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Câncer de pâncreas

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Se você ou alguém que você conhece foi diagnosticado com câncer de pâncreas ou está procurando informações sobre prevenção, aqui está uma visão geral dos fatores de risco e diagnósticos disponíveis.

O que é o câncer de pâncreas?

Localizado na parte superior do abdômen, atrás do estômago e do intestino, o pâncreas é responsável pela produção de insulina, que controla a quantidade de glicose no sangue, e de enzimas digestivas que ajudam a quebrar os alimentos em partículas menores. Por causa dessas funções, o pâncreas é considerado um órgão vital e, quando as células cancerígenas surgem na região, podem ser letais.

Logo que acomete o pâncreas, o câncer não dá sinais de que está instalado ali. Os sintomas, que podem ser confundidos com os de outras enfermidades, só costumam aparecer quando a doença está num estágio avançado e, muitas vezes, já alcançou outros órgãos. Por isso, o câncer de pâncreas é uma neoplasia de diagnóstico precoce difícil e bastante desafiador.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca)1, o câncer de pâncreas representa 1% dos diagnósticos de neoplasias no Brasil e é responsável por 5% das mortes causadas pela doença. Além disso, estima-se que, de 2023 a 2025, podem surgir cerca de 10.980 casos por ano2. Em todo o mundo, até 2050, de cada 100 mil pessoas, 18,6 terão câncer de pâncreas.3

Diagnosticar o câncer de pâncreas assim que ele surge é um dos desafios: seus sinais podem ser confundidos com os de outras doenças, como as hepáticas, e são tardios.

Intra-hepático: comete os ductos biliares dentro do fígado e muitas vezes é classificado como um tipo de câncer de fígado;

Perihilar: ocorre nos ductos fora do fígado. O tipo mais recorrente é o tumor de Klatskin, que acomete a região onde os ductos direito e esquerdo se encontram, originando o ducto hepático comum.

Distal: acomete a porção do ducto biliar que fica mais próxima do intestino delgado e também é chamado de colangiocarcinoma extra-hepático.

Quais são os fatores de risco do câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas é mais comum em pessoas com mais de 55 anos e, segundo levantamentos feitos pelo A. C. Camargo Cancer Center4, alguns fatores de risco chamam a atenção:

  • Os fumantes têm de 2 a 6 vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas, e o número de cigarros consumidos por dia tem relação direta com essa estimativa.
  • Pessoas com diabetes tipo 2 têm risco aumentado para a neoplasia.
  • Os obesos têm 20% mais chance de desenvolver esse tipo de câncer.
  • Histórico de câncer de pâncreas na família ou de pancreatite crônica colaboram para o surgimento do quadro.
  • Mutações genéticas hereditárias, que causam síndrome familial de mama e ovário ou síndrome de Lynch, são responsáveis por 10% dos casos de câncer de pâncreas.

Quais são os sintomas do câncer de pâncreas?

Cansaço, perda progressiva de peso sem explicação, dor na região abdominal ou na lombar, náusea, vômitos, indigestão, perda de apetite e aparecimento repentino de diabetes podem ser sinais de que o bom funcionamento do pâncreas está comprometido. A icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), apesar de normalmente estar associada às disfunções hepáticas, também é um sinal de alerta que merece atenção. Isso porque ela indica que há acúmulo de bilirrubina (substância amarelada encontrada na bile) no corpo, que pode ser causado por algum bloqueio dos canais biliares provocado pelo câncer de pâncreas.

Como o câncer de pâncreas só apresenta sintomas quando os tumores já cresceram, o diagnóstico precoce torna-se mais difícil e, geralmente, surgem metástases espalhadas para os outros órgãos.

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Quando há sobrepeso, as reações químicas que promovem a queima de energia no nosso corpo acontecem de modo mais lento e driblar o acúmulo de gordura se torna um desafio

A obesidade é uma doença que vem preocupando estudiosos e médicos do mundo todo e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)1, já pode ser considerada uma epidemia. O padrão alimentar da população é o grande vilão desse quadro e, quando se discute alimentação e perda de peso, o metabolismo também entra em questão. Afinal, é esse processo químico, que ocorre no nosso corpo, o responsável por transformar os nutrientes dos alimentos que ingerimos em fonte de energia2.

A química do metabolismo

“O metabolismo é composto por dois processos químicos, o anabolismo e o catabolismo. O anabolismo está relacionado ao crescimento, ao desenvolvimento, à manutenção do nosso organismo e à contribuição para o estoque de energia. Já no catabolismo ocorre a quebra das moléculas complexas presentes nos alimentos, que são transformadas em partículas mais simples, liberando energia”, explica Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Mais: o desempenho do metabolismo está diretamente ligado à necessidade de energia. Por exemplo, uma pessoa com o metabolismo lento precisa de menos calorias para fazer as tarefas do dia a dia e, assim, terá que comer menos para evitar o excesso de peso.

Química x quilos

O metabolismo afeta o ganho ou a perda de peso? A médica nutróloga Marcella Garcez, docente do Curso Nacional de Nutrologia da Abran, explica que, em adultos com o Índice de Massa Corpórea normal (IMC entre 18,5 e 24,93), o metabolismo basal (quantidade de calorias que o corpo queima em repouso para manter as funções vitais, como a respiração, a circulação sanguínea, a temperatura corporal e o funcionamento de órgãos), tende a funcionar de maneira eficiente. “Esses indivíduos também são mais ativos e costumam manter um equilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto de energia”, complementa a especialista.

Nos obesos, nem sempre há esse equilíbrio. A maior quantidade de massa corporal aumenta o metabolismo basal, o que, consequentemente, provoca uma maior queima de calorias, mas não é o suficiente para que haja perda de peso. Eles também são menos ativos por causa da dificuldade de mobilidade e do desconforto causado pelos quilos extras, fatores que reduzem o gasto calórico relacionado à atividade física. “Ainda pode ocorrer resistência à insulina. Ou seja, as células têm dificuldade para responder à ação desse hormônio, que regula o metabolismo da glicose, fazendo com que o corpo armazene mais gordura e tenha dificuldade para usar a glicose como fonte de energia”, aponta Marcella Garcez. É importante entender que o ganho de peso tem influência de vários fatores, como a genética, a epigenética, os hábitos alimentares e o sedentarismo e, independentemente do metabolismo, armazenamos o excesso de energia como gordura. E aqui está a equação para combater a obesidade e manter o metabolismo ativo: “Alimentação balanceada, prática de atividade física diária, ingestão de água suficiente e sono restaurador (que vai amenizar, inclusive, o estresse) faz com que o metabolismo seja saudável e trabalhe melhor”, ensina Durval Ribas Filho.

1 WHO Consultation on Obesity (‎1999: Geneva, Switzerland)‎ & World Health Organization. (‎2000)‎. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. World Health Organization. https://iris.who.int/handle/10665/42330. Acesso em: 20 set. 2023.

2 BRINQUES, Graziela Brusch (org.). Bioquímica humana aplicada à nutrição São Paulo: Pearson, 2014. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 27 set. 2023.

3 WHO Consultation on Obesity (‎1999: Geneva, Switzerland)‎ & World Health Organization. (‎2000)‎. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. World Health Organization. https://iris.who.int/handle/10665/42330. Acesso em: 20 set. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde CRM = 1718804 – AA – Saber da SaúdeATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

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Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Outras Condições

Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Falta de aderência ao tratamento e questões de saúde mental estão entre as causas que comprometem a manutenção do peso adequado. Além de recuperar os quilos perdidos, em muitos casos, o paciente engorda ainda mais

Quem já driblou o excesso de peso sabe o quanto é difícil manter os ponteiros da balança em dia. Isso ocorre porque a obesidade é uma doença crônica, que exige um tratamento continuado.

“Há diversas maneiras de se tratar a obesidade e, para escolher a melhor para cada paciente, é preciso considerar o grau de desenvolvimento da doença e seu histórico. Seja orientação nutricional, utilização de medicamentos, abordagens psicológicas ou cirurgia bariátrica, o fator determinante do sucesso do tratamento é a mudança significativa de hábitos, o que exige participação ativa do paciente”, comenta o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Como a obesidade tem várias causas, o tratamento também deve atuar em diversas frentes e, por isso, exige uma atenção multiprofissional. “O papel do especialista responsável pelo paciente obeso ou mesmo o de uma equipe

profissional multidisciplinar é fundamental para detectar os fatores que possam interferir de forma negativa nos resultados pretendidos. Muitas vezes, os pacientes respondem bem ao tratamento da obesidade, mas depois de algum tempo, voltam a engordar”, explica o especialista, lembrando que vários fatores podem levar ao reganho de peso.

A falta de adesão ao tratamento é um deles. Muitas vezes, o paciente faz o acompanhamento especializado durante um período inicial, perde peso e logo interrompe o tratamento. “Quando isso acontece, por exemplo, é muito comum a pessoa não só recuperar os quilos que tinha perdido, mas engordar mais”, fala o médico. “Fatores emocionais e comportamentais, como a presença de episódios de compulsão alimentar ou sintomas depressivos e ansiosos também podem estar relacionados ao reganho de peso.”

Segundo o endoscopista bariátrico Eduardo Grecco, do Instituto EndoVitta, em São Paulo, o reganho de peso pode acontecer também depois de o paciente finalizar o tratamento da obesidade.

“Isso acontece porque fazer a manutenção do peso é um grande desafio. Esse paciente sempre foi obeso e, para ele voltar ao antigo patamar de sobrepeso, é muito fácil. Aos poucos, ele deixa o cuidado com a alimentação e até mesmo a prática de exercícios de lado. Para manter o peso adequado, é fundamental criar rotinas: comer nos horários certos, preferir alimentos saudáveis, não deixar de praticar atividades físicas”, comenta. O médico destaca que é importante o paciente perceber que, com essas atitudes, estará levando uma vida mais saudável e com resultados duradouros.

Veja também:

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Alimentação saudável e metabolismo ativo, uma dupla imbatível para driblar a obesidade

Hábitos saudáveis a longo prazo

A melhor forma de evitar reganhos de peso é buscar resultados a longo prazo. Isso significa manter o tratamento da obesidade e dos fatores associados mesmo após uma perda de peso, que, a princípio, contempla o objetivo que se queria atingir. Para isso, vale a pena colocar algumas estratégias em prática, como detalha o médico José Carlos Appolinário:

Reeducação alimentar

As dietas restritivas são inimigas do peso saudável. Aqui, o que importa é a reeducação alimentar. Aprenda a escolher alimentos saudáveis e a fazer refeições equilibradas a longo prazo, incorporando opções nutritivas. Dessa forma, uma quebra ocasional das regras não irá causar grande impacto no tratamento.

Veja também: Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade

Acompanhamento psicológico

Durante qualquer processo de perda de peso, é essencial o acompanhamento psicológico. Esse apoio ajuda a lidar com questões emocionais que estejam disparando um quadro de ansiedade ou um ataque à geladeira. O objetivo é desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis e promover a motivação contínua.

Exercício regular

Não é novidade que a atividade física desempenha um papel fundamental na manutenção do peso. Quanto mais nos movimentamos, mais gastamos calorias e evitamos o acúmulo de gordura corporal. A proposta é praticar um exercício que seja prazeroso, que possa ser incorporado no dia a dia de modo sustentável.

Suporte social

O apoio de amigos, familiares ou grupos de apoio especializados pode ser um grande diferencial na luta contra os quilos a mais. Compartilhar desafios e sucessos com outras pessoas que passam pela mesma jornada é estimulante e encorajador.

Mudança de mentalidade

Perder peso está no foco, mas concentrar-se em melhorar a saúde e o bem-estar de um modo geral é uma maneira de reduzir a pressão quanto aos resultados. Uma abordagem mais duradoura, com a perda gradativa de quilos, pode ser mais bem-sucedida do que um emagrecimento imediato.

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Câncer de pâncreas: uma doença silenciosa

Outras Condições

Câncer de pâncreas: uma doença silenciosa

Esse tipo de tumor é de difícil detecção e costuma apresentar sintomas comuns a outros quadros menos graves. Veja como o diagnóstico acontece

O pâncreas é um órgão que fica na parte superior do abdome, "escondido" atrás do estômago e ao lado do fígado e da vesícula biliar. Está também muito próximo a estruturas nobres do organismo como artérias e veias que irrigam todo o intestino1. E essa dificuldade de acesso é um dos motivos que tornam a detecção precoce de câncer no órgão um enorme desafio médico.

A ausência de sintomas é outro ponto que dificulta o diagnóstico. O adenocarcinoma do corpo ou da cauda do pâncreas é geralmente assintomático até que o tumor cresça e se dissemine para fora do órgão. Em 90% dos casos os diagnósticos acontecem nessa fase, mais tardia. Porém, quando os sintomas aparecem, costumam ser comuns a outras condições de saúde menos graves, como dor abdominal, que costuma aparecer na parte superior do abdome ou no meio das costas e é aliviada quando a pessoa se inclina de frente ou fica em posição fetal2.

A perda de peso também é comum, e ainda podem aparecer sinais como icterícia e vômito, especialmente nos casos em que o tumor se aloja na cabeça do pâncreas, uma vez que essa localização pode interferir na drenagem da bile para o intestino delgado3.

“Quando existem sintomas como os descritos e/ou o paciente já tem um exame de imagem compatível com tumor no pâncreas, como uma tomografia computadorizada ou uma ultrassonografia endoscópica, o ideal é que ele procure um oncologista clínico e um cirurgião especialista em tumores abdominais. Nesse cenário, uma equipe multidisciplinar pode ser convocada para a discussão do caso e para analisar a possibilidade de uma cirurgia”, recomenda Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

O médico deixa claro que, em casos de câncer de pâncreas não é necessário biópsia prévia. “O paciente diagnosticado pode ser levado direto à cirurgia. Ou, caso haja evidência durante a investigação de que a doença já se instalou fora do órgão ou ocorreram metástases, o tratamento será paliativo, com base em quimioterapia. Daí sim, a realização de uma biópsia confirmatória se faz necessária.”

Estar atento aos sinais que o corpo dá, ainda que pequenos, é importante sempre e mais ainda no caso de tumores. Isso porque todo tumor que é diagnosticado mais tardiamente apresenta menores taxas de sucesso com o tratamento cirúrgico. “Para traduzir isso em números, na minha experiência, apenas 20% dos pacientes que fazem diagnóstico de adenocarcinoma de pâncreas são candidatos a uma cirurgia de intenção curativa”, resume o oncologista.

1Pâncreas Manual MSD. Acesso em setembro de 2023.

2Câncer de pâncreas, Manual MSD. Acesso em setembro de 2023.

3Câncer de pâncreas, Manual MSD. Acesso em setembro de 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Obesidade na infância: um problema de saude pública

Outras Condições

Obesidade na infância: um problema de saude pública

Lancheiras recheadas de alimentos ultraprocessados e refeições feitas na frente de telas e às pressas são alguns dos fatores que têm provocado a obesidade infantil. Rever essas práticas é fundamental para combater a doença considerada uma epidemia mundial

A obesidade não acomete apenas os adultos. Assim como eles têm sofrido consequências na saúde física e mental por causa da doença, muitas vezes, prejudicando seu desempenho social e levando a transtornos como ansiedade e depressão, as crianças vivem a mesma situação preocupante. Não à toa, a obesidade infantil é um problema de saúde pública.

O Atlas Mundial da Obesidade estima que, em 2030, o Brasil ocupará a 5ª. posição no ranking de países com maior número de crianças e adolescentes obesos, e, se não forem cuidados, eles terão apenas 2% de chance de reverter a situação1.

“O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-20192), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica ainda que um quinto das crianças (18,6%) com até 5 anos estão em uma zona de risco de sobrepeso”, complementa o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Estatísticas alarmantes

Os dados não mostram apenas um retrato da população infantil no país; mais do que isso, eles revelam que as crianças estão se alimentando mal. É preciso entender por que isso está acontecendo, a relação delas com as refeições e empregar estratégias para reverter esse quadro.

“Assim como ocorre com os adultos, a obesidade nas crianças e nos adolescentes envolve aspectos biológicos, familiares, sociais, econômicos e emocionais”, comenta Appolinário, lembrando que eles correm os mesmos riscos de desenvolverem doenças cardíacas e metabólicas que os adultos. “A obesidade infantil ainda tem efeito na saúde mental e pode desencadear ansiedade, depressão e compulsão, por exemplo, provocando vergonha, culpa e baixa autoestima”, detalha o especialista.

É no período da infância e da adolescência que construímos a nossa autoimagem e as ideias que temos sobre nós mesmos, os outros e o mundo ao redor3. Segundo o psiquiatra do Gota, quando esses aspectos estão em jogo, qualquer influência negativa, como estigmatização e bullying, pode impactar em como as crianças e os adolescentes se veem e se sentem, prejudicar o rendimento escolar e favorecer a exclusão social, propiciando o sentimento de fracasso e inferioridade.

Veja mais:

O metabolismo na obesidade
Transtornos alimentares e obesidade

Abordagem abrangente

A obesidade infantil e sua relação com a saúde mental não é uma questão isolada, requer uma abordagem integrada que considere tanto o bem-estar físico quanto o emocional. Rever os hábitos e as opções alimentares é o primeiro passo para enfrentar a enfermidade, mas os familiares e responsáveis devem se conscientizar de que as crianças precisam de tratamento médico multidisciplinar.

“O apoio psicológico de um especialista ajuda a compreender os fatores desencadeantes de estresse, raiva, tristeza e angústia e ensina os pequenos a lidarem com esses sentimentos, sem “descontá-los” muitas vezes na comida. O suporte emocional da família é essencial para eles ganharem confiança, autonomia e segurança. A combinação de alimentação equilibrada, com pratos recheados de opções saudáveis (longe dos ultraprocessados), com apoio especializado e afeto é o caminho para não deixar que os números mostrem uma população infantil cada vez mais doente”, finaliza o médico.

Veja mais:

Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
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Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

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Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 Ministério da Saúde. Atlas da Obesidade Infantil no Brasil, 2019. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/dados_atlas_obesidade.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

2 Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-content/uploads/2021/12/Relatorio-5_ENANI- 2019_Alimentacao-InfantiL.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

3 PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. 17 .ed. Rio de Janeiro: Forense, 1989.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ENDO - 1726004 – AA – Saber da Saúde

Como é feito o diagnóstico?

Por causa da localização do câncer do pâncreas, não é possível, num exame físico de rotina, palpar o órgão para conferir se há alguma alteração, como um edema ou alguma região com tamanho irregular. Quando há suspeita da enfermidade, os especialistas pedem exames de imagens, para conferir como está o interior do órgão, e de sangue, para checar a função pancreática e se existem indicadores tumorais.

A tomografia computadorizada produz imagens detalhadas do pâncreas e mostra o tamanho e a localização dos nódulos cancerígenos, além de indicar se essas células já alcançaram outros órgãos. A ressonância magnética também é bastante indicada, pois usa campo magnético e ondas de rádio para avaliar o estágio da doença. Além disso, é comum a realização de exames de sangue para verificar a presença do antígeno CA 19-9, um marcador tumoral que, apesar de não ser específico para o câncer de pâncreas, aparece em 80% dos casos.5

Para examinar os dutos pancreáticos existe a pancreatoscopia, que pode ser conduzida com o auxílio de coloangioscópios, como os do sistema SpyGlassTM. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), o procedimento permite visualizar diretamente os canais hepáticos e, com isso, orienta também as aplicações terapêuticas, incluindo exploração, biópsia e estudo para margem cirúrgica de doenças do sistema pancreático-biliar.

Quando os exames indicam a presença de tumores, a biópsia por ultrassonografia endoscópica é indicada para identificar o tipo de célula cancerígena e o estadiamento da doença.6

Quais são os tipos de tumores de pâncreas?

Cerca de 95% dos tumores malignos de pâncreas são adenocarcinomas. Esse tipo bastante comum tem origem nas células exócrinas, cuja função é produzir os sucos auxiliares da digestão e levá-los aos outros órgãos do aparelho digestório. Já as células endócrinas são as fabricantes da insulina e as neoplasias que aparecem por lá são mais raras, chamadas de tumores neuroendócrinos pancreáticos.

O câncer de pâncreas é mais comum em pessoas com mais de 55 anos e, segundo levantamentos feitos pelo A. C. Camargo Cancer Center4, alguns fatores de risco chamam a atenção:

  • Os fumantes têm de 2 a 6 vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas, e o número de cigarros consumidos por dia tem relação direta com essa estimativa.
  • Pessoas com diabetes tipo 2 têm risco aumentado para a neoplasia.
  • Os obesos têm 20% mais chance de desenvolver esse tipo de câncer.
  • Histórico de câncer de pâncreas na família ou de pancreatite crônica colaboram para o surgimento do quadro.
  • Mutações genéticas hereditárias, que causam síndrome familial de mama e ovário ou síndrome de Lynch, são responsáveis por 10% dos casos de câncer de pâncreas.

Cansaço, perda progressiva de peso sem explicação, dor na região abdominal ou na lombar, náusea, vômitos, indigestão, perda de apetite e aparecimento repentino de diabetes podem ser sinais de que o bom funcionamento do pâncreas está comprometido. A icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), apesar de normalmente estar associada às disfunções hepáticas, também é um sinal de alerta que merece atenção. Isso porque ela indica que há acúmulo de bilirrubina (substância amarelada encontrada na bile) no corpo, que pode ser causado por algum bloqueio dos canais biliares provocado pelo câncer de pâncreas.

Como o câncer de pâncreas só apresenta sintomas quando os tumores já cresceram, o diagnóstico precoce torna-se mais difícil e, geralmente, surgem metástases espalhadas para os outros órgãos.

Por causa da localização do câncer do pâncreas, não é possível, num exame físico de rotina, palpar o órgão para conferir se há alguma alteração, como um edema ou alguma região com tamanho irregular. Quando há suspeita da enfermidade, os especialistas pedem exames de imagens, para conferir como está o interior do órgão, e de sangue, para checar a função pancreática e se existem indicadores tumorais.

A tomografia computadorizada produz imagens detalhadas do pâncreas e mostra o tamanho e a localização dos nódulos cancerígenos, além de indicar se essas células já alcançaram outros órgãos. A ressonância magnética também é bastante indicada, pois usa campo magnético e ondas de rádio para avaliar o estágio da doença. Além disso, é comum a realização de exames de sangue para verificar a presença do antígeno CA 19-9, um marcador tumoral que, apesar de não ser específico para o câncer de pâncreas, aparece em 80% dos casos.5

Para examinar os dutos pancreáticos existe a pancreatoscopia, que pode ser conduzida com o auxílio de coloangioscópios, como os do sistema SpyGlassTM. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), o procedimento permite visualizar diretamente os canais hepáticos e, com isso, orienta também as aplicações terapêuticas, incluindo exploração, biópsia e estudo para margem cirúrgica de doenças do sistema pancreático-biliar.

Quando os exames indicam a presença de tumores, a biópsia por ultrassonografia endoscópica é indicada para identificar o tipo de célula cancerígena e o estadiamento da doença.6

Cerca de 95% dos tumores malignos de pâncreas são adenocarcinomas. Esse tipo bastante comum tem origem nas células exócrinas, cuja função é produzir os sucos auxiliares da digestão e levá-los aos outros órgãos do aparelho digestório. Já as células endócrinas são as fabricantes da insulina e as neoplasias que aparecem por lá são mais raras, chamadas de tumores neuroendócrinos pancreáticos.

Na maioria dos casos, os adenocarcinomas acometem a cabeça do pâncreas, parte mais próxima do duodeno, comprometendo o fluxo normal da bilirrubina pelo canal biliar e provocando a icterícia. Quando os adenocarcinomas surgem no corpo ou na cauda do pâncreas, normalmente, são assintomáticos e, quando diagnosticados, já provocaram metástases.

Além do tipo de câncer, também é fundamental conhecer seu estadiamento para definir o quão grave é a doença e a melhor maneira para tratá-la.7 Segundo a American Cancer Society (Sociedade do Câncer Americana), os especialistas devem ter certeza que o tumor atingiu os vasos sanguíneos da região, se há células cancerígenas nos linfonodos e se existem nódulos secundários no fígado, no peritônio (membrana que cobre a cavidade abdominal), nos pulmões e nos ossos. Quando o câncer de pâncreas ainda está no início, restrito ao órgão, é classificado como 0. O número mais baixo indica que o tumor não se propagou, enquanto o mais alto, 4, comprova que a enfermidade está avançada.

O estadiamento, o tamanho e a localização dos nódulos vão determinar o tratamento mais adequado para o câncer de pâncreas. Cirurgia, ciclos de quimioterapia e radioterapia são as terapias mais recomendadas, mas dependem, principalmente, se o tumor pode ser removido ou não.

A cirurgia é indicada para os nódulos localizados e, muitas vezes, retira-se parte do pâncreas, do duodeno e da vesícula biliar. Quando o câncer surge na cabeça do pâncreas, pode provocar a obstrução do ducto biliar, caso em que a colocação de próteses pancreáticas, por via endoscópica, é indicado, para drenar a bile.8

A quimioterapia e a radioterapia também são indicadas no pós-operatório, para destruir eventuais células cancerígenas remanescentes na região.

Quanto mais os pesquisadores aprendem sobre as mutações genéticas das células cancerígenas do pâncreas, mais conseguem desenvolver medicamentos para combatê-las. Além da radioterapia e da quimioterapia, ainda é possível cuidar dessa doença com imunoterapia e terapia dirigida (muitas vezes, usadas em conjunto com as primeiras), mas essas últimas são recomendadas apenas para tipos específicos de mudanças genéticas.

Na maioria dos casos, os adenocarcinomas acometem a cabeça do pâncreas, parte mais próxima do duodeno, comprometendo o fluxo normal da bilirrubina pelo canal biliar e provocando a icterícia. Quando os adenocarcinomas surgem no corpo ou na cauda do pâncreas, normalmente, são assintomáticos e, quando diagnosticados, já provocaram metástases.

Além do tipo de câncer, também é fundamental conhecer seu estadiamento para definir o quão grave é a doença e a melhor maneira para tratá-la.7 Segundo a American Cancer Society (Sociedade do Câncer Americana), os especialistas devem ter certeza que o tumor atingiu os vasos sanguíneos da região, se há células cancerígenas nos linfonodos e se existem nódulos secundários no fígado, no peritônio (membrana que cobre a cavidade abdominal), nos pulmões e nos ossos. Quando o câncer de pâncreas ainda está no início, restrito ao órgão, é classificado como 0. O número mais baixo indica que o tumor não se propagou, enquanto o mais alto, 4, comprova que a enfermidade está avançada.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O estadiamento, o tamanho e a localização dos nódulos vão determinar o tratamento mais adequado para o câncer de pâncreas. Cirurgia, ciclos de quimioterapia e radioterapia são as terapias mais recomendadas, mas dependem, principalmente, se o tumor pode ser removido ou não.

A cirurgia é indicada para os nódulos localizados e, muitas vezes, retira-se parte do pâncreas, do duodeno e da vesícula biliar. Quando o câncer surge na cabeça do pâncreas, pode provocar a obstrução do ducto biliar, caso em que a colocação de próteses pancreáticas, por via endoscópica, é indicado, para drenar a bile.8

A quimioterapia e a radioterapia também são indicadas no pós-operatório, para destruir eventuais células cancerígenas remanescentes na região.

Quanto mais os pesquisadores aprendem sobre as mutações genéticas das células cancerígenas do pâncreas, mais conseguem desenvolver medicamentos para combatê-las. Além da radioterapia e da quimioterapia, ainda é possível cuidar dessa doença com imunoterapia e terapia dirigida (muitas vezes, usadas em conjunto com as primeiras), mas essas últimas são recomendadas apenas para tipos específicos de mudanças genéticas.

FONTES

¹ INSTITUTO Nacional do Câncer (Inca). Introdução. Disponível em:https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pancreas/introducao. Acesso em: 8 mar. 2023.

² INSTITUTO Nacional do Câncer (Inca). Estimativa. Disponível em:https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa. Acesso em: 1 mar. 2023.

³ Hu JX, Zhao CF, Chen WB, Liu QC, Li QW, Lin YY, Gao F. Pancreatic cancer: A review of epidemiology, trend, and risk factors. World J Gastroenterol. 2021 Jul 21;27(27):4298-4321. doi: 10.3748/wjg.v27.i27.4298. PMID: 34366606; PMCID: PMC8316912.

⁴ PÂNCREAS. A. C. Camargo Câncer Center. Disponível em: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/pancreas. Acesso em: 8 mar. 2023.

5 Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2017-05/sucesso-do-tratamento-de-cancer-de-pancreas-esta-ligado#:~:text=Para%20chegar%20ao%20diagn%C3%B3stico%20de,a%20tomografia%20computadorizada%20de%20abd%C3%B4men

6 Oncoguia - Exames de Imagem para Câncer de Pâncreas: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/exames-de-imagem-para-cancer-de-pancreas/2046/218/#:~:text=A%20ultrassonografia%20endosc%C3%B3pica%20%C3%A9%20mais,de%20bi%C3%B3psia%20de%20um%20tumor

7 American Cancer Society: https://www.cancer.org/cancer/types/pancreatic-cancer/detection-diagnosis-staging/staging.html

8 Jornal da USP - Técnica inovadora reativa a circulação da bile e melhora a qualidade de vida no câncer: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/tecnica-inovadora-reativa-circulacao-da-bile-e-melhora-qualidade-de-vida-no-cancer/

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O metabolismo na obesidade

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O metabolismo na obesidade

Quando há sobrepeso, as reações químicas que promovem a queima de energia no nosso corpo acontecem de modo mais lento e driblar o acúmulo de gordura se torna um desafio

A obesidade é uma doença que vem preocupando estudiosos e médicos do mundo todo e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)1, já pode ser considerada uma epidemia. O padrão alimentar da população é o grande vilão desse quadro e, quando se discute alimentação e perda de peso, o metabolismo também entra em questão. Afinal, é esse processo químico, que ocorre no nosso corpo, o responsável por transformar os nutrientes dos alimentos que ingerimos em fonte de energia2.

A química do metabolismo

“O metabolismo é composto por dois processos químicos, o anabolismo e o catabolismo. O anabolismo está relacionado ao crescimento, ao desenvolvimento, à manutenção do nosso organismo e à contribuição para o estoque de energia. Já no catabolismo ocorre a quebra das moléculas complexas presentes nos alimentos, que são transformadas em partículas mais simples, liberando energia”, explica Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Mais: o desempenho do metabolismo está diretamente ligado à necessidade de energia. Por exemplo, uma pessoa com o metabolismo lento precisa de menos calorias para fazer as tarefas do dia a dia e, assim, terá que comer menos para evitar o excesso de peso.

Química x quilos

O metabolismo afeta o ganho ou a perda de peso? A médica nutróloga Marcella Garcez, docente do Curso Nacional de Nutrologia da Abran, explica que, em adultos com o Índice de Massa Corpórea normal (IMC entre 18,5 e 24,93), o metabolismo basal (quantidade de calorias que o corpo queima em repouso para manter as funções vitais, como a respiração, a circulação sanguínea, a temperatura corporal e o funcionamento de órgãos), tende a funcionar de maneira eficiente. “Esses indivíduos também são mais ativos e costumam manter um equilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto de energia”, complementa a especialista.

Nos obesos, nem sempre há esse equilíbrio. A maior quantidade de massa corporal aumenta o metabolismo basal, o que, consequentemente, provoca uma maior queima de calorias, mas não é o suficiente para que haja perda de peso. Eles também são menos ativos por causa da dificuldade de mobilidade e do desconforto causado pelos quilos extras, fatores que reduzem o gasto calórico relacionado à atividade física. “Ainda pode ocorrer resistência à insulina. Ou seja, as células têm dificuldade para responder à ação desse hormônio, que regula o metabolismo da glicose, fazendo com que o corpo armazene mais gordura e tenha dificuldade para usar a glicose como fonte de energia”, aponta Marcella Garcez. É importante entender que o ganho de peso tem influência de vários fatores, como a genética, a epigenética, os hábitos alimentares e o sedentarismo e, independentemente do metabolismo, armazenamos o excesso de energia como gordura. E aqui está a equação para combater a obesidade e manter o metabolismo ativo: “Alimentação balanceada, prática de atividade física diária, ingestão de água suficiente e sono restaurador (que vai amenizar, inclusive, o estresse) faz com que o metabolismo seja saudável e trabalhe melhor”, ensina Durval Ribas Filho.

1 WHO Consultation on Obesity (‎1999: Geneva, Switzerland)‎ & World Health Organization. (‎2000)‎. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. World Health Organization. https://iris.who.int/handle/10665/42330. Acesso em: 20 set. 2023.

2 BRINQUES, Graziela Brusch (org.). Bioquímica humana aplicada à nutrição São Paulo: Pearson, 2014. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 27 set. 2023.

3 WHO Consultation on Obesity (‎1999: Geneva, Switzerland)‎ & World Health Organization. (‎2000)‎. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. World Health Organization. https://iris.who.int/handle/10665/42330. Acesso em: 20 set. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Outras Condições

Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Falta de aderência ao tratamento e questões de saúde mental estão entre as causas que comprometem a manutenção do peso adequado. Além de recuperar os quilos perdidos, em muitos casos, o paciente engorda ainda mais

Quem já driblou o excesso de peso sabe o quanto é difícil manter os ponteiros da balança em dia. Isso ocorre porque a obesidade é uma doença crônica, que exige um tratamento continuado.

“Há diversas maneiras de se tratar a obesidade e, para escolher a melhor para cada paciente, é preciso considerar o grau de desenvolvimento da doença e seu histórico. Seja orientação nutricional, utilização de medicamentos, abordagens psicológicas ou cirurgia bariátrica, o fator determinante do sucesso do tratamento é a mudança significativa de hábitos, o que exige participação ativa do paciente”, comenta o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Como a obesidade tem várias causas, o tratamento também deve atuar em diversas frentes e, por isso, exige uma atenção multiprofissional. “O papel do especialista responsável pelo paciente obeso ou mesmo o de uma equipe

profissional multidisciplinar é fundamental para detectar os fatores que possam interferir de forma negativa nos resultados pretendidos. Muitas vezes, os pacientes respondem bem ao tratamento da obesidade, mas depois de algum tempo, voltam a engordar”, explica o especialista, lembrando que vários fatores podem levar ao reganho de peso.

A falta de adesão ao tratamento é um deles. Muitas vezes, o paciente faz o acompanhamento especializado durante um período inicial, perde peso e logo interrompe o tratamento. “Quando isso acontece, por exemplo, é muito comum a pessoa não só recuperar os quilos que tinha perdido, mas engordar mais”, fala o médico. “Fatores emocionais e comportamentais, como a presença de episódios de compulsão alimentar ou sintomas depressivos e ansiosos também podem estar relacionados ao reganho de peso.”

Segundo o endoscopista bariátrico Eduardo Grecco, do Instituto EndoVitta, em São Paulo, o reganho de peso pode acontecer também depois de o paciente finalizar o tratamento da obesidade.

“Isso acontece porque fazer a manutenção do peso é um grande desafio. Esse paciente sempre foi obeso e, para ele voltar ao antigo patamar de sobrepeso, é muito fácil. Aos poucos, ele deixa o cuidado com a alimentação e até mesmo a prática de exercícios de lado. Para manter o peso adequado, é fundamental criar rotinas: comer nos horários certos, preferir alimentos saudáveis, não deixar de praticar atividades físicas”, comenta. O médico destaca que é importante o paciente perceber que, com essas atitudes, estará levando uma vida mais saudável e com resultados duradouros.

Veja também:

O metabolismo na obesidade
Alimentação saudável e metabolismo ativo, uma dupla imbatível para driblar a obesidade

Hábitos saudáveis a longo prazo

A melhor forma de evitar reganhos de peso é buscar resultados a longo prazo. Isso significa manter o tratamento da obesidade e dos fatores associados mesmo após uma perda de peso, que, a princípio, contempla o objetivo que se queria atingir. Para isso, vale a pena colocar algumas estratégias em prática, como detalha o médico José Carlos Appolinário:

Reeducação alimentar

As dietas restritivas são inimigas do peso saudável. Aqui, o que importa é a reeducação alimentar. Aprenda a escolher alimentos saudáveis e a fazer refeições equilibradas a longo prazo, incorporando opções nutritivas. Dessa forma, uma quebra ocasional das regras não irá causar grande impacto no tratamento.

Veja também: Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade

Acompanhamento psicológico

Durante qualquer processo de perda de peso, é essencial o acompanhamento psicológico. Esse apoio ajuda a lidar com questões emocionais que estejam disparando um quadro de ansiedade ou um ataque à geladeira. O objetivo é desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis e promover a motivação contínua.

Exercício regular

Não é novidade que a atividade física desempenha um papel fundamental na manutenção do peso. Quanto mais nos movimentamos, mais gastamos calorias e evitamos o acúmulo de gordura corporal. A proposta é praticar um exercício que seja prazeroso, que possa ser incorporado no dia a dia de modo sustentável.

Suporte social

O apoio de amigos, familiares ou grupos de apoio especializados pode ser um grande diferencial na luta contra os quilos a mais. Compartilhar desafios e sucessos com outras pessoas que passam pela mesma jornada é estimulante e encorajador.

Mudança de mentalidade

Perder peso está no foco, mas concentrar-se em melhorar a saúde e o bem-estar de um modo geral é uma maneira de reduzir a pressão quanto aos resultados. Uma abordagem mais duradoura, com a perda gradativa de quilos, pode ser mais bem-sucedida do que um emagrecimento imediato.

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Câncer de pâncreas: uma doença silenciosa

Outras Condições

Câncer de pâncreas: uma doença silenciosa

Esse tipo de tumor é de difícil detecção e costuma apresentar sintomas comuns a outros quadros menos graves. Veja como o diagnóstico acontece

O pâncreas é um órgão que fica na parte superior do abdome, "escondido" atrás do estômago e ao lado do fígado e da vesícula biliar. Está também muito próximo a estruturas nobres do organismo como artérias e veias que irrigam todo o intestino1. E essa dificuldade de acesso é um dos motivos que tornam a detecção precoce de câncer no órgão um enorme desafio médico.

A ausência de sintomas é outro ponto que dificulta o diagnóstico. O adenocarcinoma do corpo ou da cauda do pâncreas é geralmente assintomático até que o tumor cresça e se dissemine para fora do órgão. Em 90% dos casos os diagnósticos acontecem nessa fase, mais tardia. Porém, quando os sintomas aparecem, costumam ser comuns a outras condições de saúde menos graves, como dor abdominal, que costuma aparecer na parte superior do abdome ou no meio das costas e é aliviada quando a pessoa se inclina de frente ou fica em posição fetal2.

A perda de peso também é comum, e ainda podem aparecer sinais como icterícia e vômito, especialmente nos casos em que o tumor se aloja na cabeça do pâncreas, uma vez que essa localização pode interferir na drenagem da bile para o intestino delgado3.

“Quando existem sintomas como os descritos e/ou o paciente já tem um exame de imagem compatível com tumor no pâncreas, como uma tomografia computadorizada ou uma ultrassonografia endoscópica, o ideal é que ele procure um oncologista clínico e um cirurgião especialista em tumores abdominais. Nesse cenário, uma equipe multidisciplinar pode ser convocada para a discussão do caso e para analisar a possibilidade de uma cirurgia”, recomenda Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

O médico deixa claro que, em casos de câncer de pâncreas não é necessário biópsia prévia. “O paciente diagnosticado pode ser levado direto à cirurgia. Ou, caso haja evidência durante a investigação de que a doença já se instalou fora do órgão ou ocorreram metástases, o tratamento será paliativo, com base em quimioterapia. Daí sim, a realização de uma biópsia confirmatória se faz necessária.”

Estar atento aos sinais que o corpo dá, ainda que pequenos, é importante sempre e mais ainda no caso de tumores. Isso porque todo tumor que é diagnosticado mais tardiamente apresenta menores taxas de sucesso com o tratamento cirúrgico. “Para traduzir isso em números, na minha experiência, apenas 20% dos pacientes que fazem diagnóstico de adenocarcinoma de pâncreas são candidatos a uma cirurgia de intenção curativa”, resume o oncologista.

1Pâncreas Manual MSD. Acesso em setembro de 2023.

2Câncer de pâncreas, Manual MSD. Acesso em setembro de 2023.

3Câncer de pâncreas, Manual MSD. Acesso em setembro de 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Obesidade na infância: um problema de saude pública

Outras Condições

Obesidade na infância: um problema de saude pública

Lancheiras recheadas de alimentos ultraprocessados e refeições feitas na frente de telas e às pressas são alguns dos fatores que têm provocado a obesidade infantil. Rever essas práticas é fundamental para combater a doença considerada uma epidemia mundial

A obesidade não acomete apenas os adultos. Assim como eles têm sofrido consequências na saúde física e mental por causa da doença, muitas vezes, prejudicando seu desempenho social e levando a transtornos como ansiedade e depressão, as crianças vivem a mesma situação preocupante. Não à toa, a obesidade infantil é um problema de saúde pública.

O Atlas Mundial da Obesidade estima que, em 2030, o Brasil ocupará a 5ª. posição no ranking de países com maior número de crianças e adolescentes obesos, e, se não forem cuidados, eles terão apenas 2% de chance de reverter a situação1.

“O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-20192), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica ainda que um quinto das crianças (18,6%) com até 5 anos estão em uma zona de risco de sobrepeso”, complementa o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Estatísticas alarmantes

Os dados não mostram apenas um retrato da população infantil no país; mais do que isso, eles revelam que as crianças estão se alimentando mal. É preciso entender por que isso está acontecendo, a relação delas com as refeições e empregar estratégias para reverter esse quadro.

“Assim como ocorre com os adultos, a obesidade nas crianças e nos adolescentes envolve aspectos biológicos, familiares, sociais, econômicos e emocionais”, comenta Appolinário, lembrando que eles correm os mesmos riscos de desenvolverem doenças cardíacas e metabólicas que os adultos. “A obesidade infantil ainda tem efeito na saúde mental e pode desencadear ansiedade, depressão e compulsão, por exemplo, provocando vergonha, culpa e baixa autoestima”, detalha o especialista.

É no período da infância e da adolescência que construímos a nossa autoimagem e as ideias que temos sobre nós mesmos, os outros e o mundo ao redor3. Segundo o psiquiatra do Gota, quando esses aspectos estão em jogo, qualquer influência negativa, como estigmatização e bullying, pode impactar em como as crianças e os adolescentes se veem e se sentem, prejudicar o rendimento escolar e favorecer a exclusão social, propiciando o sentimento de fracasso e inferioridade.

Veja mais:

O metabolismo na obesidade
Transtornos alimentares e obesidade

Abordagem abrangente

A obesidade infantil e sua relação com a saúde mental não é uma questão isolada, requer uma abordagem integrada que considere tanto o bem-estar físico quanto o emocional. Rever os hábitos e as opções alimentares é o primeiro passo para enfrentar a enfermidade, mas os familiares e responsáveis devem se conscientizar de que as crianças precisam de tratamento médico multidisciplinar.

“O apoio psicológico de um especialista ajuda a compreender os fatores desencadeantes de estresse, raiva, tristeza e angústia e ensina os pequenos a lidarem com esses sentimentos, sem “descontá-los” muitas vezes na comida. O suporte emocional da família é essencial para eles ganharem confiança, autonomia e segurança. A combinação de alimentação equilibrada, com pratos recheados de opções saudáveis (longe dos ultraprocessados), com apoio especializado e afeto é o caminho para não deixar que os números mostrem uma população infantil cada vez mais doente”, finaliza o médico.

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Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição
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Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

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Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 Ministério da Saúde. Atlas da Obesidade Infantil no Brasil, 2019. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/dados_atlas_obesidade.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

2 Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-content/uploads/2021/12/Relatorio-5_ENANI- 2019_Alimentacao-InfantiL.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

3 PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. 17 .ed. Rio de Janeiro: Forense, 1989.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

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