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Estimulação cerebral profunda: mais uma opção no tratamento da distonia

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O procedimento é cada vez mais indicado para o controle dos sintomas mais severos da doença, já que ajuda a recuperar a qualidade de vida

Distonia é um distúrbio neurológico caracterizado por contrações musculares prolongadas e involuntárias que causam torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais. A doença afeta de 30 a 50 em cada cem mil pessoas no mundo, com a agravante de seus espasmos musculares serem muito dolorosos, interferindo diretamente na qualidade de vida1. É por isso que tratamentos que trazem alívio aos sintomas são cada vez mais procurados.

“A Estimulação Cerebral Profunda ou DBS (sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) tem se tornado um procedimento padrão para pacientes com distonia e que não respondem bem a tratamentos convencionais, como medicamentos, terapias de reabilitação e aplicação de toxina botulínica”, lista Felipe Mendes, neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e médico pioneiro na técnica cirúrgica de aneurisma com paciente acordado em Minas Gerais.

Além disso, o procedimento pode ser uma opção para pacientes com condições graves e incapacitantes, que têm suas vidas afetadas significativamente, principalmente nos casos de distonias primárias e hereditárias.

Antes de fazer a cirurgia

Todos os pacientes passam por uma avaliação médica detalhada, incluindo exames de imagem como a ressonância magnética, para identificar as áreas-alvo apropriadas para o implante dos eletrodos. Além disso, é realizada uma avaliação neuropsicológica, que mapeia as funções cognitivas dos pacientes, como atenção, memória e raciocínio, além de diagnosticar possíveis alterações de humor como depressão e ansiedade.

“A equipe médica - formada por neurologistas, neurocirurgiões, neurofisiologistas e neuropsicólogos - discute detalhadamente cada caso para explicar ao paciente e seus familiares os riscos e benefícios e alinhar expectativas”, conta Mendes.

Durante o procedimento

O neurocirurgião explica que, por meio de um procedimento cirúrgico, eletrodos são introduzidos em alvos específicos do cérebro e conectados a um gerador que fica na região subcutânea (embaixo da pele), próximo à clavícula. “O estimulador é programado por um controle remoto portátil para modular os sinais nervosos anormais que causam as contrações musculares descontroladas da distonia, reduzindo, dessa forma, os sintomas que impactam sobremaneira a qualidade de vida de quem sofre desses distúrbios.”

E depois, como é o pós-operatório?

Após a cirurgia, como são feitos pequenos cortes para a introdução do dispositivo, o paciente deve ser cuidadoso, para prevenir infecções e garantir uma cicatrização rápida. “É no pós-cirúrgico também que fazemos a programação do sistema de estimulação, com ajustes para otimizar o controle dos sintomas”, explica o médico. Como em muitas outras cirurgias, atividades de esforço excessivo estão vetadas até que o médico avalie que o paciente está apto a retomá-las.

Quer saber mais sobre essa condição? Confira 5 mitos que ainda existem sobre a distonia

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.

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FONTES

1 Distonia. Estimulação Cerebral Profunda, Site da Boston Scientific.

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Existem muitos e diferentes tipos de distonia, mas, em comum a todas elas, está o fato de o diagnóstico ser sempre clínico1. Por essa razão, pode acontecer de ocorrer uma dificuldade na hora de comprovar o quadro. Há casos de distonias focais que costumam ser diagnosticadas já na primeira avaliação, sem necessidade de exames complementares mais complexos, enquanto outras formas da doença exigem um estudo mais aprofundado rumo a um diagnóstico preciso.

Além disso, alguns tipos de distonia podem ter início gradual e progredir ao longo do tempo, tornando a identificação precoce mais difícil. Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, explica que o processo de diagnóstico da distonia muitas vezes envolve a exclusão de outras condições neurológicas que podem apresentar sintomas semelhantes. “Para tal, é importante ouvir e compreender bem as queixas de cada paciente e realizar um exame físico neurológico completo dentro do consultório”, resume.

Ainda podem ser necessários exames de imagem, como a ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para descartar lesões cerebrais ou outras anormalidades. “A realização de testes genéticos e o monitoramento de sintomas para entender a evolução da doença também são ferramentas importantes, que contribuem para o diagnóstico e tratamento adequados”, complementa.

Isso porque a melhor forma de tratamento depende muito do tipo específico de distonia, como explica o neurocirurgião. “O plano de tratamento é personalizado e, muitas vezes, conta com uma equipe multidisciplinar composta por vários profissionais da saúde, como neurologistas, neurocirurgiões, neurofisiologistas e neuropsicólogos, sempre com o foco em restabelecer a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados.”

No entanto, o mais importante é que o paciente chegue ao médico especialista, que neste caso é o neurologista especialista em distúrbios do movimento. “Esses profissionais têm o conhecimento necessário para diagnosticar a condição mais precocemente e propor as melhores formas de tratamento. Quando existe a necessidade de tratamento cirúrgico, o neurologista encaminha o paciente para a avaliação de um neurocirurgião”, finaliza Mendes.

Quer saber mais sobre a doença? Descubra os 5 mitos que ainda existem sobre a distonia.

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Doença de Parkinson e Tremor Essencial: reconheça as diferenças

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Parkinson x Tremor Essencial: saiba as diferenças

Os sintomas, algumas vezes parecidos, fazem com que muitos confundam essas duas doenças. E, mesmo desconhecido, o Tremor Essencial supera os casos de Parkinson

Embora possam apresentar sintomas semelhantes, como os tremores, é preciso deixar claro que a doença de Parkinson e o Tremor Essencial são condições neurológicas bastante diferentes. Enquanto a doença de Parkinson é causada pela degeneração progressiva das células nervosas produtoras de dopamina na substância negra do cérebro, o Tremor Essencial é um distúrbio neurológico do movimento 1, com alto componente genético.

“Na doença de Parkinson, além do tremor, os pacientes podem apresentar sintomas como rigidez muscular, bradicinesia [movimentos lentos], instabilidade postural e outros sintomas como diminuição do olfato, distúrbios do sono e piora cognitiva [demência]”, explica Felipe Mendes, neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e médico pioneiro na técnica cirúrgica de aneurisma com paciente acordado em Minas Gerais.

Já o Tremor Essencial é caracterizado por tremores rítmicos, involuntários e oscilatórios, que geralmente afetam as mãos, mas podem ocorrer em outras partes do corpo. O especialista resume: “Ao contrário do Parkinson, os pacientes com Tremor Essencial não apresentam outros sintomas motores significativos.”

Saiba mais sobre a diferenças entre os tremores

Doença de Parkinson Tremor essencial Doença de Parkinson Tremor essencial

A progressão da doença é muito variável e desigual entre os pacientes.

O início dos tremores é desencadeado por atividades específicas, como segurar objetos ou realizar movimentos finos e pode começar em qualquer idade, sendo mais comum em adultos mais velhos.

Frequentemente chamado de "tremor de repouso", surge quando a pessoa não está fazendo atividades e diminui durante o movimento.

Os tremores podem piorar em situações em que as pessoas se sintam mais nervosas e ansiosas e, curiosamente, podem diminuir durante o consumo de bebidas alcoólicas.

 

E o tratamento, pode ser igual?

Em partes sim. Mendes descreve que, no Parkinson, o tratamento inicialmente envolve medicamentos para aumentar os níveis de dopamina, além de reabilitação com fisioterapia e terapia ocupacional. Em casos selecionados, a Estimulação Cerebral Profunda, também conhecida como DBS (sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) também é indicada.

O Tremor Essencial, por sua vez, é inicialmente tratado com medicamentos como os beta-bloqueadores, além de terapias ocupacionais e comportamentais. “Porém, quando não há melhora ou os sintomas são incapacitantes, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) também surge como uma boa opção de tratamento”, finaliza.

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5 mitos que ainda existem sobre a distonia

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5 mitos sobre a distonia que você precisa conhecer

Essa condição neurológica costuma provocar dores e espasmos que atrapalham a vida do paciente. Mas a falta de informação é igualmente perigosa

A distonia é uma doença complexa e pode se apresentar de diferentes formas para cada paciente. Em comum, está o fato de ainda existirem muitos mitos envolvidos, atrapalhando o bom entendimento para a busca do tratamento adequado.

Com a ajuda de Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, desvendamos os principais deles:

1. Distonia é sempre igual

Não é verdade. A distonia é um distúrbio neurológico do movimento muito complexo e altamente variável, caracterizado por contrações musculares involuntárias, afetando desde crianças pequenas a adultos mais velhos. A causa exata da distonia ainda não é conhecida, mas a suspeita é de que haja um funcionamento anormal dos gânglios da base, uma parte profunda do cérebro que ajuda a controlar a coordenação dos movimentos.

A distonia pode ser classificada levando em consideração fatores como idade de início dos sintomas, áreas do corpo afetadas e a causa subjacente. Um exemplo é a distonia focal, limitada a uma área específica do corpo, como o pescoço (distonia cervical ou torcicolo espasmódico), os olhos (blefaroespasmo), a mandíbula, a boca e a face interior (distonia oromandibular), as cordas vocais (distonia laríngea), e os braços e pernas (distonia de membro).

2. Pouco ainda se sabe sobre esse quadro

A ciência já sabe que existem diferentes causas para a distonia, que podem ser genéticas ou até não ter uma causa aparente e muito bem definida, sendo nesse caso chamada de distonia primária ou idiopática. Um outro exemplo é a discinesia tardia, relacionada a alguns tipos de medicamentos, causando geralmente movimentos anormais nos olhos e na boca. Além disso, existem outros tipos de distonias secundárias, associadas a várias condições ou doenças, tais como tumores cerebrais, Doença de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

3. Distonia tem cura

Não tem. E o tratamento geralmente é focado em aliviar os sintomas, uma vez que a cura completa não é possível. As opções podem incluir medicamentos para aliviar os espasmos, fisioterapia para melhorar a função e reduzir a gravidade dos sintomas, terapia ocupacional, que auxilia no gerenciamento das atividades diárias, e suspensão de medicamentos que possam contribuir com a piora da distonia. Em casos graves e resistentes a outras formas de tratamento, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) pode ser considerada uma boa opção.

4. Pais com a doença não passam para seus filhos

Infelizmente, isso não é verdade, já que alguns tipos de distonia podem ter uma predisposição genética importante. A distonia hereditária é associada a mutações genéticas específicas que podem ser transmitidas de geração em geração. A boa notícia é que esse grupo de pacientes tem uma resposta excelente ao DBS.

5. Quem tem distonia não pode trabalhar

Nem sempre, já que o impacto da doença na capacidade de trabalho pode variar de caso para caso. Em alguns pacientes, a condição pode causar limitações físicas significativas, que afetam o desempenho das atividades no dia a dia. Em outros, o paciente consegue realizar suas tarefas com o suporte adequado, como ajustes no ambiente de serviço e algumas outras adaptações. A causa da distonia, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento influenciam diretamente na capacidade de realizar as atividades do cotidiano, sejam no ambiente domiciliar ou no corporativo.

Quer saber mais sobre a doença? Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia.

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