Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia

Sistema Nervoso

O paciente precisa ser avaliado por especialistas para evitar que a condição seja confundida com outras condições neurológicas 

Ainda que pouco conhecida pelo público em geral, a distonia é um dos distúrbios de movimento mais comuns e afeta cerca de 65 mil brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde, que também estima a incidência de distonia focal em 29,5 casos por 100 mil habitantes¹. A causa mais aceita atualmente é a de que o gânglio basal, parte do cérebro que controla os movimentos, não funciona corretamente ou foi danificado nestes pacientes.

Os principais sintomas da (Distonia) são as contrações musculares prolongadas e involuntárias, que causam torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais, podendo acontecer de forma generalizada ou focal (geralmente cervical) ou ao redor dos olhos. Esses espasmos musculares podem ser dolorosos e interferem nas atividades cotidianas dos pacientes.

A neurocirurgiã Vanessa Holanda explica que a distonia pode ser confundida com outras doenças, como o Parkinson. “A Doença de Parkinson pode ter distonia associada, mas o tremor distônico é diferente. Por isso é tão importante que o paciente seja avaliado por um especialista, que vai checar o local da contração e outros sintomas.”

Assim como o próprio Parkinson, a distonia não tem cura, mas o paciente pode ter uma boa qualidade de vida desde que o tratamento seja feito de forma adequada. A cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda também é uma alternativa para o controle dos sintomas, principalmente quando o tratamento prioritário não atinge os objetivos desejados.

Entenda o diagnóstico e conheça o tratamento da Distonia

Como a distonia ainda é pouco conhecida pela maioria da população e pode ser confundida com outras condições neurológicas, a neurocirurgiã aponta alguns fatores importantes para evitar erros de diagnóstico e obter o tratamento adequado para a doença.

Fique atento com o diagnóstico

Procure uma equipe especializada no assunto. Profissionais com pouca experiência em distonia podem associar os sintomas a outras doenças, causando erro no diagnóstico. “Esse é um ponto muito importante, especialmente no mês de conscientização sobre a distonia. Existe muita confusão, como o caso de pacientes que chegam no pronto-socorro com dores e são tratados como casos de crise convulsiva, por exemplo, e isso gera embaraço social”, explica. 

Comece o quanto antes o tratamento

O rápido diagnóstico evita que a distonia seja confundida com outras condições neurológicas e permite que o paciente comece o tratamento rapidamente, controlando a evolução da doença. 

Não acredite que somente a medicação resolverá o caso

O tratamento adequado da distonia envolve três partes essenciais: a aplicação de toxina botulínica, a administração de remédios orais e a prática de exercícios físicos regularmente. Esta última deve ser tratada com a mesma responsabilidade das demais. Isso porque a atividade física é essencial para ajudar a frear o avanço da doença. 

Atente-se aos fatores psicológicos e emocionais

A ansiedade é um dos pontos agravantes da doença, que pode tensionar ainda mais a musculatura, causando dor profunda ao paciente. Além da medicação adequada e da aplicação de toxina botulínica para relaxamento da musculatura, é fundamental que o paciente evite situações de estresse. 

       

Veja também: Minha missão é viajar por esse mundo e levar informações sobre a distonia

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A desinformação não pode ser um obstáculo para o acesso à saúde. Acreditamos que com informação confiável, pacientes e redes de apoio podem tomar decisões com mais agilidade, obtendo diagnósticos mais cedo e buscando tratamentos cada vez mais eficazes, oferecendo suporte mais adequado para as condições de cada paciente.

[1] Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUShttp://conitec.gov.br/images/Relatorios/2017/Relat%C3%B3rio_PCDT_Distonias_Focais__252_2017.pdf

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