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CONDIÇÃO CLÍNICA

Recorte do início do texto resumido do artigo, com no máximo 3 linhas de parágrafo e término em reticências. Como são artigos em maior destaque, o texto introdutório pode ser um pouco maior, como um resumo da matéria de verdade e que já traga alguma informação para o público mesmo que a pessoa não clique para ler a matéria completa, é um direito dela e somos todos livres…

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Ampliação do acesso e letramento do paciente ajudam a melhorar o cuidado e os resultados dos tratamentos

A produção acelerada e em grande volume de conhecimento científico e de tecnologias em saúde pode deixar os médicos sobrecarregados em meio a novos diagnósticos e opções de tratamento. Por isso, a chamada democratização da informação em saúde tem o potencial de melhorar o cuidado, já que pode colocar o paciente como um sujeito participativo de todo o processo. 

Denominada tomada de decisão compartilhada (TDC), a estratégia é uma das que surte os melhores efeitos no engajamento do paciente. No entanto, para que funcione de fato, há a necessidade de estabelecer confiança mútua e respeito entre o paciente e o profissional de saúde, tornando os vínculos mais fortes e duradouros entre os envolvidos[1]. E isso só acontece com acesso à informação em Saúde.

Como encontrar informação confiável

Para Aline Albuquerque, professora da Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB), diretora do Instituto Brasileiro de Direito do Paciente e coordenadora do Observatório Direitos do Paciente, a busca pela informação de qualidade pode começar pela internet mesmo. Em meio a tantos dados disponíveis hoje em dia, é preciso saber os caminhos para encontrar a melhor informação em Saúde possível”, resume. Veja dicas para começar:

  1. Faça uma busca por artigos técnicos e científicos. Ferramentas e portais na internet, como o Google Acadêmico, Scielo, Lilacs, ou os relatórios para a sociedade do Comitê Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) são uma boa forma de começar pesquisar sobre a sua condição de Saúde e as últimas pesquisas sobre o tema. Isso porque artigos científicos  são resultados de anos de pesquisa por especialistas, seguem padrões rigorosos de produção e revisão por pares. Segundo a professora, a busca nestas fontes não significa que o artigo não possa ter viés, mas elas são mais confiáveis que as não-científicas.
    De preferência, leia sempre mais de um conteúdo e de fontes diferentes para ter uma visão mais ampla sobre o assunto procurado.

  2. Procure as sociedades médicas. Outro local que reúne o conhecimento científico para cada área de atuação em saúde são os portais das sociedades médicas. Em muitas delas há área destinada aos pacientes, com uma linguagem mais acessível.

  3. Acesse as fontes governamentais. Agências reguladoras como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além do Ministério da Saúde do Brasil possuem redes sociais e sites para se comunicarem diretamente com a população. Quem puder ler em inglês também pode acessar sites como o FDA (Food and Drug Administration, a agência reguladora de medicamentos e alimentos nos EUA), além da Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Panamericana de Saúde (OPAS) – que também publica alguns artigos em português em seu site -  e o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), do Reino Unido.

Identificar informações de qualidade e se preparar para tomar decisões melhores sobre saúde é de suma importância para o paciente, mas essa responsabilidade também deve ser compartilhada por outros produtores de conhecimento, como as sociedades médicas, instituições acadêmicas e órgãos governamentais. As chamadas fake news são um problema na área da saúde e as sociedades médicas podem se organizar para combatê-las. Cabe ao paciente denunciar sempre que perceber algo falso”, explica Aline. Conheça outras dicas para identificar uma fake news.

Dicas práticas para evitar fake news em saúde

  • Busque sempre a origem da informação. Sempre que receber uma notícia ou uma mensagem compartilhada em rede social, procure saber quem é a fonte. Questione se a informação que recebeu vem de um estudo, da observação de alguns casos clínicos ou de um relatório da OMS, por exemplo. Ser crítico em relação à informação recebida é importante”, afirma Aline.
  • Não compartilhe informações que não sejam confiáveis. As fake news costumam se espalhar com facilidade por meio do compartilhamento das informações, seja por rede social ou por aplicativos de mensagens. Portanto, se não tiver certeza sobre os dados que recebeu, nem conseguiu comprová-los em outros veículos oficiais, não repasse para os seus contatos.
  • Denuncie informações incorretas nas redes sociais. Facebook, Instagram e outras plataformas de redes sociais têm seus próprios mecanismos de denúncia, que costumam ser bem intuitivos. Ao usá-los, você evita que outras pessoas recebam uma informação falsa e/ou incorreta.
  • Se puder, avise as sociedades médicas sobre a informação falsa. Pacientes que se sintam mais engajados no tema podem até mesmo avisar as sociedades médicas sobre uma informação inverídica circulante. Os sites costumam ter e-mail de contato para isso e, recebendo a denúncia, podem se organizar para buscar o Ministério Público e tomar as medidas cabíveis.

Mais paciente, menos passivo

Toda pessoa tem o direito básico de participar das decisões que afetam a sua vida.2 Mas, para que esse direito se torne efetivo, o paciente deve estar informado e apoiado para que se envolva, adquira informações sobre testes, opções de tratamento, benefícios e os riscos inerentes a cada opção3. A isso, chamamos engajamento do paciente. 

Ninguém nasce sabendo ser um paciente nem um participante ativo do seu próprio cuidado. É preciso aprender essas habilidades e os sistemas de saúde podem prover informações e educar essas pessoas para tal”, enfatiza a especialista.

Para saber mais sobre seus direitos, consulte a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde

e a Lei dos Planos de Saúde 5

Check-list para a sua próxima consulta6

  • Crie o hábito de fazer uma lista de pontos importantes para conversar durante a consulta;
  • Comunique ao seu profissional de saúde qualquer mudança no seu estado de saúde e nas medicações em uso;
  • Tenha certeza de que, de fato, compreendeu todas as orientações. Na dúvida, pergunte novamente;
  • Anote o que for mais importante ao final da conversa. Assim, se você esquecer, pode consultar sua anotação,
  • Lembre-se de que o profissional de saúde que o/a acompanha é seu parceiro nas decisões que você irá tomar em relação à sua saúde.

ATENÇÃO: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Paciente, conheça melhor seus direitos

Acesso á Saúde

Paciente, conheça melhor seus direitos

Estar bem-informado é a melhor forma de garantir um bom atendimento, especialmente em situações complexas. Só assim o cuidado será mesmo centrado no paciente

Ninguém nasce sabendo ser um paciente e muito menos um paciente ativo com o próprio cuidado em saúde. Por isso, é importante educar e informar as pessoas para que saibam como agir durante uma consulta médica e conheçam bem seus direitos, com ferramentas como a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde1 e a Lei dos Planos de Saúde2

Educar o paciente significa, por exemplo, mostrar para as pessoas que elas podem fazer perguntas para o profissional de saúde durante uma consulta e que têm o direito de ser escutadas e informadas, para poderem tomar decisões sobre a própria vida e a própria saúde. Mas, no atendimento diário, muita gente ainda não sabe disso”, alerta Aline Albuquerque, professora da Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB), diretora do Instituto Brasileiro de Direito do Paciente e coordenadora do Observatório Direitos do Paciente.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos em 2019 mostra que os pacientes costumam ser interrompidos pelos médicos com apenas 11 segundos de fala3, antes mesmo que possam explicar suas queixas e dúvidas. E, sem informação adequada, não há como acontecer um real engajamento dos pacientes em seus tratamentos. Quem não é devidamente informado, não entende o que está acontecendo com sua saúde e dificilmente vai participar do cuidado”, resume Aline.

5 direitos assegurados a todos os pacientes4

  1. Direito à informação.
  2. Direito de participar de decisões sobre seus cuidados em Saúde.
  3. Direito de consentir - ou não - com um tratamento ou procedimento.
  4. Direito a que alguém de sua confiança esteja presente na consulta.
  5. Direito a pedir uma segunda opinião sobre seu diagnóstico, tratamento ou exame.

Como deve ser a comunicação entre o profissional de saúde e o paciente?

A professora de bioética deixa claro que o sistema de saúde brasileiro é muito complexo e com uma grande assimetria de informação entre os que detêm o conhecimento e os que não têm. Por isso, é preciso pensar em mecanismos diferentes de acesso à informação, para que o paciente entenda, de fato, o que foi explicado e possa cuidar de sua saúde da melhor forma possível.”

Para isso acontecer, é fundamental falar sobre a empatia clínica do profissional de Saúde, continua Aline. Somente com empatia esse profissional consegue avaliar o quanto de informação o paciente é capaz de absorver naquele momento da consulta e qual é a melhor forma de entregá-la para uma correta compreensão.

Para poder informar bem um paciente, é preciso entender também o quanto de conhecimento ele está disposto a receber naquele momento. Para que ocorra um cuidado centrado no paciente, é ele quem vai dizer como e quando quer ter acesso à informação em Saúde”, diz. No entanto, como enfatiza a especialista, ainda não existe nenhuma política pública de letramento em saúde no Brasil, tampouco exemplos expressivos desse tipo de manejo da informação e acesso nos planos de saúde.

Conheça agora os direitos e deveres dos pacientes do SUS5

  1. Toda pessoa tem direito ao acesso a bens e serviços ordenados e organizados para garantia da promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação da saúde.
  2. Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu problema de saúde.
  3. Toda pessoa tem direito ao atendimento humanizado, realizado por profissionais qualificados, em ambiente limpo, acolhedor e acessível a todos.
  4. Toda pessoa deve ter seus valores, sua cultura, crença e seus direitos respeitados na relação com os serviços de saúde.
  5. Toda pessoa é responsável para que seu tratamento e sua recuperação sejam adequados e sem interrupção.
  6. Toda pessoa tem direito à informação sobre os serviços de saúde e as diversas formas de participação da comunidade.
  7. Toda pessoa tem direito a participar dos conselhos e das conferências de saúde e de exigir que os gestores federais, estaduais e municipais cumpram os princípios estabelecidos na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde (conteúdo completo em www.saude.gov.br).

Em diversas esferas e locais estão acontecendo discussões importantes sobre como prover saúde para a população, incorporar tecnologias e trazer mais valor à assistência. Órgãos como o National Institute for Health and Care Excellence (Nice), no Reino Unido, avaliam as tecnologias para incorporação e monitoram seus impactos na vida real, definem diretrizes que apoiam a tomada de decisões de médicos e pacientes e desenvolvem indicadores para medir os resultados de intervenções e tratamentos. No Brasil, o órgão responsável por realizar essas mesmas funções do NICE no Reino Unido é a CONITEC – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde no SUS.

Aline, cita, também, as parcerias público-privadas para compartilhar conhecimento entre instituições governamentais e empresas privadas. Um exemplo é o acesso a medicamentos de alto custo para doenças raras. Países da Europa, por exemplo, estão pensando em alternativas de parceria público-privada com a indústria farmacêutica para uma transferência de tecnologia que pode ser interessante para os dois lados. Pensar em novos modelos de arranjo é, portanto, uma forma de facilitar o acesso desses pacientes”, conta a professora.

Aqui no Brasil, a colaboração entre os setores público e privado é ampliada em iniciativas como as parcerias para o desenvolvimento produtivo, conforme as políticas do Ministério da Saúde para fortalecimento do SUS, com o  Complexo Econômico Industrial da Saúde6 e o projeto Modelos de Remuneração Baseados em Valor7, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Tenho um plano de saúde: como saber quais são os meus direitos?8

Ao adquirir um plano de saúde, alguns pontos do contrato assinado são muito importantes para garantir que você receba o serviço que deseja. Por isso, leia atentamente o documento e fique atento aos seguintes trechos:

  • Tipo de plano: normalmente são divididos em individual, familiar ou coletivo (quando o plano é empresarial)
  • Segmentação: saiba se o contrato tem cobertura ambulatorial, hospitalar, odontológica etc.
  • Rede credenciada: leia a listagem de hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais que fazem parte do plano contratado e saiba se atendem ao que você precisa.
  • Tipo de acomodação: divididos entre quarto ou enfermaria.
  • Abrangência geográfica: há planos com cobertura nacional e outros apenas estaduais, ou até municipais.

Quando o plano de saúde nega a cobertura: o que fazer?

A depender do contrato assinado com a operadora de saúde, o paciente tem direitos importantes garantidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entre eles, direito a medicamentos de alto custo, atendimento de urgência ou emergência em qualquer serviço de saúde e até mesmo direito à remoção para um serviço capaz de resolver seu problema em caso de lesão grave ou risco à vida.

Consulte a lista de cobertura obrigatória para planos de Saúde da ANS

É fundamental estar ciente das regras do setor de saúde suplementar para utilizar os serviços do plano da melhor forma possível. Sempre que tiver dúvidas, acesse a página de Direitos do beneficiário, da ANS.

ATENÇÃO: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Telemedicina: como usar a consulta remota para facilitar o acesso à Saúde

Acesso á Saúde

Telemedicina: como usar a consulta remota para facilitar o acesso à Saúde

São muitas as possibilidades de assistência em saúde trazidas pelo atendimento online, mas é preciso que os dois lados da tela conheçam seus direitos e saibam o que fazer

Durante a pandemia de COVID-19, a telemedicina foi fundamental para garantir aos brasileiros o acesso a uma consulta médica, quando a recomendação dos órgãos oficiais de Saúde era ficar em casa para conter a transmissão do coronavírus. Antes disso, porém, a discussão sobre o que poderia (ou não) ser feito de forma remota durou décadas, até que, em 28 de dezembro de 2022, foi aprovada a Lei nº 14.510/22, que regulamenta a prática da telessaúde e telemedicina no Brasil ¹.

A telemedicina hoje é um poderoso meio de acesso da população a especialistas, especialmente em regiões remotas do país. Também é uma forma eficiente de poupar tempo em grandes cidades e evitar deslocamentos desnecessários para consultas em que não é preciso o contato físico com o profissional da Saúde.  Tanto que, também em 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou a prática médica mediada por tecnologia e serviços de telecomunicação ²

Como, então, o paciente pode tirar melhor proveito dessa modalidade?

Primeiro, é preciso saber quais são os serviços que a telessaúde e a telemedicina englobam. O termo telessaúde, mais amplo, inclui modalidades como a própria telemedicina, mas também a teleenfermagem e a telefarmácia, por exemplo ³.

Sendo assim, por meio dessa prática, o paciente pode tirar dúvidas sobre seu tratamento de saúde, compartilhar os resultados de seus exames de modo online com o médico, receber orientação da enfermagem sobre medicamentos e procedimentos ou até mesmo tomar medidas de emergência, antes de se dirigir ao pronto-socorro.

Para tanto, algumas medidas devem ser tomadas pelo paciente, onde ele estiver. São elas:

  •        Preparar perguntas com antecedência para fazer ao profissional da Saúde
  •        Garantir que a conexão com a internet esteja boa antes de ingressar na consulta
  •        Vestir-se adequadamente, como se estivesse presencialmente na consulta médica
  •        Estar em um lugar silencioso, para poder ouvir bem as orientações

Ainda, no contexto da telemedicina, se aplicam os mesmos princípios da prática médica presencial.

Conheça os seus direitos no contexto da telemedicina 4

  1. Direito ao consentimento informado e direito de participar da tomada de decisão
  2. Direito à confidencialidade dos dados
  3. Direito ao acesso ao prontuário
  4. Direito à informação
  5. Direito ao cuidado em saúde de qualidade e seguro
  6. Direito à apresentação de queixa

Do outro lado da tela

Uma vez que a interação humana é essencial para o cuidado em Saúde, como, então, deve ser usada uma ferramenta como a telemedicina? Quem responde é Aline Albuquerque, professora da Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB), diretora do Instituto Brasileiro de Direito do Paciente e coordenadora do Observatório Direitos do Paciente. “É verdade que tanto profissionais da Saúde como pacientes ainda têm medo de perder a interação humana ao usar uma tela e que o toque se faz prioritário em muitas consultas para um diagnóstico preciso. Mas há momentos em que uma consulta remota pode ser possível e ela será ainda melhor se houver empatia.”

Uma pesquisa feita com 527 pacientes e 20 profissionais da Saúde que usaram a telemedicina durante a época da pandemia demonstrou que, embora houvesse certas barreiras para que a empatia pudesse ser expressada por meio de uma tela, nenhum obstáculo importante foi relatado. Sendo assim, demonstrar empatia parece ser possível por meio da telessaúde. 5

Verdades e mentiras sobre telemedicina 6

  •        Só existe telemedicina nos planos de saúde.
Falso. A telemedicina é legal, regulamentada no Brasil e está disponível tanto no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) como na saúde suplementar. Esse tipo de atendimento engloba o atendimento pré-clínico (suporte assistencial), de consulta, monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia da informação e comunicação.
 
  • Todo atendimento em saúde deve ser feito pela telemedicina.

Falso. O médico tem a liberdade e completa independência para decidir se utiliza ou não os recursos da Telemedicina, e pode indicar a consulta presencial com seu paciente sempre que entender necessário.
 
  • A consulta em telemedicina fica registrada no prontuário médico.
Verdade. Para cada paciente atendido por telemedicina o médico deverá elaborar prontuário contendo os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. 
 
  • A receita médica online tem a mesma validade que a física, obtida na consulta presencial.
Verdade. Mas elas devem ser emitidas com o uso de assinatura eletrônica, por meio de certificados e chaves emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil especialmente as receitas de controle especial e de antibióticos.
 

 Telemedicina para pacientes vulneráveis

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da  Organização Mundial da Saúde (OMS), já disse que “as tecnologias digitais não são fins em si mesmas; [mas que] são ferramentas vitais para promover a saúde, manter o mundo seguro e servir aos vulneráveis.” 7

Por vulneráveis, entende-se crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência e sob cuidados de saúde mental. No entanto, sempre que o profissional de Saúde se sentir incapaz de manter o padrão de cuidado exigido para determinada situação clínica devido às limitações técnicas da telemedicina, deverá encaminhar o paciente para uma consulta presencial. 8

“Em muitos aspectos, a telemedicina aumenta o acesso a cuidados em saúde, reduz o tempo de espera de deslocamento e nas consultas, bem como os custos. Mas é preciso criar um ambiente seguro - ainda que virtual - para que isso aconteça”, deixa claro a cartilha de Telemedicina e Direitos do Paciente formulada pelo Instituto Brasileiro de Direitos do Paciente (IBDPAC). 

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

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Tremor essencial: 40 anos de espera pelo diagnóstico certo

Histórias

Tremor essencial: 40 anos de espera pelo diagnóstico certo

Não poder realizar movimentos da forma certa e na velocidade necessária é uma das piores limitações que a doença traz. Por isso, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) mudou a vida de Marcos Ferruzzi

Marcos Ferruzzi, 58 anos, estava em uma aula dentro de um laboratório, aos 18 anos, manuseando instrumentos bastante sensíveis, quando notou um pequeno tremor que dificultava essa tarefa. Não era nada muito marcante, apenas uma primeira manifestação daquilo que seria diagnosticado 40 anos depois como Tremor Essencial. 

“O tremor era ainda muito modesto, mas já me incomodava bastante no dia a dia. O problema é que eu nem sabia qual especialista deveria consultar”, conta Marcos. E esse é um dos principais pontos de demora no diagnóstico correto da doença: o desconhecimento de quem é o médico  especializado em Tremor Essencial, neste caso, o neurologista especialista em Distúrbios do Movimento. 

Marcos começou sua jornada consultando um clínico geral e passou também por consultas com um cardiologista, até chegar ao consultório do neurologista. “Ainda assim, eu fiz dezenas de exames ao longo de décadas sem saber ao certo o que eu tinha.” Enquanto isso, os tremores aumentavam em intensidade.

Só mais recentemente Marcos descobriu o nome da doença: paraparesia, um quadro descrito pela classificação internacional de doenças (CID).  “Muita gente acha que o problema maior são os tremores, mas isso, para mim, é o de menos. Bem pior são as limitações que eles causam, como a falta de coordenação motora e a perda da força - eu não conseguia, por exemplo, segurar uma xícara de café e nem escrever.”

Veja também: Além dos tremores, eu tinha câimbras horríveis, não gosto nem de lembrar

Diagnóstico e tratamento do Tremor Essencial

A vida do Marcos mudou há dez anos, quando soube da existência de um procedimento cirúrgico que poderia ajudá-lo. “Foi minha filha caçula, que fazia estágio na Boston Scientific, que me contou pela primeira vez sobre a Estimulação Cerebral Profunda (ou DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation)  e a partir disso resolvi me informar mais”, lembra. 

 Demorou mais cinco anos até que Marcos voltasse ao seu médico neurologista para pedir pela realização da cirurgia para o implante. “Eu ainda não estava em uma situação considerada crítica, o meu tremor era moderado na época, embora viesse em uma crescente de piora do quadro. Só que a minha mãe tinha tremores graves, que pioraram a partir dos 60 anos, e o mesmo poderia acontecer comigo por causa da hereditariedade da doença”, conta Marcos. 

Depois da cirurgia, Marcos está bem. Seu estimulador tem um tempo de vida estimado em até 25 anos* e, com ele, sua mão direita deixou de tremer totalmente. “Hoje levo uma vida social ativa e não me sinto mais marginalizado pela condição que eu tinha. Foram 40 anos vivendo com a doença e completo agora dois anos e dois meses da cirurgia que mudou completamente o curso dela”, celebra.

Quer saber mais sobre tremor essencial? Entenda os fatores de agravamento da doença.

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