Por que o intestino é chamado de segundo cérebro?

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Manter uma mente equilibrada ajuda a controlar a saúde intestinal e a aumentar a imunidade, mas o inverso também é verdadeiro.

Tudo começa no nervo vago, que mais parece um cano que atravessa todo o corpo humano e fica mandando informações para todos os lados. É ele quem envia as mensagens do cérebro diretamente para a microbiota intestinal. Esta, por sua vez, pela via circulatória, avisa o cérebro a quantas anda a sua produção de IgA, uma imunoglobulina que desencadeia todo o processo imune. E dessa troca entre dois órgãos tão distantes ("eixo cérebro-intestino") resulta uma das ações mais importantes do organismo, que implica não só na saúde, mas também na doença mental.1

Para melhorar a conexão entre o intestino e o cérebro, o papel da microbiota é fundamental. “São as bactérias que lá habitam que produzirão nutrientes importantes para o cérebro, como as vitaminas B12, K e riboflavina (B2). Então, dá para dizer que nós dependemos do intestino para alimentar o cérebro e fazer com que ele funcione saudavelmente”, enfatiza Joaquim Prado Moraes-Filho, Professor Associado de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP e editor da Revista da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Quando algo não vai bem no intestino, o cérebro também sente. “Se antes tínhamos as doenças funcionais do intestino, hoje falamos em doenças de desequilíbrio entre a função cérebro-intestinal, porque esses dois órgãos ficam trocando informações a todo o tempo”, explica o professor.

Hoje, as evidências mostram que a saúde cerebral - e por consequência mental - depende fortemente da saúde da microbiota2. “Pouca gente sabe, mas cada microbiota intestinal, além de ser única, atua em uma série de fatores comportamentais que alteram o cérebro e, consequentemente, o intestino. E o contrário também é verdadeiro, ou seja, pessoas em estados de ansiedade ou alto estresse devem perceber que o intestino costuma ‘soltar’ nesses momentos”, finaliza.

1Joaquim Prado Moraes-Filho, Professor Associado de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP e editor da Revista da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
2Intestinal microbiota in digestive diseases. MORAES-FILHO J P. Arq. Gastroenterol. 54 (3) • July-Sept 2017

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