Sistema Circulatório
Como identificar e diagnosticar o Pé Diabético?
Cuidar dos pés é assunto sério para a pessoa com diabetes. Por isso, mesmo em caso de baixo risco para úlceras e feridas, é preciso reavaliar o membro a cada ano
As feridas e úlceras que aparecem no pé diabético tornam a identificação da doença facilitada, no entanto, quanto antes desses sintomas aparecerem o diagnóstico for feito, melhor será a qualidade de vida do paciente e a chance de evitar a amputação do membro. Por isso, sempre que uma pessoa com diabetes notar dormência, dor, cãibras ou formigamento contínuo nos pés, deve procurar por atendimento médico.
Segundo orientação do Ministério da Saúde para a Atenção Primária em Saúde, todos os indivíduos diabéticos devem receber avaliações dos pés, começando no diagnóstico do diabetes tipo 2 e cinco anos após o diagnóstico no diabetes tipo 11,2
“O profissional de Saúde, que pode ser até mesmo a enfermeira, vai fazer um diagnóstico clínico desta condição, com alguns testes dentro do consultório”, resume Roseanne Montargil Rocha, coordenadora do Departamento de Pé Diabético da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “ A primeira coisa que ele deve notar é uma deformidade, seja o dedo em garra, pé dobrado ou até mesmo a pele ressecada.”
Depois, o teste de temperatura - tanto quente como fria - é importante para a avaliação da sensibilidade do membro. “Além dele, o teste de monofilamento ajuda o profissional de Saúde a avaliar o estímulo nos pés e até testar a dor”, explica a médica. Há ainda outros testes possíveis, como o de diapasão 128 Hz (sensibilidade vibratória), pino ou palito (sensibilidade dolorosa), martelo (reflexo aquileu) ou bioestesiômetro (limiar de sensibilidade vibratória)3 , mas que nem sempre estão disponíveis nos centros de saúde.
Por isso, um teste fácil, acessível e eficiente é o de palpação. “Nele, o profissional precisa palpar o pulso em cima e nas laterais do pé para verificar a circulação sanguínea. Se ela estiver ausente, exames de imagem são solicitados”, diz Roseanne. Com todas essas informações, o profissional pode fazer uma classificação de risco de lesão do pé diabético, que vai de baixo a alto.
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Como diagnosticar o Pé Diabético?
Confira agora o que é preciso para realizar uma boa avaliação dos pés dos pacientes com diabetes4:
- Histórico: Perguntar se há história de amputação ou de ulceração prévia nos pés;
- Neuropatia periférica: pesquisar sintomas neuropáticos positivos (por exemplo, sensações de ardor, pontadas, choques ou agulhadas) ou negativos (como dormência ou sensação de pés anestesiados); avaliar sensibilidade nos pés;
- Deformidades nos pés: pesquisar se a pessoa tem articulação de Charcot [uma deformidade óssea característica], dedos em garra ou em martelo, proeminências de metatarsos [os ossos que ficam próximos do peito do pé] e acentuação do arco, resultando em maior pressão na planta do pé.
- Doença vascular periférica: pesquisar comprometimento da capacidade de andar [claudicação], dor em repouso, pulsos diminuídos ou ausentes.
- Outros sintomas: avaliar se o paciente tem acuidade visual reduzida; descontrole glicêmico; nefropatia diabética (especialmente indivíduos em diálise) e se é fumante.
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