediátrico e devem ter supervisão médica estrita

Se o aumento da população adulta obesa vem chamando a atenção de especialistas do mundo todo, quando as estatísticas indicam a quantidade de crianças e adolescentes acima do peso, a situação torna-se ainda mais alarmante.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) e a Organização Mundial da Saúde consideram a obesidade infantil uma doença crônica e um dos mais complexos problemas de saúde pública mundial, pois excesso peso, mesmo em crianças, leva ao surgimento de comorbidades crônicas degenerativas, como diabetes, hipertensão arterial e problemas cardiovasculares1.

É comum, quando falamos em doença, não importa qual, associarmos seu tratamento ao uso de remédios. E algumas drogas têm alta eficácia no combate da obesidade, mas, no caso da obesidade infantil, elas são indicadas?

“O tratamento da obesidade nas crianças abrange uma mudança intensiva do estilo de vida, incluindo nutrição e atividade física, e deve ter acompanhamento frequente, presencial, familiar e multidisciplinar. É importante que as intervenções comecem cedo, porque a obesidade infantil não tende a se resolver espontaneamente, pelo contrário. Uma criança acima do peso tem alto risco de se tornar um adulto obeso e desenvolver complicações precocemente”, comenta Simone Van de Sande Lee, endocrinologista e diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Veja também:

Reganho de peso, é possível evitar
O impacto da obesidade na saúde mental
Transtornos alimentares e obesidade

Medicamentos para obesidade são indicados para crianças?

Alguns dos medicamentos, como a liraglutida e a semaglutida, aprovados para o tratamento da obesidade, só são recomendados a partir dos 12 anos de idade. “São as mesmas substâncias utilizadas pelos adultos e elas estão indicadas para o paciente pediátrico, quando o peso corporal fica acima de 60 kg. Elas devem ser prescritas como adjuvantes às modificações de estilo de vida, quando essas medidas isoladamente não são suficientes”, explica a médica, lembrando que o orlistate, outra substância bastante conhecida para combater a enfermidade, foi estudado para ser usado por adolescentes a partir dos 12 anos e é aprovado nos Estados Unidos para essa faixa etária, mas, no Brasil, é liberado apenas para os adultos.

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, a escolha pela terapia medicamentosa deve considerar, além do Índice de Massa Corporal (IMC) e o gráfico de crescimento, a gravidade do problema e a presença de complicações associadas2. Os resultados também precisam ser planejados: o especialista deve prever metas de perda de peso e os benefícios para saúde que deseja alcançar.

Veja também:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

A prevenção ainda é o melhor tratamento

Sabe-se que a obesidade tem múltiplas causas: a genética, o ambiente e determinados fatores emocionais influenciam o peso das crianças e dos adolescentes. Se os quilos extras da população infantil têm feito estudiosos se debruçarem sobre esse problema a fim de impedir que as estatísticas de obesos continuem aumentando, os pediatras são unânimes em lembrar da importância da prevenção.

No programa Pediatria para famílias, da Sociedade Brasileira de Pediatria, a médica Mara Alves, do departamento científico de Nutrologia da SBP, afirma que a alimentação saudável deve ser implementada desde a primeira infância.

“É importante entender o conceito de alimentação saudável. Ela é baseada em alimentos in natura ou minimamente processados. Os alimentos ultraprocessados devem ser de uso muito esporádico. Vale a máxima “desempacotar menos, descascar mais””, orienta a estudiosa3. Além disso, o sedentarismo também está na mira. As telas (TV, smartphones e videogames) devem ocupar, no máximo, duas horas do dia da criança, e as brincadeiras (melhor ainda se forem perto da natureza) estão liberadas. A conta é fácil: quanto mais brincar e melhor se alimentar, mais a criança será saudável, livre da obesidade.

Quer saber mais sobre obesidade na infância e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Crianças obesas, um problema de saúde pública

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Câncer pâncreas é agressivo? Entenda como ele afeta o paciente

Outras Condições

Câncer pâncreas é agressivo? Entenda como ele afeta o paciente

Esse tipo de tumor é mais comum no Ocidente e em países industrializados e é tido como o mais agressivo dentre os de origem gastrintestinal

O câncer de pâncreas não está na lista dos dez tumores mais prevalentes entre os brasileiros. Dentre os 483 mil novos casos de cânceres estimados no País durante o triênio 2023-2025, “apenas” 10.980 vão acometer esse órgão, o que significa 2,27% do total. No mundo, os números são parecidos: 2,6% do total de cânceres diagnosticados são de pâncreas, fazendo com que ele ocupe o 14º lugar na lista de incidência, enquanto o câncer de estômago ou câncer de fígado, por exemplo, estão no quinto e sétimo lugar, respectivamente1.

Se o número de casos não chega a ser expressivo, o que realmente chama a atenção nesse tipo de tumor é sua alta mortalidade: no Brasil, em 2020, 11.893 pessoas morreram devido à doença2. E isso, em grande parte, por causa da agressividade com que o tumor se desenvolve.

Agressividade do câncer de pâncreas

“O comportamento biológico do adenocarcinoma de pâncreas é muito agressivo e ele certamente figura entre os tipos de tumor mais severos entre aqueles de origem gastrintestinal”, constata Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Mas sua agressividade não é a única razão para a alta mortalidade, como explica o oncologista: “Historicamente, mesmo aqueles doentes que são diagnosticados com doença precoce e, portanto, ainda passíveis de tratamento cirúrgico com intuito curativo, têm alta chance de apresentar recorrência da doença. E, ao olhar para as taxas de cura de pacientes que foram levados à cirurgia, vemos que no máximo 30% deles estão vivos a pós cinco anos.”

Casos estão crescendo

Nos Estados Unidos, o câncer de pâncreas deve provocar 46 mil mortes em 2040 e ultrapassará o câncer colorretal em taxa de mortaliade. 3

Já no Brasil, a última estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta para 10.980 novos casos para cada ano do triênio de 2023 a 20254. As maiores taxas de incidência na população masculina foram observadas nas Europas Ocidental, Central e Oriental e na América do Norte; enquanto, entre as mulheres, as maiores taxas foram observadas na Europa Ocidental, na América do Norte e no Norte da Europa5.

Outro ponto que tem chamado a atenção dos médicos é sobre os casos em pacientes mais jovens, já que a idade avançada está associada ao aumento do risco de câncer de pâncreas 6

Para o oncologista Vinícius Lorandi existem alguns fatores de risco relacionados que foram mais recentemente identificados: “Um estudo publicado na revista Lance tem 20197, por exemplo, avaliou o impacto da doença em nível mundial e apontou que o tabagismo, a glicose e de jejum alterada (pré-diabetes) e a obesidade figuram entre os principais fatores de risco para esse tipo de tumor”, conta.

O mesmo estudo ainda mostra que a incidência da doença entre 1990 e 2017 mais do que dobrou no mundo: de 190 mil casos em 1990 para 448 mil em 20178. Isso mostra uma tendência de a incidência desse tipo de tumor seguir aumentando de acordo com o envelhecimento da população mundial. “Há muitos outros estudos que relacionam o aumento na incidência de câncer de pâncreas com as dietas ricas em gordura saturada e carne vermelha, especialmente as maturadas ou defumadas. Na contramão dessa estatística, vários estudos mostram uma proteção relacionada ao alto consumo de frutas e vegetais frescos”, relata o médico.

Usar adoçante aumenta o risco desse tipo de tumor?

Ainda sobre as causas da doença, os atuais estudos epidemiológicos têm demonstrado que a resistência a insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina circulando no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose são efetivas causas desse tipo de tumor9. Já sobre o uso de aspartame, que recentemente foi classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um agente potencialmente cancerígeno, ainda não há uma conclusão efetiva, como enfatiza Lorandi. “Embora se deva sempre priorizar a ingestão de alimentos saudáveis e naturais, é preciso cuidado para não tirarmos conclusões precipitadas sobre seu uso.

O que se sabe até agora é que é preciso uma quantidade bastante alta de aspartame para o desenvolvimento de um tumor. Portanto, ainda são necessários mais estudos e tempo para novas conclusões sobre esse tema”, finaliza.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de pânceras e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa para cuidar da sua saúde.

Se você já tem o diagnóstico, leia: Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

Atenção

1 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

2 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

3 JAMA Network: https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2778204

4 Inca: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf

5 FERLAY et al., 2020; SUNG et al., 2021

6 SUNG et al., 2021; WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020

7 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. The Lancet, 2019.

8 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017.

9 Diabetes and pancreatic cancer: What is the link? DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

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Quais são os tipos de tumores de fígado?

O carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum de câncer de fígado nos adultos. Normalmente, ele aparece em pessoas que têm uma cicatrização grave (cirrose) na região, provocada pelo vírus das hepatites B e C, pelo acúmulo de gordura nas células do fígado ou ainda pela ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Esse tumor pode se desenvolver de duas formas: começa como um nódulo único que só se dissemina pelo órgão quando a doença já está avançada; ou como vários nódulos espalhados pelo fígado.

Há também outros tipos de câncer de fígado primário, porém, menos comuns: Angiossarcoma: um dos tipos menos diagnosticados, se origina nas células que revestem os vasos sanguíneos do fígado e que crescem rapidamente. Sua causa é desconhecida, mas algumas pesquisas indicam que pessoas que foram expostas ao cloreto de vinila (utilizado na produção de cloreto de polivinila (PVC)), ao dióxido de tório e ao arsênico podem desenvolver a doença.⁶

Carcinoma fibrolamelar: tipo bastante raro de carcinoma hepatocelular, costuma acometer adultos jovens (não apresenta, necessariamente, como fator de risco, cirrose ou infecção provocada pelo vírus das hepatites B e C). Colangiocarcinoma: de crescimento lento, aparece entre as células que revestem os ductos biliares, dentro ou fora do fígado.

Hepatoblastoma: acomete bebês e crianças pequenas. Nas crianças mais velhas, provoca puberdade precoce. Pode ser identificado por uma massa na parte superior direita do abdômen.

Vale lembrar que o câncer secundário ou metastático (vindo de outra parte do organismo) não é classificado como “de fígado”. Eles são nomeados e tratados a partir da região onde surgiram. No fígado, são comuns metástases de câncer de pulmão, mama, intestino grosso e pâncreas.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Para tratar o câncer de fígado, os especialistas consideram a combinação de alguns fatores: o tipo e a extensão do tumor, a presença de metástases, o estágio da doença e as condições clínicas do paciente, principalmente o funcionamento do fígado.

Se os diagnósticos da doença tendem a aumentar nos próximos anos na maioria dos países, por aqui as estatísticas não são diferentes. No levantamento Estimativa 2023 – Incidência de câncer no Brasil 3 , realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 10.700 novos casos serão registrados por ano até 2025.

Os vírus das hepatites B e C, doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2, o acúmulo de gordura no órgão (esteatose), e o consumo exagerado de bebidas alcóolicas são os principais vilões do câncer de fígado. Entretanto, pesquisas recentes também têm alertado sobre o impacto da obesidade e do tabagismo no surgimento da doença.

A prevenção é a melhor arma para driblar o câncer de fígado. Um estudo 4 da Iarc, por exemplo, mostra que 17% dos diagnósticos da doença feitos em 2020 poderiam ter sido evitados com a redução do consumo de bebidas alcoólicas.

Investir na vacinação contra as hepatites e atuar, de forma eficaz, no tratamento da doença; conscientizar a população sobre os efeitos do consumo do álcool e do cigarro no aparecimento de inúmeras enfermidades; propor políticas públicas para o acompanhamento e o cuidado de obesos e pessoas com diabetes tipo 2 são medidas que podem reduzir de modo eficaz as estatísticas do câncer de fígado no mundo. ⁵

Os sinais de que algo não está bem aparecem quando os tumores já ganharam volume e estão prejudicando o funcionamento do órgão. Perda de peso sem razão, cansaço ou fraqueza, coceira, náusea e vômito, perda de apetite, inchaço do abdômen, sensação de satisfação após uma refeição leve, icterícia (pele e olhos amarelados) e febre podem ser indicativos de que a doença está instalada. Mas uma avaliação médica precisa, complementada por exames específicos, é importante para fechar o diagnóstico do câncer de fígado.

Quando os médicos suspeitam de câncer de fígado, consideram não apenas os sintomas, mas também o histórico de doenças e os hábitos do paciente. A presença de cirrose hepática (as fibroses no órgão causadas pelo consumo exagerado de bebida alcoólica), por exemplo, é uma informação importante para o especialista. Para confirmar o diagnóstico, são feitos alguns exames: o de sangue é essencial para avaliar como o fígado está trabalhando e se há marcadores tumorais; a tomografia e a ressonância magnética ajudam a visualizar se há algum tumor, sua localização e seu tamanho e se existe mais de um nódulo; já a angiotomografia é utilizada para observar os vasos sanguíneos do órgão e se há algum comprometimento dessa região.

Se os tumores são encontrados, é fundamental fazer uma biópsia para saber o tipo de célula cancerígena, o estadiamento da enfermidade e os tratamentos possíveis.

O carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum de câncer de fígado nos adultos. Normalmente, ele aparece em pessoas que têm uma cicatrização grave (cirrose) na região, provocada pelo vírus das hepatites B e C, pelo acúmulo de gordura nas células do fígado ou ainda pela ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Esse tumor pode se desenvolver de duas formas: começa como um nódulo único que só se dissemina pelo órgão quando a doença já está avançada; ou como vários nódulos espalhados pelo fígado.

Há também outros tipos de câncer de fígado primário, porém, menos comuns: Angiossarcoma: um dos tipos menos diagnosticados, se origina nas células que revestem os vasos sanguíneos do fígado e que crescem rapidamente. Sua causa é desconhecida, mas algumas pesquisas indicam que pessoas que foram expostas ao cloreto de vinila (utilizado na produção de cloreto de polivinila (PVC)), ao dióxido de tório e ao arsênico podem desenvolver a doença.⁶

Carcinoma fibrolamelar: tipo bastante raro de carcinoma hepatocelular, costuma acometer adultos jovens (não apresenta, necessariamente, como fator de risco, cirrose ou infecção provocada pelo vírus das hepatites B e C). Colangiocarcinoma: de crescimento lento, aparece entre as células que revestem os ductos biliares, dentro ou fora do fígado.

Hepatoblastoma: acomete bebês e crianças pequenas. Nas crianças mais velhas, provoca puberdade precoce. Pode ser identificado por uma massa na parte superior direita do abdômen.

Vale lembrar que o câncer secundário ou metastático (vindo de outra parte do organismo) não é classificado como “de fígado”. Eles são nomeados e tratados a partir da região onde surgiram. No fígado, são comuns metástases de câncer de pulmão, mama, intestino grosso e pâncreas.

Para tratar o câncer de fígado, os especialistas consideram a combinação de alguns fatores: o tipo e a extensão do tumor, a presença de metástases, o estágio da doença e as condições clínicas do paciente, principalmente o funcionamento do fígado.

Quando diagnosticado precocemente, a cirurgia (hepatectomia) é o tratamento mais indicado. Com ela, é possível retirar o tumor. Entretanto, há casos nos quais o nódulo, mesmo sem ter se espalhado pelo órgão, não pode ser removido totalmente. Quando isso acontece, a terapia é complementada por quimioembolização, em que, por meio de cateterismo, microesferas são carreadas com medicamentos quimioterápicos, ou radioembolização, em que microesferas radioativas são injetadas nos vasos que irrigam o tumor, impedindo seu crescimento. Outra alternativa é a ablação por radiofrequência, que usa o calor para destruir as células cancerígenas. O transplante de fígado também é uma opção para quando o tumor ainda não cresceu e se espalhou.

A quimioterapia tradicional é o recurso usado para driblar o crescimento das células do colangiocarcinoma, mas é pouco efetiva no combate do carcinoma hepatocelular. Nesses casos, os especialistas recomendam a terapia-alvo, com a ingestão oral de medicamentos denominados inibidores de tirosina quinase, que bloqueiam o crescimento de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.⁷

Como o câncer de fígado é uma doença que começa bastante silenciosa, não é fácil fazer um diagnóstico precoce e com indicação de tratamentos que podem curá-lo. Por isso, a prevenção é tão importante para evitar esse diagnóstico, principalmente para pessoas do grupo de risco. Quando a neoplasia já está instalada, a sobrevida de pacientes com a enfermidade varia entre 12 e 18 meses.

Quando diagnosticado precocemente, a cirurgia (hepatectomia) é o tratamento mais indicado. Com ela, é possível retirar o tumor. Entretanto, há casos nos quais o nódulo, mesmo sem ter se espalhado pelo órgão, não pode ser removido totalmente. Quando isso acontece, a terapia é complementada por quimioembolização, em que, por meio de cateterismo, microesferas são carreadas com medicamentos quimioterápicos, ou radioembolização, em que microesferas radioativas são injetadas nos vasos que irrigam o tumor, impedindo seu crescimento. Outra alternativa é a ablação por radiofrequência, que usa o calor para destruir as células cancerígenas. O transplante de fígado também é uma opção para quando o tumor ainda não cresceu e se espalhou.

A quimioterapia tradicional é o recurso usado para driblar o crescimento das células do colangiocarcinoma, mas é pouco efetiva no combate do carcinoma hepatocelular. Nesses casos, os especialistas recomendam a terapia-alvo, com a ingestão oral de medicamentos denominados inibidores de tirosina quinase, que bloqueiam o crescimento de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.⁷

Como o câncer de fígado é uma doença que começa bastante silenciosa, não é fácil fazer um diagnóstico precoce e com indicação de tratamentos que podem curá-lo. Por isso, a prevenção é tão importante para evitar esse diagnóstico, principalmente para pessoas do grupo de risco. Quando a neoplasia já está instalada, a sobrevida de pacientes com a enfermidade varia entre 12 e 18 meses.

FONTES

¹ Instituto Nacional de Câncer - INCA. O que é câncer? https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/o-que-e-cancer. Acesso em 1 mar. 2023

² Rumgay H, Arnold M, Ferlay J, Lesi O, Cabasag CJ, Vignat J, et al. (2022). Global burden of primary liver cancer in 2020 and predictions to 2040. Journal of Hepatology, Published online 6 October 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jhep.2022.08.021. Acesso em: 1 mar. 2023.

³ INCA. Estimativa. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa. Acesso em: 1 mar. 2023.

⁴ Rumgay H, Shield K, Charvat H, Ferrari P, Sornpaisarn B, Obot I, et al. (2021). Global burden of cancer in 2020 attributable to alcohol consumption: a population-based study. Lancet Oncol, 22(8):1071–80. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S1470-2045(21)00279-5. Acesso em: 1 mar. 2023.

⁵ Number of new cases and deaths from liver cancer predicted to rise by more than 55% by 2040. International Agency for Research on Cancer. Published online 6 October 2022. Disponível em: https://www.iarc.who.int/wp-content/uploads/2022/10/pr320_E.pdf. Acesso em: 1 mar. 2023.

⁶ MSD Manuals. Cânceres primários do fígado: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/tumores-do-f%C3%ADgado/c%C3%A2nceres-prim%C3%A1rios-do-f%C3%ADgado#:~:text=Angiossarcoma,como%20a%20exposi%C3%A7%C3%A3o%20ao%20ars%C3%AAnico. Acesso em 1mar 202

⁷ Oncoguia. Terapia-alvo para câncer de fígado: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/terapiaalvo-para-cancer-de-figado/2041/209/ Acesso em 1 mar 2023

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Afinal, o que é alimentação metabólica?

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Afinal, o que é alimentação metabólica?

Todos os alimentos influenciam no metabolismo, mas as refeições equilibradas e ricas em macronutrientes são capazes de estimular esse processo

Quando se discute obesidade e emagrecimento, logo surgem dietas que prometem resultados otimizados em pouco tempo. Nesse campo, um dos conceitos que tem feito sucesso é o de alimentação metabólica. “Esse termo vem sendo utilizado em diferentes contextos e com várias interpretações. Refere-se a um tipo de dieta ou plano alimentar que supostamente visa otimizar o metabolismo para aumentar o gasto de energia e promover a perda de peso”, comenta Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

O conceito está baseado nos princípios da alimentação equilibrada. “Todos os alimentos, todos os macro e micronutrientes, contribuem para o bom funcionamento do nosso metabolismo. Quando ingerimos carboidratos, proteínas ou gorduras, estamos interferindo metabolicamente no organismo”, explica o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Ele exemplifica: “Uma dieta com predominância de alimentos termogênicos age na melhora da taxa metabólica basal; uma dieta hiperproteica promove maior queima de calorias e aumenta o metabolismo”.

A influência dos alimentos no metabolismo

Fazer refeições frequentes e controlar a ingestão de macronutrientes com o objetivo de aumentar o consumo de proteínas e reduzir o de carboidratos e gorduras são premissas da alimentação metabólica, que deve ser combinada com a prática regular e constante de exercícios físicos. A proposta é preferir alimentos que estimulem o metabolismo e, consequentemente a queima de calorias, a fim de perder peso. Assim, nas refeições, não podem faltar:

  • o Alimentos termogênicos: eles requerem mais energia para serem digeridos e processados pelo corpo, processos que aumentam o gasto calórico. Nesse grupo, estão a pimenta, o chá verde, o café e alimentos ricos em proteínas, como carne magra, ovos e laticínios.
  • o Nutrientes equilibrados: a alimentação metabólica enfatiza a importância de se incluir uma proporção adequada de proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis em cada refeição. Isso ajuda a manter o equilíbrio de energia e a estabilidade dos níveis de açúcar no sangue, evitando o acúmulo de gordura.

Entretanto, é importante lembrar que nem todo mundo responde da mesma maneira ao consumo dos mesmos alimentos, principalmente entre os obesos, nos quais fatores como genética, estresse, sedentarismo e questões sociais influenciam no ganho de quilos. Segundo Ribas Filho, alguns alimentos têm uma capacidade maior de acelerar o metabolismo, mas o tratamento da obesidade envolve um cuidado individualizado e amplo, no qual a dieta balanceada, os exercícios físicos e os momentos de descanso e lazer também são fundamentais para o bem-estar e o emagrecimento.

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Obesidade na infância: um problema de saude pública

Outras Condições

Obesidade na infância: um problema de saude pública

Lancheiras recheadas de alimentos ultraprocessados e refeições feitas na frente de telas e às pressas são alguns dos fatores que têm provocado a obesidade infantil. Rever essas práticas é fundamental para combater a doença considerada uma epidemia mundial

A obesidade não acomete apenas os adultos. Assim como eles têm sofrido consequências na saúde física e mental por causa da doença, muitas vezes, prejudicando seu desempenho social e levando a transtornos como ansiedade e depressão, as crianças vivem a mesma situação preocupante. Não à toa, a obesidade infantil é um problema de saúde pública.

O Atlas Mundial da Obesidade estima que, em 2030, o Brasil ocupará a 5ª. posição no ranking de países com maior número de crianças e adolescentes obesos, e, se não forem cuidados, eles terão apenas 2% de chance de reverter a situação1.

“O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-20192), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica ainda que um quinto das crianças (18,6%) com até 5 anos estão em uma zona de risco de sobrepeso”, complementa o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Estatísticas alarmantes

Os dados não mostram apenas um retrato da população infantil no país; mais do que isso, eles revelam que as crianças estão se alimentando mal. É preciso entender por que isso está acontecendo, a relação delas com as refeições e empregar estratégias para reverter esse quadro.

“Assim como ocorre com os adultos, a obesidade nas crianças e nos adolescentes envolve aspectos biológicos, familiares, sociais, econômicos e emocionais”, comenta Appolinário, lembrando que eles correm os mesmos riscos de desenvolverem doenças cardíacas e metabólicas que os adultos. “A obesidade infantil ainda tem efeito na saúde mental e pode desencadear ansiedade, depressão e compulsão, por exemplo, provocando vergonha, culpa e baixa autoestima”, detalha o especialista.

É no período da infância e da adolescência que construímos a nossa autoimagem e as ideias que temos sobre nós mesmos, os outros e o mundo ao redor3. Segundo o psiquiatra do Gota, quando esses aspectos estão em jogo, qualquer influência negativa, como estigmatização e bullying, pode impactar em como as crianças e os adolescentes se veem e se sentem, prejudicar o rendimento escolar e favorecer a exclusão social, propiciando o sentimento de fracasso e inferioridade.

Veja mais:

O metabolismo na obesidade
Transtornos alimentares e obesidade

Abordagem abrangente

A obesidade infantil e sua relação com a saúde mental não é uma questão isolada, requer uma abordagem integrada que considere tanto o bem-estar físico quanto o emocional. Rever os hábitos e as opções alimentares é o primeiro passo para enfrentar a enfermidade, mas os familiares e responsáveis devem se conscientizar de que as crianças precisam de tratamento médico multidisciplinar.

“O apoio psicológico de um especialista ajuda a compreender os fatores desencadeantes de estresse, raiva, tristeza e angústia e ensina os pequenos a lidarem com esses sentimentos, sem “descontá-los” muitas vezes na comida. O suporte emocional da família é essencial para eles ganharem confiança, autonomia e segurança. A combinação de alimentação equilibrada, com pratos recheados de opções saudáveis (longe dos ultraprocessados), com apoio especializado e afeto é o caminho para não deixar que os números mostrem uma população infantil cada vez mais doente”, finaliza o médico.

Veja mais:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição
Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 Ministério da Saúde. Atlas da Obesidade Infantil no Brasil, 2019. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/dados_atlas_obesidade.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

2 Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-content/uploads/2021/12/Relatorio-5_ENANI- 2019_Alimentacao-InfantiL.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

3 PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. 17 .ed. Rio de Janeiro: Forense, 1989.

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Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Outras Condições

Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

As conhecidas e procuradas substâncias para tratar obesidade nem sempre são recomendadas para as crianças. Apenas algumas drogas são liberadas para uso pediátrico e devem ter supervisão médica estrita

Se o aumento da população adulta obesa vem chamando a atenção de especialistas do mundo todo, quando as estatísticas indicam a quantidade de crianças e adolescentes acima do peso, a situação torna-se ainda mais alarmante.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) e a Organização Mundial da Saúde consideram a obesidade infantil uma doença crônica e um dos mais complexos problemas de saúde pública mundial, pois excesso peso, mesmo em crianças, leva ao surgimento de comorbidades crônicas degenerativas, como diabetes, hipertensão arterial e problemas cardiovasculares1.

É comum, quando falamos em doença, não importa qual, associarmos seu tratamento ao uso de remédios. E algumas drogas têm alta eficácia no combate da obesidade, mas, no caso da obesidade infantil, elas são indicadas?

“O tratamento da obesidade nas crianças abrange uma mudança intensiva do estilo de vida, incluindo nutrição e atividade física, e deve ter acompanhamento frequente, presencial, familiar e multidisciplinar. É importante que as intervenções comecem cedo, porque a obesidade infantil não tende a se resolver espontaneamente, pelo contrário. Uma criança acima do peso tem alto risco de se tornar um adulto obeso e desenvolver complicações precocemente”, comenta Simone Van de Sande Lee, endocrinologista e diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Veja também:

Reganho de peso, é possível evitar
O impacto da obesidade na saúde mental
Transtornos alimentares e obesidade

Medicamentos para obesidade são indicados para crianças?

Alguns dos medicamentos, como a liraglutida e a semaglutida, aprovados para o tratamento da obesidade, só são recomendados a partir dos 12 anos de idade. “São as mesmas substâncias utilizadas pelos adultos e elas estão indicadas para o paciente pediátrico, quando o peso corporal fica acima de 60 kg. Elas devem ser prescritas como adjuvantes às modificações de estilo de vida, quando essas medidas isoladamente não são suficientes”, explica a médica, lembrando que o orlistate, outra substância bastante conhecida para combater a enfermidade, foi estudado para ser usado por adolescentes a partir dos 12 anos e é aprovado nos Estados Unidos para essa faixa etária, mas, no Brasil, é liberado apenas para os adultos.

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, a escolha pela terapia medicamentosa deve considerar, além do Índice de Massa Corporal (IMC) e o gráfico de crescimento, a gravidade do problema e a presença de complicações associadas2. Os resultados também precisam ser planejados: o especialista deve prever metas de perda de peso e os benefícios para saúde que deseja alcançar.

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Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

A prevenção ainda é o melhor tratamento

Sabe-se que a obesidade tem múltiplas causas: a genética, o ambiente e determinados fatores emocionais influenciam o peso das crianças e dos adolescentes. Se os quilos extras da população infantil têm feito estudiosos se debruçarem sobre esse problema a fim de impedir que as estatísticas de obesos continuem aumentando, os pediatras são unânimes em lembrar da importância da prevenção.

No programa Pediatria para famílias, da Sociedade Brasileira de Pediatria, a médica Mara Alves, do departamento científico de Nutrologia da SBP, afirma que a alimentação saudável deve ser implementada desde a primeira infância.

“É importante entender o conceito de alimentação saudável. Ela é baseada em alimentos in natura ou minimamente processados. Os alimentos ultraprocessados devem ser de uso muito esporádico. Vale a máxima “desempacotar menos, descascar mais””, orienta a estudiosa3. Além disso, o sedentarismo também está na mira. As telas (TV, smartphones e videogames) devem ocupar, no máximo, duas horas do dia da criança, e as brincadeiras (melhor ainda se forem perto da natureza) estão liberadas. A conta é fácil: quanto mais brincar e melhor se alimentar, mais a criança será saudável, livre da obesidade.

Quer saber mais sobre obesidade na infância e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Crianças obesas, um problema de saúde pública

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Câncer pâncreas é agressivo? Entenda como ele afeta o paciente

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Câncer pâncreas é agressivo? Entenda como ele afeta o paciente

Esse tipo de tumor é mais comum no Ocidente e em países industrializados e é tido como o mais agressivo dentre os de origem gastrintestinal

O câncer de pâncreas não está na lista dos dez tumores mais prevalentes entre os brasileiros. Dentre os 483 mil novos casos de cânceres estimados no País durante o triênio 2023-2025, “apenas” 10.980 vão acometer esse órgão, o que significa 2,27% do total. No mundo, os números são parecidos: 2,6% do total de cânceres diagnosticados são de pâncreas, fazendo com que ele ocupe o 14º lugar na lista de incidência, enquanto o câncer de estômago ou câncer de fígado, por exemplo, estão no quinto e sétimo lugar, respectivamente1.

Se o número de casos não chega a ser expressivo, o que realmente chama a atenção nesse tipo de tumor é sua alta mortalidade: no Brasil, em 2020, 11.893 pessoas morreram devido à doença2. E isso, em grande parte, por causa da agressividade com que o tumor se desenvolve.

Agressividade do câncer de pâncreas

“O comportamento biológico do adenocarcinoma de pâncreas é muito agressivo e ele certamente figura entre os tipos de tumor mais severos entre aqueles de origem gastrintestinal”, constata Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Mas sua agressividade não é a única razão para a alta mortalidade, como explica o oncologista: “Historicamente, mesmo aqueles doentes que são diagnosticados com doença precoce e, portanto, ainda passíveis de tratamento cirúrgico com intuito curativo, têm alta chance de apresentar recorrência da doença. E, ao olhar para as taxas de cura de pacientes que foram levados à cirurgia, vemos que no máximo 30% deles estão vivos a pós cinco anos.”

Casos estão crescendo

Nos Estados Unidos, o câncer de pâncreas deve provocar 46 mil mortes em 2040 e ultrapassará o câncer colorretal em taxa de mortaliade. 3

Já no Brasil, a última estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta para 10.980 novos casos para cada ano do triênio de 2023 a 20254. As maiores taxas de incidência na população masculina foram observadas nas Europas Ocidental, Central e Oriental e na América do Norte; enquanto, entre as mulheres, as maiores taxas foram observadas na Europa Ocidental, na América do Norte e no Norte da Europa5.

Outro ponto que tem chamado a atenção dos médicos é sobre os casos em pacientes mais jovens, já que a idade avançada está associada ao aumento do risco de câncer de pâncreas 6

Para o oncologista Vinícius Lorandi existem alguns fatores de risco relacionados que foram mais recentemente identificados: “Um estudo publicado na revista Lance tem 20197, por exemplo, avaliou o impacto da doença em nível mundial e apontou que o tabagismo, a glicose e de jejum alterada (pré-diabetes) e a obesidade figuram entre os principais fatores de risco para esse tipo de tumor”, conta.

O mesmo estudo ainda mostra que a incidência da doença entre 1990 e 2017 mais do que dobrou no mundo: de 190 mil casos em 1990 para 448 mil em 20178. Isso mostra uma tendência de a incidência desse tipo de tumor seguir aumentando de acordo com o envelhecimento da população mundial. “Há muitos outros estudos que relacionam o aumento na incidência de câncer de pâncreas com as dietas ricas em gordura saturada e carne vermelha, especialmente as maturadas ou defumadas. Na contramão dessa estatística, vários estudos mostram uma proteção relacionada ao alto consumo de frutas e vegetais frescos”, relata o médico.

Usar adoçante aumenta o risco desse tipo de tumor?

Ainda sobre as causas da doença, os atuais estudos epidemiológicos têm demonstrado que a resistência a insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina circulando no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose são efetivas causas desse tipo de tumor9. Já sobre o uso de aspartame, que recentemente foi classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um agente potencialmente cancerígeno, ainda não há uma conclusão efetiva, como enfatiza Lorandi. “Embora se deva sempre priorizar a ingestão de alimentos saudáveis e naturais, é preciso cuidado para não tirarmos conclusões precipitadas sobre seu uso.

O que se sabe até agora é que é preciso uma quantidade bastante alta de aspartame para o desenvolvimento de um tumor. Portanto, ainda são necessários mais estudos e tempo para novas conclusões sobre esse tema”, finaliza.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de pânceras e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa para cuidar da sua saúde.

Se você já tem o diagnóstico, leia: Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

Atenção

1 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

2 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

3 JAMA Network: https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2778204

4 Inca: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf

5 FERLAY et al., 2020; SUNG et al., 2021

6 SUNG et al., 2021; WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020

7 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. The Lancet, 2019.

8 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017.

9 Diabetes and pancreatic cancer: What is the link? DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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