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Obesidade

Ouvir texto - 16:43

O número de pessoas com excesso de peso não para de crescer. Cada vez mais a doença tem comprometido a qualidade de vida dos adultos e acometido as crianças. Saiba mais sobre essa condição clínica

O que é Obesidade?

Quando os ponteiros da balança mostram quilos a mais do que o esperado, acende - se sempre um sinal de alerta. O sobrepeso pode ser momentâneo, mas também indicar que está fora de controle e pede atenção. A obesidade é uma doença crônica e sua principal característica é o acúmulo de gordura corporal provocado pela alta ingestão de calorias (mais do que necessitamos para realizar as tarefas do dia a dia, como comer, andar, trabalhar e praticar atividades físicas) por meio da alimentação.

Se muita gente banaliza a doença ou a vê com olhos preconceituosos1 - 85% das pessoas com obesidade já sentiram preconceito pelo excesso de peso, estudiosos e médicos apontam que ela exige tratamentos adequados, pois os obesos têm mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2, artrose, neoplasias e danos à saúde mental, como depressão e baixa autoestima.

As estatísticas apontam a gravidade:

  • No Brasil, 55,4% da população tem excesso de peso. De 2006 a 2019, houve um aumento de 72% no número obesos no país2.
  • Segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Panamericana da Saúde, 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas, assim como 7% dos adolescentes entre 12 e 17 anos3.
  • Os dados do Brasil acompanham os levantamentos da América Latina e do Caribe, regiões nas quais cerca de 58% dos adultos estão acima do peso4.
  • Nos próximos 10 anos, haverá um aumento de 39,8% da incapacidade causada pela obesidade, sendo que as mulheres serão as mais atingidas5.
  • Entre 2020 e 2030, a previsão é de que o número de mortes relacionadas à doença aumente em 42,7%6.
  • De acordo com o Atlas da Obesidade Mundial de 2023, elaborado pela Federação Mundial de Obesidade, atualmente, A condição atinge 1 em cada 7 pessoas; em 2035, a proporção será de 1 em cada 47.

Mas, afinal, como saber se o indivíduo está com excesso de peso?

A Organização Mundial da Saúde recomenda o índice de massa corporal (IMC) para diagnosticar a obesidade. O cálculo do IMC é simples: divide-se o peso (Kg) pela altura (m) elevada ao quadrado. O resultado indica se o adulto está abaixo do peso, com o peso normal, sobrepeso ou obeso. Você pode calcular seu IMC com uma calculadora ou utilizando ferramentas online, como a da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/calculadora-imc/

Índice de massa corporal (IMC) Classificação
Igual ou superior a 30 kg/m² Obesidade
Entre 25 e 29,9 Sobrepeso
Entre 18,5 e 24,9 Peso normal
Abaixo de 18,5 Abaixo do peso

FONTE: Organização Mundial da Saúde (OMS)

Entre os obesos, a classificação ainda varia: obesidade leve (IMC entre 30 e 34,9 kg/m2), moderada (IMC entre 35 e 39,9 kg/m2) e grave (IMC ≥ 40 kg/m2). Essa subdivisão guia o tipo de tratamento mais adequado para cada paciente.

Além desse cálculo, é fundamental uma avaliação médica. Nela, o especialista faz uma anamnese: conhece o estilo de vida e os hábitos alimentares; se há histórico de pessoas obesas na família; e pode medir a circunferência do pescoço e do abdômen a fim de conferir se há indícios de problemas metabólicos e acúmulo de gordura corporal nessas regiões. Ele ainda pode solicitar exames laboratoriais, como os que aferem o nível de colesterol, glicemia e gordura no fígado, e a bioimpedância, para verificar a composição corporal (massa muscular, gordura, densidade óssea e água).

Para as crianças e os adolescentes, os pediatras e a OMS não recomendam o IMC para determinar a obesidade. O ideal é considerar o peso, a altura e a fase de crescimento, já que esses dados podem variar bastante conforme a faixa etária.

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Esse tipo de tumor é mais comum no Ocidente e em países industrializados e é tido como o mais agressivo dentre os de origem gastrintestinal

O câncer de pâncreas não está na lista dos dez tumores mais prevalentes entre os brasileiros. Dentre os 483 mil novos casos de cânceres estimados no País durante o triênio 2023-2025, “apenas” 10.980 vão acometer esse órgão, o que significa 2,27% do total. No mundo, os números são parecidos: 2,6% do total de cânceres diagnosticados são de pâncreas, fazendo com que ele ocupe o 14º lugar na lista de incidência, enquanto o câncer de estômago ou câncer de fígado, por exemplo, estão no quinto e sétimo lugar, respectivamente1.

Se o número de casos não chega a ser expressivo, o que realmente chama a atenção nesse tipo de tumor é sua alta mortalidade: no Brasil, em 2020, 11.893 pessoas morreram devido à doença2. E isso, em grande parte, por causa da agressividade com que o tumor se desenvolve.

Agressividade do câncer de pâncreas

“O comportamento biológico do adenocarcinoma de pâncreas é muito agressivo e ele certamente figura entre os tipos de tumor mais severos entre aqueles de origem gastrintestinal”, constata Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Mas sua agressividade não é a única razão para a alta mortalidade, como explica o oncologista: “Historicamente, mesmo aqueles doentes que são diagnosticados com doença precoce e, portanto, ainda passíveis de tratamento cirúrgico com intuito curativo, têm alta chance de apresentar recorrência da doença. E, ao olhar para as taxas de cura de pacientes que foram levados à cirurgia, vemos que no máximo 30% deles estão vivos a pós cinco anos.”

Casos estão crescendo

Nos Estados Unidos, o câncer de pâncreas deve provocar 46 mil mortes em 2040 e ultrapassará o câncer colorretal em taxa de mortaliade. 3

Já no Brasil, a última estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta para 10.980 novos casos para cada ano do triênio de 2023 a 20254. As maiores taxas de incidência na população masculina foram observadas nas Europas Ocidental, Central e Oriental e na América do Norte; enquanto, entre as mulheres, as maiores taxas foram observadas na Europa Ocidental, na América do Norte e no Norte da Europa5.

Outro ponto que tem chamado a atenção dos médicos é sobre os casos em pacientes mais jovens, já que a idade avançada está associada ao aumento do risco de câncer de pâncreas 6

Para o oncologista Vinícius Lorandi existem alguns fatores de risco relacionados que foram mais recentemente identificados: “Um estudo publicado na revista Lance tem 20197, por exemplo, avaliou o impacto da doença em nível mundial e apontou que o tabagismo, a glicose e de jejum alterada (pré-diabetes) e a obesidade figuram entre os principais fatores de risco para esse tipo de tumor”, conta.

O mesmo estudo ainda mostra que a incidência da doença entre 1990 e 2017 mais do que dobrou no mundo: de 190 mil casos em 1990 para 448 mil em 20178. Isso mostra uma tendência de a incidência desse tipo de tumor seguir aumentando de acordo com o envelhecimento da população mundial. “Há muitos outros estudos que relacionam o aumento na incidência de câncer de pâncreas com as dietas ricas em gordura saturada e carne vermelha, especialmente as maturadas ou defumadas. Na contramão dessa estatística, vários estudos mostram uma proteção relacionada ao alto consumo de frutas e vegetais frescos”, relata o médico.

Usar adoçante aumenta o risco desse tipo de tumor?

Ainda sobre as causas da doença, os atuais estudos epidemiológicos têm demonstrado que a resistência a insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina circulando no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose são efetivas causas desse tipo de tumor9. Já sobre o uso de aspartame, que recentemente foi classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um agente potencialmente cancerígeno, ainda não há uma conclusão efetiva, como enfatiza Lorandi. “Embora se deva sempre priorizar a ingestão de alimentos saudáveis e naturais, é preciso cuidado para não tirarmos conclusões precipitadas sobre seu uso.

O que se sabe até agora é que é preciso uma quantidade bastante alta de aspartame para o desenvolvimento de um tumor. Portanto, ainda são necessários mais estudos e tempo para novas conclusões sobre esse tema”, finaliza.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de pânceras e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa para cuidar da sua saúde.

Se você já tem o diagnóstico, leia: Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

Atenção

1 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

2 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

3 JAMA Network: https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2778204

4 Inca: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf

5 FERLAY et al., 2020; SUNG et al., 2021

6 SUNG et al., 2021; WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020

7 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. The Lancet, 2019.

8 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017.

9 Diabetes and pancreatic cancer: What is the link? DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ATENÇÃOIII: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.

ENDO = 1706602 – AA –Saber da Saúde

Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Outras Condições

Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Falta de aderência ao tratamento e questões de saúde mental estão entre as causas que comprometem a manutenção do peso adequado. Além de recuperar os quilos perdidos, em muitos casos, o paciente engorda ainda mais

Quem já driblou o excesso de peso sabe o quanto é difícil manter os ponteiros da balança em dia. Isso ocorre porque a obesidade é uma doença crônica, que exige um tratamento continuado.

“Há diversas maneiras de se tratar a obesidade e, para escolher a melhor para cada paciente, é preciso considerar o grau de desenvolvimento da doença e seu histórico. Seja orientação nutricional, utilização de medicamentos, abordagens psicológicas ou cirurgia bariátrica, o fator determinante do sucesso do tratamento é a mudança significativa de hábitos, o que exige participação ativa do paciente”, comenta o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Como a obesidade tem várias causas, o tratamento também deve atuar em diversas frentes e, por isso, exige uma atenção multiprofissional. “O papel do especialista responsável pelo paciente obeso ou mesmo o de uma equipe

profissional multidisciplinar é fundamental para detectar os fatores que possam interferir de forma negativa nos resultados pretendidos. Muitas vezes, os pacientes respondem bem ao tratamento da obesidade, mas depois de algum tempo, voltam a engordar”, explica o especialista, lembrando que vários fatores podem levar ao reganho de peso.

A falta de adesão ao tratamento é um deles. Muitas vezes, o paciente faz o acompanhamento especializado durante um período inicial, perde peso e logo interrompe o tratamento. “Quando isso acontece, por exemplo, é muito comum a pessoa não só recuperar os quilos que tinha perdido, mas engordar mais”, fala o médico. “Fatores emocionais e comportamentais, como a presença de episódios de compulsão alimentar ou sintomas depressivos e ansiosos também podem estar relacionados ao reganho de peso.”

Segundo o endoscopista bariátrico Eduardo Grecco, do Instituto EndoVitta, em São Paulo, o reganho de peso pode acontecer também depois de o paciente finalizar o tratamento da obesidade.

“Isso acontece porque fazer a manutenção do peso é um grande desafio. Esse paciente sempre foi obeso e, para ele voltar ao antigo patamar de sobrepeso, é muito fácil. Aos poucos, ele deixa o cuidado com a alimentação e até mesmo a prática de exercícios de lado. Para manter o peso adequado, é fundamental criar rotinas: comer nos horários certos, preferir alimentos saudáveis, não deixar de praticar atividades físicas”, comenta. O médico destaca que é importante o paciente perceber que, com essas atitudes, estará levando uma vida mais saudável e com resultados duradouros.

Veja também:

O metabolismo na obesidade
Alimentação saudável e metabolismo ativo, uma dupla imbatível para driblar a obesidade

Hábitos saudáveis a longo prazo

A melhor forma de evitar reganhos de peso é buscar resultados a longo prazo. Isso significa manter o tratamento da obesidade e dos fatores associados mesmo após uma perda de peso, que, a princípio, contempla o objetivo que se queria atingir. Para isso, vale a pena colocar algumas estratégias em prática, como detalha o médico José Carlos Appolinário:

Reeducação alimentar

As dietas restritivas são inimigas do peso saudável. Aqui, o que importa é a reeducação alimentar. Aprenda a escolher alimentos saudáveis e a fazer refeições equilibradas a longo prazo, incorporando opções nutritivas. Dessa forma, uma quebra ocasional das regras não irá causar grande impacto no tratamento.

Veja também: Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade

Acompanhamento psicológico

Durante qualquer processo de perda de peso, é essencial o acompanhamento psicológico. Esse apoio ajuda a lidar com questões emocionais que estejam disparando um quadro de ansiedade ou um ataque à geladeira. O objetivo é desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis e promover a motivação contínua.

Exercício regular

Não é novidade que a atividade física desempenha um papel fundamental na manutenção do peso. Quanto mais nos movimentamos, mais gastamos calorias e evitamos o acúmulo de gordura corporal. A proposta é praticar um exercício que seja prazeroso, que possa ser incorporado no dia a dia de modo sustentável.

Suporte social

O apoio de amigos, familiares ou grupos de apoio especializados pode ser um grande diferencial na luta contra os quilos a mais. Compartilhar desafios e sucessos com outras pessoas que passam pela mesma jornada é estimulante e encorajador.

Mudança de mentalidade

Perder peso está no foco, mas concentrar-se em melhorar a saúde e o bem-estar de um modo geral é uma maneira de reduzir a pressão quanto aos resultados. Uma abordagem mais duradoura, com a perda gradativa de quilos, pode ser mais bem-sucedida do que um emagrecimento imediato.

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

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Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

Outras Condições

Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

A doença pode acarretar em diabetes, dor abdominal intensa e icterícia. Saiba agora como esses sintomas são manejados durante o tratamento

O fato de uma pessoa ter diabetes de longa data aparece na lista das prováveis causas para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. Hoje, no entanto, o diabetes mellitus tem sido aventado mais como uma consequência desse tipo de neoplasia do que uma causa propriamente dita. “A visão mais recente indica que a resistência insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose sejam efetivas causas do câncer pancreático1”, conta Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Sendo assim, o tratamento do diabetes com o uso de insulina se soma a outras ações terapêuticas que precisam ser tomadas para lidar com as consequências do DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

crescimento de um tumor de pâncreas. Tudo para aumentar o conforto e a qualidade de vida deste paciente.

“Entre essas consequências está a icterícia causada pela obstrução das vias ou canais biliares, que pode ser manejada com drenagem, seja ela feita por meio de stents endoscópicos, por drenagens externas guiadas por imagem e até de forma cirúrgica, com derivação biliar”, cita o médico oncologista.

Já a dor abdominal, bastante comum em casos de neoplasia avançada, costuma ser causada por invasão nervosa do plexo celíaco (rede nervosa de parte do sistema digestório), que fica localizado muito próximo ao órgão, conta Lorandi. “Em casos selecionados, podemos lançar mão de procedimentos guiados por imagem, que "destroem" a capacidade desses nervos de transmitir dor”, finaliza.

1Diabetes and pancreatic cancer: What is the link?

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O que é mito e o que é verdade sobre o câncer colorretal?

Outras Condições

O que é mito e o que é verdade sobre o câncer colorretal?

Como parte de nossa campanha de conscientização do câncer do intestino "Mexa-se", convidamos a médica especialista em endoscopia Dra. Adriana Vaz Safatle Ribeiro para esclarecer diversos mitos sobre esta condição clínica. Confira: 

  1. O câncer colorretal só afeta pessoas com mais de 50 anos?

Infelizmente não! Nos últimos anos, vêm se observando aumento da incidência de câncer colorretal em pacientes jovens, e as diversas sociedades médicas já orientam o rastreamento a partir dos 45 anos de idade. Cerca de 30% dos pacientes com câncer com idade entre 20 a 49 anos são decorrentes de síndromes de predisposição hereditária e 20% apresentam câncer colorretal familiar. Deve-se ressaltar, contudo, que cerca de 50% dos pacientes jovens não possuem nem síndromes de predisposição hereditária e nem história familiar de câncer colorretal, representando um grande desafio ao diagnóstico. Desta maneira, sinais de alerta, como sangramento nas fezes, devem ser investigados.

  1. A etnia interfere no risco do câncer colorretal?

Sim, indivíduos da raça negra (Afrodescendentes) apresentam uma maior incidência de câncer colorretal. Nestes indivíduos, o início do rastreamento deve ser realizado a partir de 45 anos de idade. Indivíduos nascidos no Alaska, Uruguai e judeus de origem europeia estão também entre os grupos de maior risco de câncer colorretal. 

  1. Mudança de hábitos podem reduzir o risco de ter câncer colorretal?

Sim, hábitos alimentares como a ingesta de fibras presentes em frutas, vegetais e principalmente nos cereais podem ser importantes para reduzir o risco de câncer. Baixo consumo de carne vermelha e processada também pode ser importante para reduzir seu risco. Por outro lado, hábitos como tabagismo e etilismo estão associados ao maior risco do câncer colorretal. A inatividade física, o sedentarismo e a obesidade também estão relacionados ao maior risco. 

  1. Apenas pessoas com histórico familiar de câncer de cólon podem desenvolver a doença?

Pacientes com história familiar de câncer colorretal são considerados de alto risco, devendo se submeter ao rastreamento aos 40 anos de idade ou 10 anos a menos que a idade do diagnóstico do familiar de primeiro ou segundo grau. 

Porém, como em qualquer outro tipo de câncer, o câncer colorretal pode ser multifatorial, tendo grande influência dos fatores ambientais e dos hábitos de vida. Assim, além das possíveis alterações genéticas individuais, determinados hábitos sociais e alimentares podem contribuir para a gênese do câncer. 

Importante salientar que outras doenças que afetam o intestino como doenças inflamatórias, como Crohn e Retocolite, assim como síndromes polipoides estão associadas ao maior risco. 

  1. Obesidade aumenta o risco para desenvolver este tipo de câncer?

Sim, a obesidade está diretamente relacionada a este tipo de câncer, assim como a outros tumores do aparelho digestivo. Assim, a atividade física, hábitos alimentares adequados e cessação do tabagismo devem ser incentivados para que haja a redução do risco do desenvolvimento do câncer colorretal.

 

Recado da Dra Adriana sobre a importância de se prevenir com exames de rotina e a necessidade de ficar atento aos sintomas:

O câncer colorretal aparece, na maioria das vezes, a partir de lesões precursoras, ou seja, de pólipos. Portanto, existe uma janela de oportunidade para se realizar exames de rastreamento, como teste de sangue oculto nas fezes e colonoscopia, os quais podem contribuir para o diagnóstico precoce. Mais importante, a colonoscopia pode, através da ressecção dos pólipos, diminuir o desenvolvimento do câncer colorretal. Ademais, sintomas como sangramento e alteração do hábito intestinal devem ser obrigatoriamente investigados. 

Mexa-se realize os exames, observe os sintomas, mude os hábitos, procure o médico.  

Sobre a Dra. Adriana Vaz Safatle Ribeiro:

- Profa Livre-Docente em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

- Coordenadora do Serviço de Colonoscopia da Disciplina de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da FMUSP

- Médica Assistente do Serviço de Endoscopia do Instituto do Câncer (ICESP - FMUSP)

- Médica Assistente do Serviço de Endoscopia do Hospital Sírio-Libanês

 

Referências:

Knudsen et al., JAMA 2021; 325:1998-2011

Sehgal et al., Gastroenterology 2021;160:2018-2028

Mauri et al., Molecular Oncology 2019;13:109-131

Siegal et al., CA Cancer J Clin 2017;67:177-193

ENDO-1537001-AA

Quais são os fatores de risco para a obesidade?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a obesidade é uma doença complexa, que atinge homens e mulheres de modo igual e está presente em todos os países.

Além disso, ocupa o 2º lugar entre as causas de morte que poderiam ser evitadas, ficando atrás do tabagismo9.

Atualmente, é considerada uma epidemia e pede políticas públicas consistentes e eficazes. Por que, porém, nas últimas décadas, o número de pessoas obesas cresceu tanto?

A enfermidade é causada pela alta ingestão de alimentos associada à baixa atividade física e está relacionada a vários fatores: genética; insônia; problemas endócrinos; uso de medicamentos, como antidepressivos e corticoides; consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares; ingestão excessiva de bebidas alcoólicas; além do ambiente, estilo de vida e de questões sociais10.

Se esses fatores impactam a qualidade de vida dos adultos e levam aos quilos a mais na balança, a má alimentação e o sedentarismo são os inimigos do peso adequado das crianças. Segundo estudos11 , na rotina infantil, não faltam refrigerantes, bebidas açucaradas (como sucos de caixinha ou em pó), biscoitos recheados, salgadinhos e macarrão instantâneo. A atenção com a alimentação dos pequenos e o combate a obesidade são tão sérios que o Ministério da Saúde tem várias publicações que tratam desse tema, entre elas os Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborados em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), nos quais há dicas para estimular o consumo de arroz e feijão, prato típico da cultura brasileira, substituir as bebidas prontas por água e convidar as crianças a participarem do preparo de seus alimentos.

Quais doenças estão relacionadas à obesidade?

O excesso de peso não só desequilibra os ponteiros da balança, mas também compromete a saúde de crianças e adultos e favorece o surgimento de doenças mortais, como pelo menos 13 tipos de câncer12.

  • No Brasil, 55,4% da população tem excesso de peso. De 2006 a 2019, houve um aumento de 72% no número obesos no país2.
  • Segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Panamericana da Saúde, 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas, assim como 7% dos adolescentes entre 12 e 17 anos3.
  • Os dados do Brasil acompanham os levantamentos da América Latina e do Caribe, regiões nas quais cerca de 58% dos adultos estão acima do peso4.
  • Nos próximos 10 anos, haverá um aumento de 39,8% da incapacidade causada pela obesidade, sendo que as mulheres serão as mais atingidas5.
  • Entre 2020 e 2030, a previsão é de que o número de mortes relacionadas à doença aumente em 42,7%6.
  • De acordo com o Atlas da Obesidade Mundial de 2023, elaborado pela Federação Mundial de Obesidade, atualmente, A condição atinge 1 em cada 7 pessoas; em 2035, a proporção será de 1 em cada 47.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o índice de massa corporal (IMC) para diagnosticar a obesidade. O cálculo do IMC é simples: divide-se o peso (Kg) pela altura (m) elevada ao quadrado. O resultado indica se o adulto está abaixo do peso, com o peso normal, sobrepeso ou obeso. Você pode calcular seu IMC com uma calculadora ou utilizando ferramentas online, como a da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/calculadora-imc/

Índice de massa corporal (IMC) Classificação
Igual ou superior a 30 kg/m² Obesidade
Entre 25 e 29,9 Sobrepeso
Entre 18,5 e 24,9 Peso normal
Abaixo de 18,5 Abaixo do peso

FONTE: Organização Mundial da Saúde (OMS)

Entre os obesos, a classificação ainda varia: obesidade leve (IMC entre 30 e 34,9 kg/m2), moderada (IMC entre 35 e 39,9 kg/m2) e grave (IMC ≥ 40 kg/m2). Essa subdivisão guia o tipo de tratamento mais adequado para cada paciente.

Além desse cálculo, é fundamental uma avaliação médica. Nela, o especialista faz uma anamnese: conhece o estilo de vida e os hábitos alimentares; se há histórico de pessoas obesas na família; e pode medir a circunferência do pescoço e do abdômen a fim de conferir se há indícios de problemas metabólicos e acúmulo de gordura corporal nessas regiões. Ele ainda pode solicitar exames laboratoriais, como os que aferem o nível de colesterol, glicemia e gordura no fígado, e a bioimpedância, para verificar a composição corporal (massa muscular, gordura, densidade óssea e água).

Para as crianças e os adolescentes, os pediatras e a OMS não recomendam o IMC para determinar a obesidade. O ideal é considerar o peso, a altura e a fase de crescimento, já que esses dados podem variar bastante conforme a faixa etária.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a obesidade é uma doença complexa, que atinge homens e mulheres de modo igual e está presente em todos os países.

Além disso, ocupa o 2º lugar entre as causas de morte que poderiam ser evitadas, ficando atrás do tabagismo9.

Atualmente, é considerada uma epidemia e pede políticas públicas consistentes e eficazes. Por que, porém, nas últimas décadas, o número de pessoas obesas cresceu tanto?

A enfermidade é causada pela alta ingestão de alimentos associada à baixa atividade física e está relacionada a vários fatores: genética; insônia; problemas endócrinos; uso de medicamentos, como antidepressivos e corticoides; consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares; ingestão excessiva de bebidas alcoólicas; além do ambiente, estilo de vida e de questões sociais10.

Se esses fatores impactam a qualidade de vida dos adultos e levam aos quilos a mais na balança, a má alimentação e o sedentarismo são os inimigos do peso adequado das crianças. Segundo estudos11 , na rotina infantil, não faltam refrigerantes, bebidas açucaradas (como sucos de caixinha ou em pó), biscoitos recheados, salgadinhos e macarrão instantâneo. A atenção com a alimentação dos pequenos e o combate a obesidade são tão sérios que o Ministério da Saúde tem várias publicações que tratam desse tema, entre elas os Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborados em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), nos quais há dicas para estimular o consumo de arroz e feijão, prato típico da cultura brasileira, substituir as bebidas prontas por água e convidar as crianças a participarem do preparo de seus alimentos.

O excesso de peso não só desequilibra os ponteiros da balança, mas também compromete a saúde de crianças e adultos e favorece o surgimento de doenças mortais, como pelo menos 13 tipos de câncer 12.

  • o Doenças cardiovasculares, como hipertensão, doença arterial coronariana e insuficiência cardíaca. O excesso de gordura corporal pode levar ao acúmulo de placas gordurosas nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo e resultando em alta pressão arterial e outros problemas cardíacos.
  • o Diabetes tipo 2. O excesso de gordura corporal provoca o aumento da produção de insulina pelo pâncreas. Esse hormônio é o responsável pela entrada da glicose nas células, mas, quando é produzido em excesso, sua função é prejudicada, levando ao surgimento do diabetes.
  • o Distúrbios musculoesqueléticos, como osteoartrite, dor nas costas, no quadril e nos joelhos, causados pela sobrecarga na coluna e nas principais articulações.
  • o Doenças respiratórias, como apneia do sono (uma das mais frequentes). Nos obesos, a gordura acumulada na garganta, no pescoço e no abdômen prejudica a passagem do ar e pode provocar uma pausa respiratória de pelo menos 10 segundos.
  • o Problemas psicológicos e sociais, como baixa autoestima, depressão e estigma social (quando alguém é desvalorizado por causa do seu peso).

Nem sempre os obesos procuram ajuda para lidar com os quilos a mais. Muitos acham que conseguem perder peso sozinhos, sem o acompanhamento de um especialista, outros não sabem que a obesidade é uma doença crônica que precisa ser acompanhada de perto. O tratamento adequado para cada caso não só ajuda a equilibrar os ponteiros da balança como também evita que outras enfermidades decorrentes do sobrepeso surjam. Por isso, quanto antes contar com a ajuda de um especialista, melhor.

Os tratamentos para a obesidade variam de mudança no estilo de vida à indicação cirúrgica. Por isso, uma avaliação médica bem-feita e uma discussão aberta entre o paciente e o profissional de saúde, para avaliar os ônus e bônus de cada opção, é essencial para definir qual é a melhor conduta para cada pessoa.

Mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta saudável e equilibrada, com refeições feitas em intervalos regulares, e a prática de exercícios físicos, são obrigatórias para quem quer emagrecer, independentemente do tipo de sobrepeso ou obesidade que apresenta. Mas há outros recursos que auxiliam a perda de peso e, segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, eles devem ser recomendados em casos determinados.

o Tratamento medicamentoso: atualmente, no Brasil, há cinco medicamentos registrados para combater a obesidade (anfepramona, femproporex, mazindol, sibutramina e orlistate) e eles são indicados para pessoas com IMC igual ou superior a 30 kg/m²; com IMC igual ou superior a 25 kg/m² associado a outros fatores de risco, como a hipertensão arterial, diabetes tipo 2, apneia do sono, osteoartrose, gota, entre outras; ou com circunferência abdominal maior ou igual a 102 cm (homens) e 88 cm (mulheres) 13.

A anfepramona, o femproporex, o mazindol e a sibutramina agem no cérebro e inibem o apetite. Já o orlistate tem ação no intestino, reduzindo a absorção das gorduras ingeridas, que são eliminadas nas fezes. Como são drogas controladas, a indicação e o acompanhamento médicos são indispensáveis.

o Canetas de semaglutida e liraglutida: essas substâncias são bastante parecidas com o hormônio GLP-1, produzido pelas células do intestino e que agem no hipotálamo, diminuindo o apetite. Mas, diferentemente do hormônio, cuja ação é interrompida pela enzima DPP4, a semaglutida e a liraglutida são resistentes ao processo da enzima e inibem a fome por mais tempo. Os medicamentos também agem no estômago, no fígado e no pâncreas, provocando a sensação de saciedade e regulando o nível de açúcar no sangue.

Um estudo recente mostrou que a semaglutida, utilizada no tratamento de obesidade e sobrepeso, ainda reduziu em 20% o risco de complicações cardiovasculares, como AVC e infarto, o que especialistas consideraram um ganho, pois os pacientes obesos são grupo de risco para essas doenças.

Balão intragástrico: esse tipo de tratamento já é indicado há mais de uma década. Pouco invasivo, consiste na colocação, por meio de endoscopia, de um balão de silicone no estômago. O balão pode ser preenchido por ar ou por um fluido, como uma solução salina estéril, e vai ocupar parte do órgão, fazendo com que a quantidade de comida ingerida seja menor. Ele também promove a sensação de saciedade, já que atrasa o esvaziamento gástrico.

O procedimento é recomendado para pacientes com IMC acima de 27 e para os obesos com indicação de cirurgia bariátrica, mas que precisam perder peso no pré-operatório a fim de evitar possíveis complicações durante a cirurgia. Entre as vantagens do balão gástrico estão a promoção da rápida perda de peso, o auxílio na adoção de uma dieta saudável (já que não é possível ingerir grandes quantidades de alimentos e o recomendado é optar por opções saudáveis e naturais) e a possibilidade de remoção após seis meses.

Cirurgia bariátrica: indicada para obesos com IMC acima de 40 ou acima de 35 com doenças associadas, como diabetes, hipertensão e taxas de colesterol elevadas, nessa operação, os especialistas diminuem o tamanho do estômago e, com isso, a capacidade do órgão de receber alimentos também é reduzida. No Brasil, o método bypass é o mais empregado: nele, o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é feita uma alteração no intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer funcional. 15

O período pós-cirúrgico exige cuidados. Durante 15 dias, é necessário seguir uma dieta líquida; os esforços físicos são liberados depois de seis semanas; e o paciente precisa passar por um acompanhamento psicológico. Além disso, os pacientes submetidos a esse procedimento apresentam maior risco de desenvolver deficiências nutricionais pela limitação na ingestão e absorção de diferentes nutrientes, por isso, o médico pode recomendar a suplementação nutricional.

Depois de driblar o sobrepeso, o desafio é manter longe os quilos extras. Para isso, é preciso muito esforço. A dupla alimentação saudável e prática de exercícios físicos é obrigatória. Esses hábitos, que devem ser adotados logo que o tratamento para emagrecer começa, são os responsáveis por equilibrar a quantidade de alimentos ingeridos com o gasto de energia, evitando que haja acúmulo de gordura corporal novamente.

Se o peso a mais voltar a aparecer, o ideal é procurar ajuda médica antes que a situação fuja do controle. Poucos quilos a mais são suficientes para conversar com um especialista, avaliar porque isso está acontecendo e adotar medidas para reverter esse quadro.

Consulte nossas referências para saber mais sobre obesidade.

A obesidade pode provocar:

  • o Doenças cardiovasculares, como hipertensão, doença arterial coronariana e insuficiência cardíaca. O excesso de gordura corporal pode levar ao acúmulo de placas gordurosas nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo e resultando em alta pressão arterial e outros problemas cardíacos.
  • o Diabetes tipo 2. O excesso de gordura corporal provoca o aumento da produção de insulina pelo pâncreas. Esse hormônio é o responsável pela entrada da glicose nas células, mas, quando é produzido em excesso, sua função é prejudicada, levando ao surgimento do diabetes.
  • o Distúrbios musculoesqueléticos, como osteoartrite, dor nas costas, no quadril e nos joelhos, causados pela sobrecarga na coluna e nas principais articulações.
  • o Doenças respiratórias, como apneia do sono (uma das mais frequentes). Nos obesos, a gordura acumulada na garganta, no pescoço e no abdômen prejudica a passagem do ar e pode provocar uma pausa respiratória de pelo menos 10 segundos.
  • o Problemas psicológicos e sociais, como baixa autoestima, depressão e estigma social (quando alguém é desvalorizado por causa do seu peso).

Quais são os tratamentos para a obesidade?

Nem sempre os obesos procuram ajuda para lidar com os quilos a mais. Muitos acham que conseguem perder peso sozinhos, sem o acompanhamento de um especialista, outros não sabem que a obesidade é uma doença crônica que precisa ser acompanhada de perto. O tratamento adequado para cada caso não só ajuda a equilibrar os ponteiros da balança como também evita que outras enfermidades decorrentes do sobrepeso surjam. Por isso, quanto antes contar com a ajuda de um especialista, melhor.

Os tratamentos para a obesidade variam de mudança no estilo de vida à indicação cirúrgica. Por isso, uma avaliação médica bem-feita e uma discussão aberta entre o paciente e o profissional de saúde, para avaliar os ônus e bônus de cada opção, é essencial para definir qual é a melhor conduta para cada pessoa.

Mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta saudável e equilibrada, com refeições feitas em intervalos regulares, e a prática de exercícios físicos, são obrigatórias para quem quer emagrecer, independentemente do tipo de sobrepeso ou obesidade que apresenta. Mas há outros recursos que auxiliam a perda de peso e, segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, eles devem ser recomendados em casos determinados.

o Tratamento medicamentoso: atualmente, no Brasil, há cinco medicamentos registrados para combater a obesidade (anfepramona, femproporex, mazindol, sibutramina e orlistate) e eles são indicados para pessoas com IMC igual ou superior a 30 kg/m²; com IMC igual ou superior a 25 kg/m² associado a outros fatores de risco, como a hipertensão arterial, diabetes tipo 2, apneia do sono, osteoartrose, gota, entre outras; ou com circunferência abdominal maior ou igual a 102 cm (homens) e 88 cm (mulheres) 13.

A anfepramona, o femproporex, o mazindol e a sibutramina agem no cérebro e inibem o apetite. Já o orlistate tem ação no intestino, reduzindo a absorção das gorduras ingeridas, que são eliminadas nas fezes. Como são drogas controladas, a indicação e o acompanhamento médicos são indispensáveis.

o Canetas de semaglutida e liraglutida: essas substâncias são bastante parecidas com o hormônio GLP-1, produzido pelas células do intestino e que agem no hipotálamo, diminuindo o apetite. Mas, diferentemente do hormônio, cuja ação é interrompida pela enzima DPP4, a semaglutida e a liraglutida são resistentes ao processo da enzima e inibem a fome por mais tempo. Os medicamentos também agem no estômago, no fígado e no pâncreas, provocando a sensação de saciedade e regulando o nível de açúcar no sangue.

Um estudo recente mostrou que a semaglutida, utilizada no tratamento de obesidade e sobrepeso, ainda reduziu em 20% o risco de complicações cardiovasculares, como AVC e infarto, o que especialistas consideraram um ganho, pois os pacientes obesos são grupo de risco para essas doenças.

Balão intragástrico: esse tipo de tratamento já é indicado há mais de uma década. Pouco invasivo, consiste na colocação, por meio de endoscopia, de um balão de silicone no estômago. O balão pode ser preenchido por ar ou por um fluido, como uma solução salina estéril, e vai ocupar parte do órgão, fazendo com que a quantidade de comida ingerida seja menor. Ele também promove a sensação de saciedade, já que atrasa o esvaziamento gástrico.

O procedimento é recomendado para pacientes com IMC acima de 27 e para os obesos com indicação de cirurgia bariátrica, mas que precisam perder peso no pré-operatório a fim de evitar possíveis complicações durante a cirurgia. Entre as vantagens do balão gástrico estão a promoção da rápida perda de peso, o auxílio na adoção de uma dieta saudável (já que não é possível ingerir grandes quantidades de alimentos e o recomendado é optar por opções saudáveis e naturais) e a possibilidade de remoção após seis meses.

Cirurgia bariátrica: indicada para obesos com IMC acima de 40 ou acima de 35 com doenças associadas, como diabetes, hipertensão e taxas de colesterol elevadas, nessa operação, os especialistas diminuem o tamanho do estômago e, com isso, a capacidade do órgão de receber alimentos também é reduzida. No Brasil, o método bypass é o mais empregado: nele, o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é feita uma alteração no intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer funcional. 15

O período pós-cirúrgico exige cuidados. Durante 15 dias, é necessário seguir uma dieta líquida; os esforços físicos são liberados depois de seis semanas; e o paciente precisa passar por um acompanhamento psicológico. Além disso, os pacientes submetidos a esse procedimento apresentam maior risco de desenvolver deficiências nutricionais pela limitação na ingestão e absorção de diferentes nutrientes, por isso, o médico pode recomendar a suplementação nutricional.

Como evitar o reganho de peso?

Depois de driblar o sobrepeso, o desafio é manter longe os quilos extras. Para isso, é preciso muito esforço. A dupla alimentação saudável e prática de exercícios físicos é obrigatória. Esses hábitos, que devem ser adotados logo que o tratamento para emagrecer começa, são os responsáveis por equilibrar a quantidade de alimentos ingeridos com o gasto de energia, evitando que haja acúmulo de gordura corporal novamente.

Se o peso a mais voltar a aparecer, o ideal é procurar ajuda médica antes que a situação fuja do controle. Poucos quilos a mais são suficientes para conversar com um especialista, avaliar porque isso está acontecendo e adotar medidas para reverter esse quadro.

Recursos

Consulte nossas referências para saber mais sobre obesidade.

FONTES

Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica – ABESO: https://abeso.org.br/.

Cirurgia bariátrica – Biblioteca Virtual de Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/cirurgia-bariatica/#:~:text=A%20cirurgia%20bari%C3%A1trica%20%C3%A9%20recomendada,%2C%20como%20diabetes%2C%20colesterol%20alto%2C

Guia Alimentar para a População Brasileira – Nupens/USP: https://www.fsp.usp.br/nupens/guia-alimentar-para-a-populacao-brasileira/

Observatório da obesidade – Universidade do Estado do Rio de Janeiro: http://www.observatoriodeobesidade.uerj.br/

Obesidade infantil: o problema de saúde pública do século 21: 10 coisas que você precisa saber sobre obesidade https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/3158/pdf

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM): https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-obesidade/

1 Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica: https://abeso.org.br/85-das-pessoas-com-obesidade-ja-sentiram-preconceito-pelo-excesso-de-peso/

2 ABESO. Mapa da obesidade. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/. Acesso em: 19 set. 2023.

3 ABESO. Mapa da obesidade. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/. Acesso em: 19 set. 2023.

4 Pinheiro M. C., Moura A. L. S. P., Bortolini G. A., Coutinho J. G., Rahal L. S., Bandeira L. M. et al. Abordagem intersetorial para prevenção e controle da obesidade: a experiência brasileira de 2014 a 2018. Rev, Panam Salud Publica. jul. 2019. Disponível em: https://iris.paho.org/handle/10665.2/51367 Acesso em: 19 set. 2023.

5 OBSERVATÓRIO da obesidade. UFRJ. Tendência da obesidade severa entre 2006 e 2021. Disponível em: http://www.observatoriodeobesidade.uerj.br/?p=3767. Acesso em: 19 set. 2023.

6 OBSERVATÓRIO da obesidade. UFRJ. Tendência da obesidade severa entre 2006 e 2021. Disponível em: http://www.observatoriodeobesidade.uerj.br/?p=3767 Acesso em: 19 set. 2023.

7 ABESO. Até 2035, um em cada 4 adultos conviverá com a obesidade no mundo. Disponível em: https://abeso.org.br/ate-2035-um-em-cada-4-adultos-convivera-com-a-obesidade-no-mundo/. Acesso em 19 set. 2023.

8 WHO Consultation on Obesity (‎1999: Geneva, Switzerland)‎ & World Health Organization. (‎2000)‎. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. World Health Organization. https://iris.who.int/handle/10665/42330 Acesso em: 20 set. 2023.

9 ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Obesidade aumenta risco para outras doenças e reduz a vida de 3 a 10 anos. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-aumenta-risco-para-outras-doencas-e-reduz-a-vida-de-3-a-10-anos/ Acesso em: 20 set. 2023.

10 OMS https://www.who.int/health-topics/obesity#tab=tab_1 Obesidade Brasil https://www.obesidadebrasil.com.br/post/medicamentos-que-podem-aumentar-peso

11 MARTINS, Ana Paula B. É preciso tratar a obesidade como um problema de saúde pública. Perspectivas, maio/jun. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-759020180312 Acesso em: 20 set. 2023.

12 Manifesto Obesidade: cuidar de todas as formas. Abeso. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2021/03/Manifesto.pdf

13 ABESO. Associação Brasileiro para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Atualização das Diretrizes para o Tratamento Farmacológico da Obesidade e do Sobrepeso. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Atualizacao-das-Diretrizes.pdf Acesso em: 21 set. 2023.

14LINGVAY, ldiko et at. Semaglutide for cardiovascular event reduction in people withoverweight or obesity: SELECT study baseline characteristics. The Obesity Society, v. 31, n. 1, jan. 2023, p. 111-122. Disponivel em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/oby.23621. Acesso em: 20 set. 2023.

15 Livia Azevedo Bordalo, Tatiana Fiche Sales Teixeira, Josefina Bressan, Denise Machado Mourão, Cirurgia bariátrica: como e por que suplementar, Revista da Associação Médica Brasileira, Volume 57, Issue 1, 2011,Pages 113-120,ISSN 0104-4230, https://doi.org/10.1590/S0104-42302011000100025. Acesso em 29 set 2023.

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Câncer pâncreas é agressivo? Entenda como ele afeta o paciente

Esse tipo de tumor é mais comum no Ocidente e em países industrializados e é tido como o mais agressivo dentre os de origem gastrintestinal

O câncer de pâncreas não está na lista dos dez tumores mais prevalentes entre os brasileiros. Dentre os 483 mil novos casos de cânceres estimados no País durante o triênio 2023-2025, “apenas” 10.980 vão acometer esse órgão, o que significa 2,27% do total. No mundo, os números são parecidos: 2,6% do total de cânceres diagnosticados são de pâncreas, fazendo com que ele ocupe o 14º lugar na lista de incidência, enquanto o câncer de estômago ou câncer de fígado, por exemplo, estão no quinto e sétimo lugar, respectivamente1.

Se o número de casos não chega a ser expressivo, o que realmente chama a atenção nesse tipo de tumor é sua alta mortalidade: no Brasil, em 2020, 11.893 pessoas morreram devido à doença2. E isso, em grande parte, por causa da agressividade com que o tumor se desenvolve.

Agressividade do câncer de pâncreas

“O comportamento biológico do adenocarcinoma de pâncreas é muito agressivo e ele certamente figura entre os tipos de tumor mais severos entre aqueles de origem gastrintestinal”, constata Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Mas sua agressividade não é a única razão para a alta mortalidade, como explica o oncologista: “Historicamente, mesmo aqueles doentes que são diagnosticados com doença precoce e, portanto, ainda passíveis de tratamento cirúrgico com intuito curativo, têm alta chance de apresentar recorrência da doença. E, ao olhar para as taxas de cura de pacientes que foram levados à cirurgia, vemos que no máximo 30% deles estão vivos a pós cinco anos.”

Casos estão crescendo

Nos Estados Unidos, o câncer de pâncreas deve provocar 46 mil mortes em 2040 e ultrapassará o câncer colorretal em taxa de mortaliade. 3

Já no Brasil, a última estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta para 10.980 novos casos para cada ano do triênio de 2023 a 20254. As maiores taxas de incidência na população masculina foram observadas nas Europas Ocidental, Central e Oriental e na América do Norte; enquanto, entre as mulheres, as maiores taxas foram observadas na Europa Ocidental, na América do Norte e no Norte da Europa5.

Outro ponto que tem chamado a atenção dos médicos é sobre os casos em pacientes mais jovens, já que a idade avançada está associada ao aumento do risco de câncer de pâncreas 6

Para o oncologista Vinícius Lorandi existem alguns fatores de risco relacionados que foram mais recentemente identificados: “Um estudo publicado na revista Lance tem 20197, por exemplo, avaliou o impacto da doença em nível mundial e apontou que o tabagismo, a glicose e de jejum alterada (pré-diabetes) e a obesidade figuram entre os principais fatores de risco para esse tipo de tumor”, conta.

O mesmo estudo ainda mostra que a incidência da doença entre 1990 e 2017 mais do que dobrou no mundo: de 190 mil casos em 1990 para 448 mil em 20178. Isso mostra uma tendência de a incidência desse tipo de tumor seguir aumentando de acordo com o envelhecimento da população mundial. “Há muitos outros estudos que relacionam o aumento na incidência de câncer de pâncreas com as dietas ricas em gordura saturada e carne vermelha, especialmente as maturadas ou defumadas. Na contramão dessa estatística, vários estudos mostram uma proteção relacionada ao alto consumo de frutas e vegetais frescos”, relata o médico.

Usar adoçante aumenta o risco desse tipo de tumor?

Ainda sobre as causas da doença, os atuais estudos epidemiológicos têm demonstrado que a resistência a insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina circulando no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose são efetivas causas desse tipo de tumor9. Já sobre o uso de aspartame, que recentemente foi classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um agente potencialmente cancerígeno, ainda não há uma conclusão efetiva, como enfatiza Lorandi. “Embora se deva sempre priorizar a ingestão de alimentos saudáveis e naturais, é preciso cuidado para não tirarmos conclusões precipitadas sobre seu uso.

O que se sabe até agora é que é preciso uma quantidade bastante alta de aspartame para o desenvolvimento de um tumor. Portanto, ainda são necessários mais estudos e tempo para novas conclusões sobre esse tema”, finaliza.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de pânceras e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa para cuidar da sua saúde.

Se você já tem o diagnóstico, leia: Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

Atenção

1 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

2 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

3 JAMA Network: https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2778204

4 Inca: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf

5 FERLAY et al., 2020; SUNG et al., 2021

6 SUNG et al., 2021; WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020

7 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. The Lancet, 2019.

8 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017.

9 Diabetes and pancreatic cancer: What is the link? DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

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ENDO = 1706602 – AA –Saber da Saúde

Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Outras Condições

Reganho de peso: de que forma é possivel evitar?

Falta de aderência ao tratamento e questões de saúde mental estão entre as causas que comprometem a manutenção do peso adequado. Além de recuperar os quilos perdidos, em muitos casos, o paciente engorda ainda mais

Quem já driblou o excesso de peso sabe o quanto é difícil manter os ponteiros da balança em dia. Isso ocorre porque a obesidade é uma doença crônica, que exige um tratamento continuado.

“Há diversas maneiras de se tratar a obesidade e, para escolher a melhor para cada paciente, é preciso considerar o grau de desenvolvimento da doença e seu histórico. Seja orientação nutricional, utilização de medicamentos, abordagens psicológicas ou cirurgia bariátrica, o fator determinante do sucesso do tratamento é a mudança significativa de hábitos, o que exige participação ativa do paciente”, comenta o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Como a obesidade tem várias causas, o tratamento também deve atuar em diversas frentes e, por isso, exige uma atenção multiprofissional. “O papel do especialista responsável pelo paciente obeso ou mesmo o de uma equipe

profissional multidisciplinar é fundamental para detectar os fatores que possam interferir de forma negativa nos resultados pretendidos. Muitas vezes, os pacientes respondem bem ao tratamento da obesidade, mas depois de algum tempo, voltam a engordar”, explica o especialista, lembrando que vários fatores podem levar ao reganho de peso.

A falta de adesão ao tratamento é um deles. Muitas vezes, o paciente faz o acompanhamento especializado durante um período inicial, perde peso e logo interrompe o tratamento. “Quando isso acontece, por exemplo, é muito comum a pessoa não só recuperar os quilos que tinha perdido, mas engordar mais”, fala o médico. “Fatores emocionais e comportamentais, como a presença de episódios de compulsão alimentar ou sintomas depressivos e ansiosos também podem estar relacionados ao reganho de peso.”

Segundo o endoscopista bariátrico Eduardo Grecco, do Instituto EndoVitta, em São Paulo, o reganho de peso pode acontecer também depois de o paciente finalizar o tratamento da obesidade.

“Isso acontece porque fazer a manutenção do peso é um grande desafio. Esse paciente sempre foi obeso e, para ele voltar ao antigo patamar de sobrepeso, é muito fácil. Aos poucos, ele deixa o cuidado com a alimentação e até mesmo a prática de exercícios de lado. Para manter o peso adequado, é fundamental criar rotinas: comer nos horários certos, preferir alimentos saudáveis, não deixar de praticar atividades físicas”, comenta. O médico destaca que é importante o paciente perceber que, com essas atitudes, estará levando uma vida mais saudável e com resultados duradouros.

Veja também:

O metabolismo na obesidade
Alimentação saudável e metabolismo ativo, uma dupla imbatível para driblar a obesidade

Hábitos saudáveis a longo prazo

A melhor forma de evitar reganhos de peso é buscar resultados a longo prazo. Isso significa manter o tratamento da obesidade e dos fatores associados mesmo após uma perda de peso, que, a princípio, contempla o objetivo que se queria atingir. Para isso, vale a pena colocar algumas estratégias em prática, como detalha o médico José Carlos Appolinário:

Reeducação alimentar

As dietas restritivas são inimigas do peso saudável. Aqui, o que importa é a reeducação alimentar. Aprenda a escolher alimentos saudáveis e a fazer refeições equilibradas a longo prazo, incorporando opções nutritivas. Dessa forma, uma quebra ocasional das regras não irá causar grande impacto no tratamento.

Veja também: Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade

Acompanhamento psicológico

Durante qualquer processo de perda de peso, é essencial o acompanhamento psicológico. Esse apoio ajuda a lidar com questões emocionais que estejam disparando um quadro de ansiedade ou um ataque à geladeira. O objetivo é desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis e promover a motivação contínua.

Exercício regular

Não é novidade que a atividade física desempenha um papel fundamental na manutenção do peso. Quanto mais nos movimentamos, mais gastamos calorias e evitamos o acúmulo de gordura corporal. A proposta é praticar um exercício que seja prazeroso, que possa ser incorporado no dia a dia de modo sustentável.

Suporte social

O apoio de amigos, familiares ou grupos de apoio especializados pode ser um grande diferencial na luta contra os quilos a mais. Compartilhar desafios e sucessos com outras pessoas que passam pela mesma jornada é estimulante e encorajador.

Mudança de mentalidade

Perder peso está no foco, mas concentrar-se em melhorar a saúde e o bem-estar de um modo geral é uma maneira de reduzir a pressão quanto aos resultados. Uma abordagem mais duradoura, com a perda gradativa de quilos, pode ser mais bem-sucedida do que um emagrecimento imediato.

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

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Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

Outras Condições

Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

A doença pode acarretar em diabetes, dor abdominal intensa e icterícia. Saiba agora como esses sintomas são manejados durante o tratamento

O fato de uma pessoa ter diabetes de longa data aparece na lista das prováveis causas para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. Hoje, no entanto, o diabetes mellitus tem sido aventado mais como uma consequência desse tipo de neoplasia do que uma causa propriamente dita. “A visão mais recente indica que a resistência insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose sejam efetivas causas do câncer pancreático1”, conta Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Sendo assim, o tratamento do diabetes com o uso de insulina se soma a outras ações terapêuticas que precisam ser tomadas para lidar com as consequências do DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

crescimento de um tumor de pâncreas. Tudo para aumentar o conforto e a qualidade de vida deste paciente.

“Entre essas consequências está a icterícia causada pela obstrução das vias ou canais biliares, que pode ser manejada com drenagem, seja ela feita por meio de stents endoscópicos, por drenagens externas guiadas por imagem e até de forma cirúrgica, com derivação biliar”, cita o médico oncologista.

Já a dor abdominal, bastante comum em casos de neoplasia avançada, costuma ser causada por invasão nervosa do plexo celíaco (rede nervosa de parte do sistema digestório), que fica localizado muito próximo ao órgão, conta Lorandi. “Em casos selecionados, podemos lançar mão de procedimentos guiados por imagem, que "destroem" a capacidade desses nervos de transmitir dor”, finaliza.

1Diabetes and pancreatic cancer: What is the link?

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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O que é mito e o que é verdade sobre o câncer colorretal?

Outras Condições

O que é mito e o que é verdade sobre o câncer colorretal?

Como parte de nossa campanha de conscientização do câncer do intestino "Mexa-se", convidamos a médica especialista em endoscopia Dra. Adriana Vaz Safatle Ribeiro para esclarecer diversos mitos sobre esta condição clínica. Confira: 

  1. O câncer colorretal só afeta pessoas com mais de 50 anos?

Infelizmente não! Nos últimos anos, vêm se observando aumento da incidência de câncer colorretal em pacientes jovens, e as diversas sociedades médicas já orientam o rastreamento a partir dos 45 anos de idade. Cerca de 30% dos pacientes com câncer com idade entre 20 a 49 anos são decorrentes de síndromes de predisposição hereditária e 20% apresentam câncer colorretal familiar. Deve-se ressaltar, contudo, que cerca de 50% dos pacientes jovens não possuem nem síndromes de predisposição hereditária e nem história familiar de câncer colorretal, representando um grande desafio ao diagnóstico. Desta maneira, sinais de alerta, como sangramento nas fezes, devem ser investigados.

  1. A etnia interfere no risco do câncer colorretal?

Sim, indivíduos da raça negra (Afrodescendentes) apresentam uma maior incidência de câncer colorretal. Nestes indivíduos, o início do rastreamento deve ser realizado a partir de 45 anos de idade. Indivíduos nascidos no Alaska, Uruguai e judeus de origem europeia estão também entre os grupos de maior risco de câncer colorretal. 

  1. Mudança de hábitos podem reduzir o risco de ter câncer colorretal?

Sim, hábitos alimentares como a ingesta de fibras presentes em frutas, vegetais e principalmente nos cereais podem ser importantes para reduzir o risco de câncer. Baixo consumo de carne vermelha e processada também pode ser importante para reduzir seu risco. Por outro lado, hábitos como tabagismo e etilismo estão associados ao maior risco do câncer colorretal. A inatividade física, o sedentarismo e a obesidade também estão relacionados ao maior risco. 

  1. Apenas pessoas com histórico familiar de câncer de cólon podem desenvolver a doença?

Pacientes com história familiar de câncer colorretal são considerados de alto risco, devendo se submeter ao rastreamento aos 40 anos de idade ou 10 anos a menos que a idade do diagnóstico do familiar de primeiro ou segundo grau. 

Porém, como em qualquer outro tipo de câncer, o câncer colorretal pode ser multifatorial, tendo grande influência dos fatores ambientais e dos hábitos de vida. Assim, além das possíveis alterações genéticas individuais, determinados hábitos sociais e alimentares podem contribuir para a gênese do câncer. 

Importante salientar que outras doenças que afetam o intestino como doenças inflamatórias, como Crohn e Retocolite, assim como síndromes polipoides estão associadas ao maior risco. 

  1. Obesidade aumenta o risco para desenvolver este tipo de câncer?

Sim, a obesidade está diretamente relacionada a este tipo de câncer, assim como a outros tumores do aparelho digestivo. Assim, a atividade física, hábitos alimentares adequados e cessação do tabagismo devem ser incentivados para que haja a redução do risco do desenvolvimento do câncer colorretal.

 

Recado da Dra Adriana sobre a importância de se prevenir com exames de rotina e a necessidade de ficar atento aos sintomas:

O câncer colorretal aparece, na maioria das vezes, a partir de lesões precursoras, ou seja, de pólipos. Portanto, existe uma janela de oportunidade para se realizar exames de rastreamento, como teste de sangue oculto nas fezes e colonoscopia, os quais podem contribuir para o diagnóstico precoce. Mais importante, a colonoscopia pode, através da ressecção dos pólipos, diminuir o desenvolvimento do câncer colorretal. Ademais, sintomas como sangramento e alteração do hábito intestinal devem ser obrigatoriamente investigados. 

Mexa-se realize os exames, observe os sintomas, mude os hábitos, procure o médico.  

Sobre a Dra. Adriana Vaz Safatle Ribeiro:

- Profa Livre-Docente em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

- Coordenadora do Serviço de Colonoscopia da Disciplina de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da FMUSP

- Médica Assistente do Serviço de Endoscopia do Instituto do Câncer (ICESP - FMUSP)

- Médica Assistente do Serviço de Endoscopia do Hospital Sírio-Libanês

 

Referências:

Knudsen et al., JAMA 2021; 325:1998-2011

Sehgal et al., Gastroenterology 2021;160:2018-2028

Mauri et al., Molecular Oncology 2019;13:109-131

Siegal et al., CA Cancer J Clin 2017;67:177-193

ENDO-1537001-AA

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