Insuficiência cardíaca: quais são os principais sinais e tratamentos?

Coração

Para que o cuidado seja precoce e evite complicações, fique atento aos sintomas como cansaço, falta de ar e inchaço nas pernas

Mais de 2 milhões de brasileiros convivem com a insuficiência cardíaca, que atinge 1% das pessoas entre 55 e 64 anos e 17,4% dos que têm mais de 85 anos. A estimativa é que, nos próximos 15 anos, haja um aumento de 46% nos casos, como reflexo do aumento da expectativa de vida da população.

A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica complexa, em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender as necessidades do organismo, o que pode causar danos a outros órgãos (doença sistêmica). As principais causas são: doença coronariana, hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença valvar, cardiomiopatias, arritmias cardíacas e Doença de Chagas.

O cardiologista Carlos Eduardo Duarte explica que a condição aparece com mais frequência em determinadas faixas de idade. "Por exemplo, a insuficiência cardíaca valvar está nos extremos, tanto em pessoas mais jovens ou em quanto mais idoso for o paciente. Para aqueles com mais de 60 anos, a arritmia pode estar relacionada ao bloqueio de ramos da parte elétrica do coração".

O médico explica, também, que doenças como hipertensão, diabetes e colesterol alto também são fatores de risco que podem levar a um infarto.

Segundo Duarte, a insuficiência cardíaca pode ser classificada pelo status funcional do paciente, que segue uma escala de 1 a 4. "O principal sintoma é o cansaço, então colocamos na classe 1 aquele paciente pouco sintomático aos esforços que fogem aos seus hábitos. Ele não se sente cansado, com falta de ar ou palpitação ao andar ou correr lentamente, por exemplo. Na classe 2, ainda leve, está o paciente que fica cansado nos esforços normais ou maiores, por exemplo, ao subir escadas. No estágio 3 está o paciente que se cansa aos mínimos esforços, aqueles menores que os habituais. Na classe 4 já é o paciente que sente cansaço, mesmo em repouso", explica.

Além da fadiga, os sintomas também incluem falta de ar, inchaço nas pernas e até chiado no peito.

Quando se fala em gênero, a insuficiência cardíaca é mais comum entre os homens, que são os pacientes com mais risco de infarto. No entanto, entre a população mais idosa, os casos entre mulheres são mais comuns em razão da menopausa.

Existe ligação entre insuficiência cardíaca e morte súbita?

A insuficiência cardíaca e a morte súbita estão diretamente relacionadas. Segundo Duarte, 50% desses pacientes podem morrer subitamente sem tratamento adequado. "Mais do que o nível de sintomas, o sinal de alerta nesse caso é o grau da doença. É preciso entender se aquele paciente tem um risco de desenvolver arritmia a ponto de fazer o coração disparar e parar, levando à morte súbita".

Quais são os tratamentos para a insuficiência cardíaca?

Nos casos mais graves de arritmia, a recomendação de boa alimentação, exercícios físicos e medicação correta para a doença crônica pode não ser suficiente, sendo indicado o implante de cardioversor desfibrilador implantável (CDI).

Médico especialista em ritmologia cardíaca, Bruno Papelbaum explica que o dispositivo é capaz de diminuir a mortalidade entre alguns pacientes com risco de morte súbita - ou que já foram recuperados de uma -, que tiveram uma parada cardíaca e foram reanimados. "O CDI consegue reconhecer a arritmia e levar impulsos elétricos Ele funciona como um desfibrilador e evita a morte do paciente", conclui.

Veja também:

Melhor saúde do coração para pacientes com desfibriladores ICD e S- ICD
Viajando com um desfibrilador ICD

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