Marca-passo: 5 coisas que você não sabia

Coração

Apesar dos tabus e do medo a respeito do aparelho, tecnologia é segura e proporciona qualidade de vida aos pacientes

Pode até assustar, em um primeiro momento, saber que você, um familiar ou amigo vai passar por uma cirurgia para o implante de um marca-passo. No entanto, a verdade é que essa tecnologia está bem longe de ser uma vilã. Segundo dados do Censo Mundial de Marca-passos e Desfibriladores, cerca de 300 mil brasileiros utilizam marca-passos no País e aproximadamente 49 mil realizam o implante deste tipo de dispositivo por ano.

Indicado para o tratamento de diferentes tipos de bradicardia, condição em que o ritmo cardíaco é irregular ou lento, o marca-passo funciona como um estimulador do coração. Para casos mais específicos, a tecnologia pode também funcionar como um desfibrilador, dando o choque responsável por reverter uma arritmia capaz de levar à morte súbita.

O cardiologista Alexsandro Alves Fagundes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), explica que o marca-passo funciona como um pequeno computador que identifica a necessidade e faz a estimulação adequada ao coração do paciente. "Às vezes a bateria tem uma sofisticação que o torna mais que um marca-passo, é um desfibrilador que pode reverter uma parada cardíaca, chamado de cardioversor desfibrilador implantável (CDI). Ele recebe todas as informações sobre o ritmo do coração, por meio de um eletrodo que capta esses sinais, e entende se precisa modificar a frequência ou emitir um choque, por exemplo. Tudo vai depender de como o médico programou e qual é o objetivo para aquele paciente."

Ainda assim, ter uma tecnologia capaz de auxiliar o ritmo cardíaco não é impeditivo para uma vida normal. De acordo com Fagundes, a patologia é o que vai definir a mudança no estilo de vida do paciente.

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Rotina e manutenção

Ainda que o paciente possa ter uma vida normal, é importante manter a manutenção do aparelho em dia, com avaliação e check-up a cada seis meses. O marca-passo precisa ser trocado de 8 a 10 anos após sua colocação, em média.

Segurança da informação

Apesar de ser um aparelho de alta tecnologia, o marca-passo não pode ser hackeado. "Um hacker não pode entrar em um marca-passo e modificar sua programação porque o dispositivo é capaz de emitir as informações para um servidor, mas não de recebê-las de uma fonte externa", desmistifica o médico.

Alta complexidade e pequeno porte

Fagundes explica que, apesar da alta complexidade, a cirurgia para colocação de um marca-passo é considerada de pequeno porte, levando de 40 minutos a uma hora, com leve sedação, acompanhamento radiológico e alta no dia seguinte.

Tabus sobre o marca-passo

Muito se fala sobre os perigos associados ao aparelho, como o uso de controle remoto, geladeira, telefone sem fio, chuveiro elétrico e outros. "Tudo isso é um tabu, não há embasamento algum. Algumas atividades de fonte eletromagnéticas podem gerar danos mais sérios, mas tudo está mudando. Antes, não era possível fazer ressonância magnética, agora, os novos modelos já são compatíveis com esse tipo de exame".

Retorno às atividades

De acordo com o cardiologista, alguns pacientes podem voltar à antiga rotina de forma integral, até mesmo os atletas. No entanto, tudo vai depender da doença do paciente e da avaliação de sua condição geral. Em alguns casos, pode ser necessário uma cirurgia maior ou até mesmo um transplante de coração.

Agora que você se informou sobre insuficiência cardíaca, aproveite e acesse demais conteúdos sobre Coração.

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