O álcool pode mesmo causar um câncer no fígado?

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Veja como o consumo excessivo está relacionado a problemas hepáticos, o que pode incluir a formação de tumores

Embora seja legalizado e usado recreativamente há muitos séculos, o álcool é, sim, fator de risco para diversas doenças. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o consumo excessivo está ligado a mais de 200 problemas de saúde. Entre eles, transtornos mentais, doenças cardiovasculares, lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito, cirrose hepática e, sim, alguns tipos de câncer, como o de fígado1

Quem explica é o cirurgião oncológico Felipe Fernández Coimbra: “O consumo excessivo e prolongado de álcool está diretamente relacionado ao aumento do risco de câncer de fígado. O mecanismo fundamental por trás dessa relação envolve os danos ao órgão causados pela metabolização do álcool, o que pode levar à cirrose e, eventualmente, a este tipo de câncer.”

Entenda o efeito do álcool no fígado e como isso é prejudicial à saúde

De acordo com Coimbra, o álcool não é apenas uma substância que afeta temporariamente o estado de uma pessoa, mas também pode ter efeitos a longo prazo no funcionamento do fígado e seu potencial dano à saúde é uma questão de extrema relevância.

Veja a seguir o que o cirurgião oncológico destaca como impactos significativos no seu corpo.

Metabolismo do álcool

Toda vez que você toma uma cerveja, um drinque ou uma taça de vinho, o fígado é acionado para metabolizar o álcool no organismo. Assim, o etanol, álcool mais comumente encontrado nas bebidas alcoólicas, é convertido em acetaldeído, uma substância química tóxica e carcinogênica. Este líquido transformado pode danificar o DNA das células do fígado e promover o crescimento de células cancerígenas.

Danos ao fígado e cirrose

Quando o consumo de álcool se torna frequente e excessivo, ou crônico, como os médicos preferem chamar, pode ocorrer um dano ou uma inflamação no fígado, levando a uma condição chamada esteatose hepática, ou "fígado gorduroso". Se o exagero na dose continuar, essa condição pode progredir para a chamada hepatite alcoólica e, eventualmente, uma cirrose hepática, que é o estágio final da doença hepática alcoólica. A cirrose, portanto, aumenta significativamente o risco de desenvolvimento do câncer de fígado.

Alterações imunológicas

Além de tudo o que já foi descrito, há outro problema importante no consumo em excesso de álcool: ele pode alterar a resposta imune do corpo, tornando mais difícil para o sistema imunológico detectar e destruir as células cancerígenas.

Coimbra complementa: “É importante observar que o risco de câncer de fígado relacionado ao álcool não é igual para todos os indivíduos, pois outros fatores como a quantidade consumida, a duração do consumo, a presença de outras doenças do fígado, e a genética podem influenciar o risco em si. Mas a relação entre beber em excesso e o desenvolvimento de um tumor nesse órgão existe, sim”.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de fígado e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa saber.

Se você já foi diagnosticado leia: Fui diagnosticado com câncer de fígado. E agora?

1 Organização Mundial de Saúde: https://www.paho.org/pt/topicos/alcool#:~:text=Est%C3%A1%20associado%20ao%20risco%20de,viol %C3%AAncia%20e%20acidentes%20de%20tr%C3%A2nsito

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