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Câncer pâncreas é agressivo? Entenda como ele afeta o paciente

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Esse tipo de tumor é mais comum no Ocidente e em países industrializados e é tido como o mais agressivo dentre os de origem gastrintestinal

O câncer de pâncreas não está na lista dos dez tumores mais prevalentes entre os brasileiros. Dentre os 483 mil novos casos de cânceres estimados no País durante o triênio 2023-2025, “apenas” 10.980 vão acometer esse órgão, o que significa 2,27% do total. No mundo, os números são parecidos: 2,6% do total de cânceres diagnosticados são de pâncreas, fazendo com que ele ocupe o 14º lugar na lista de incidência, enquanto o câncer de estômago ou câncer de fígado, por exemplo, estão no quinto e sétimo lugar, respectivamente1.

Se o número de casos não chega a ser expressivo, o que realmente chama a atenção nesse tipo de tumor é sua alta mortalidade: no Brasil, em 2020, 11.893 pessoas morreram devido à doença2. E isso, em grande parte, por causa da agressividade com que o tumor se desenvolve.

Agressividade do câncer de pâncreas

“O comportamento biológico do adenocarcinoma de pâncreas é muito agressivo e ele certamente figura entre os tipos de tumor mais severos entre aqueles de origem gastrintestinal”, constata Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Mas sua agressividade não é a única razão para a alta mortalidade, como explica o oncologista: “Historicamente, mesmo aqueles doentes que são diagnosticados com doença precoce e, portanto, ainda passíveis de tratamento cirúrgico com intuito curativo, têm alta chance de apresentar recorrência da doença. E, ao olhar para as taxas de cura de pacientes que foram levados à cirurgia, vemos que no máximo 30% deles estão vivos a pós cinco anos.”

Casos estão crescendo

Nos Estados Unidos, o câncer de pâncreas deve provocar 46 mil mortes em 2040 e ultrapassará o câncer colorretal em taxa de mortaliade. 3

Já no Brasil, a última estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta para 10.980 novos casos para cada ano do triênio de 2023 a 20254. As maiores taxas de incidência na população masculina foram observadas nas Europas Ocidental, Central e Oriental e na América do Norte; enquanto, entre as mulheres, as maiores taxas foram observadas na Europa Ocidental, na América do Norte e no Norte da Europa5.

Outro ponto que tem chamado a atenção dos médicos é sobre os casos em pacientes mais jovens, já que a idade avançada está associada ao aumento do risco de câncer de pâncreas 6

Para o oncologista Vinícius Lorandi existem alguns fatores de risco relacionados que foram mais recentemente identificados: “Um estudo publicado na revista Lance tem 20197, por exemplo, avaliou o impacto da doença em nível mundial e apontou que o tabagismo, a glicose e de jejum alterada (pré-diabetes) e a obesidade figuram entre os principais fatores de risco para esse tipo de tumor”, conta.

O mesmo estudo ainda mostra que a incidência da doença entre 1990 e 2017 mais do que dobrou no mundo: de 190 mil casos em 1990 para 448 mil em 20178. Isso mostra uma tendência de a incidência desse tipo de tumor seguir aumentando de acordo com o envelhecimento da população mundial. “Há muitos outros estudos que relacionam o aumento na incidência de câncer de pâncreas com as dietas ricas em gordura saturada e carne vermelha, especialmente as maturadas ou defumadas. Na contramão dessa estatística, vários estudos mostram uma proteção relacionada ao alto consumo de frutas e vegetais frescos”, relata o médico.

Usar adoçante aumenta o risco desse tipo de tumor?

Ainda sobre as causas da doença, os atuais estudos epidemiológicos têm demonstrado que a resistência a insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina circulando no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose são efetivas causas desse tipo de tumor9. Já sobre o uso de aspartame, que recentemente foi classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um agente potencialmente cancerígeno, ainda não há uma conclusão efetiva, como enfatiza Lorandi. “Embora se deva sempre priorizar a ingestão de alimentos saudáveis e naturais, é preciso cuidado para não tirarmos conclusões precipitadas sobre seu uso.

O que se sabe até agora é que é preciso uma quantidade bastante alta de aspartame para o desenvolvimento de um tumor. Portanto, ainda são necessários mais estudos e tempo para novas conclusões sobre esse tema”, finaliza.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de pânceras e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa para cuidar da sua saúde.

Se você já tem o diagnóstico, leia: Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

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ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

ATENÇÃOIII: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.

ENDO = 1706602 – AA –Saber da Saúde

FONTES

1 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

2 Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2023. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro, RJ. 2022

3 JAMA Network: https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2778204

4 Inca: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf

5 FERLAY et al., 2020; SUNG et al., 2021

6  SUNG et al., 2021; WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020

7 The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017.  The Lancet, 2019.

8  The global, regional, and national burden of pancreatic câncer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017.

9 Diabetes and pancreatic cancer: What is the link? DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

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Enquanto a quimioterapia ainda é a principal estratégia para prolongar o tempo de vida, o conhecimento molecular do tumor e do sistema imunológico aumentam as chances do uso de terapias-alvo e imunoterapia no futuro

Assim como acontece com outros tipos de tumores, o tratamento do câncer colorretal (também chamdo de câncer de intestino) evoluiu nos últimos anos em uma gama maior de opções para os pacientes.

Segundo Alexandre Carlos, médico gastroenterologista e endoscopista, a tendência atual é a da medicina personalizada, que inclui até mesmo o uso de testes genéticos para identificar mutações específicas. “Além disso, a cirurgia robótica tem sido cada vez mais usada por oferecer uma recuperação mais rápida ao paciente e menor morbidade”, enfatiza o especialista, que atua em diferentes instituições de São Paulo, como o Hospital das Clínicas (FMUSP), Sírio-Libanês, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e São Camilo - Pompeia.

Se a conduta é cada vez mais personalizada, a análise completa do tumor se torna ainda mais muito importante. “Além da colonoscopia permanecer sendo o padrão-ouro para a investigação precoce desse tipo de câncer, permitindo até a localização e remoção de pólipos antes que eles se tornem cancerígenos, novas técnicas de imagem, como a colonoscopia virtual, estão sendo usadas para ajudar no estadiamento do câncer colorretal”, complementa Carlos.

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Tratamento para o câncer colorretal

Depois de localizado o tumor, é importante determinar sua lateralidade, ou seja, se está localizado do lado direito ou esquerdo do cólon. “Isso porque as características de evolução da doença [prognóstico] são diferentes em cada lado, sendo que o lado esquerdo responde um pouco melhor ao tratamento do que o direito”, conta o oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo, Mauro Donadio.

Um segundo ponto importante para a decisão terapêutica é o chamado estadiamento da doença, que vai do estágio 1 a 4. “Em cânceres nos estágios iniciais (1, 2 e 3), a cirurgia é a abordagem principal, podendo ainda ser usada em conjunto com terapias adjuvantes, como quimioterapia ou radioterapia, com o intuito de impedir a recidiva do tumor”, descreve o gastrologista.

Donadio lembra que o câncer em estágio 3, que acomete os linfonodos, é uma doença com alto risco de retornar. “Por isso, todos os pacientes nesse estágio são submetidos a quimioterapia adjuvante após a cirurgia para evitar que o tumor retorne, especialmente porque os estudos mais atuais apontam para um número entre 20% e 30% de recidivas nesse tipo de tumor.”

Nos casos de câncer metastático avançado (estágio 4), a cirurgia é bastante rara e via de regra ele é paliativo e sistêmico, mesmo para pacientes mais jovens. “Atualmente, a terapia-alvo e a imunoterapia têm desempenhado um papel crescente no tratamento, no entanto, a combinação de diferentes quimioterápicos têm sido a abordagem padrão em muitos casos. Já a imunoterapia, como inibidores de checkpoints imunológicos, é cada vez mais investigada para casos selecionados e com mutações genéticas específicas”, esclarece Carlos.

Um mito frequentemente associado ao câncer colorretal é que todos os pacientes que passam por cirurgia usarão a bolsa de colostomia, o que não é verdade. “Isso só acontece em lesões muito grandes e quando ocorre uma suboclusão intestinal, impedindo a evacuação. Nesses casos, é feita a reconstrução com o uso da colostomia que, após o tratamento, pode ser reversível. Mas é mais comum de acontecer em tumores próximos ao esfíncter anal”, explica o oncologista.

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Câncer de intestino: um dos tumores que mais matam no Brasil e no mundo

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Este é um tipo de tumor altamente prevenível e com elevada taxa de cura quando diagnosticado precocemente. Por que, então, há tantos óbitos ainda?

Em 2020, as estimativas mundiais diziam haver 1,9 milhão de novos casos de câncer colorretal (também chamdo de câncer de intestino), algo que representa o total de 10% de todos os cânceres diagnosticados e coloca esse tipo de tumor no intestino no terceiro lugar entre os mais incidentes1

Outro fato curioso é que quanto mais desenvolvida economicamente for uma região, maior é a chance de aumento dos casos. As maiores taxas de incidência em homens, por exemplo, foram observadas no Centro, no Norte e no Sul da Europa; já entre as mulheres, esses números são maiores na Oceania e no Norte da Europa2.

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Especificamente no Brasil, o câncer colorretal ocupa o terceiro lugar entre os mais frequentes, atrás apenas dos tumores de mama, segundo entre as mulheres, câncer de próstata, segundo entre os homens, e câncer de pulmão, que ocupa o primeiro lugar. A estimativa do Instituto Brasileiro de Câncer (INCA) é que entre os anos 2023-2025, 45.630 novos casos sejam detectados a cada ano3.

Se observarmos os locais em que a doença prevalece, a região Sudeste apresenta as maiores taxas - validando, portanto, a associação entre mais desenvolvimento econômico e maior chance de câncer colorretal.

Um câncer prevenível, mas com altas taxas de óbito

Segundo o próprio INCA, o câncer colorretal apresenta “alto potencial para prevenção primária, com a promoção à saúde por meio de estímulo a hábitos de vida e dietéticos saudáveis, e secundária, a partir da detecção precoce”4. No entanto, especialmente entre os pacientes mais jovens, é comum o diagnóstico acontecer em estágios mais avançados da doença, quando o tumor já invadiu ou linfonodos da parede intestinal ou até já existem lesões distantes do tumor original.

Talvez, por isso, o número de óbitos permaneça elevado: foram 904.019 mortes decorrentes do tumor no mundo todo no ano de 2022, segundo o observatório GlobalCan da Organização Mundial da Saúde (OMS)5 e 20.245 no Brasil em 2020, conforme os dados mais recentes do INCA.

Perfil do paciente

Recentemente acompanhamos um número grande de personalidades - de diferentes idades - compartilhando o diagnóstico de câncer colorretal, como as cantoras Preta Gil, 49 anos, em tratamento desde janeiro de 2023, e Simony, 47 anos, diagnosticada em 2022 e atualmente submetida à imunoterapia.

No passado, em 2001, a apresentadora Ana Maria Braga, na época com 52 anos, também tratou um tumor raro na região anal e, finalmente, um dos casos de maior repercussão internacional: a morte de Pelé aos 82 anos, no fim de 2022, pouco mais de um ano após a descoberta do seu tumor - e já em fase metastática.

Essa lista deixa claro que o câncer colorretal afeta mulheres e homens de maneira semelhante e que está cada vez mais incidente em pessoas mais jovens. “Antigamente, ter mais de 65 anos era considerado fator de risco para o câncer colorretal, mas nos últimos cinco anos, a incidência, embora predomine em pessoas mais velhas (56%) tem crescido entre os mais jovens: 30% dos pacientes hoje têm entre 50 e 65 anos e cerca de 10% são pessoas entre 20 e 49 anos de idade”, conta Mauro Donadio, oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo.

A mudança na idade dos pacientes alerta também para a necessidade de antecipar o rastreio do tumor, por meio de exames de imagem, como a colonoscopia. Quando o câncer colorretal é diagnosticado nos estágios iniciais 1 e 2 [de tamanho pequeno e localizado], as chances de cura chegam a 90%6. Porém, em casos mais avançados, o tratamento prevê apenas o seu controle.

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O câncer colorretal (também chamdo de câncer de intestino) é hereditário? Quem responde é Mauro Donadio, oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo. “Cerca de 75% de todos os casos de câncer colorretal são esporádicos, ou seja, acontecem sem nenhum fator de risco claramente definido. Entre 10% e 30% dos casos têm associação com o histórico familiar, mas não são caracterizados por uma síndrome genética específica. O fato é que ter casos de câncer colorretal na família, ou já ter tido a doença previamente, aumenta o risco para o desenvolvimento do tumor maligno.”

Existem, porém, algumas mutações genéticas de baixa penetração, o que significa que há uma chance reduzida de que essa mutação se manifeste no corpo da pessoa portadora. Ainda assim, para o desenvolvimento do câncer de intestino, seria preciso uma associação com os fatores de risco externos, como dieta rica em carboidratos e carnes vermelhas e pobre em fibras, obesidade e sedentarismo1.

“Entre as principais síndromes hereditárias estão a síndrome de Lynch [também chamada de síndrome de câncer colorretal hereditário não-polipoide] e a síndrome da polipose adenomatosa familiar. Mas são situações bastante raras e somam apenas 1% a 2% de todos os casos de câncer colorretal”, enfatiza o oncologista.

Nesses casos de síndromes hereditárias, mesmo com hábitos de vida que reduzam os fatores de risco externos, não é possível evitar o desenvolvimento do tumor maligno, pois existe um fator genético mais importante e determinante atuando para o avanço da doença.

“Se durante a consulta com o paciente o médico oncologista identificar sinais de alguma dessas síndromes, é indicado o aconselhamento genético com o oncogeneticista. Isso é importante até para mudar a forma de rastreio nesses casos”, finaliza Donadio, mas enfatizando que esses casos são exceção. Na maioria das vezes, não existe uma causa genética facilmente identificável para o câncer colorretal.

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