A REVISTA DIGITAL DA SAÚDE

5 passos para viver melhor com a doença de Parkinson

Ouvir texto -
Compartilhe esse artigo

A condição tem sintomas progressivos ao longo do tempo, mas o tratamento adequado oferece mais qualidade de vida ao paciente

O Parkinson é a segunda doença do sistema nervoso central, degenerativa, crônica e progressiva mais frequente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 4 milhões de pessoas no mundo e 200 mil brasileiros receberam esse diagnóstico. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, os casos mundiais podem dobrar até 2040, já que as estimativas apontam que 1% das pessoas com mais de 65 anos convivem com esta condição. 

A principal causa da doença é a morte das células cerebrais responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos. Entre os sintomas mais conhecidos estão os tremores e a lentidão de movimentos, mas o paciente também pode apresentar rigidez muscular, distúrbios de fala, depressão, dores e problemas respiratórios e urinários.¹

Para o médico neurocirurgião funcional dr. Erich Fonoff, a chave para um bom prognóstico é o diagnóstico adequado da doença. “Apesar do Parkinson não ter cura, houve uma evolução muito grande no tratamento dos pacientes nos últimos 30 anos. Mas, para isso, o diagnóstico clínico precisa ser muito bem feito, levando em conta vários fatores e indícios, a história e evolução dos sintomas e como eles apareceram”. 

A doença é tratável com medicações que devem ser usadas por toda a vida e repõem parcialmente a dopamina, melhorando os sintomas. Outra alternativa é o procedimento cirúrgico para que os sintomas sejam controlados por meio da estimulação cerebral profunda. O tratamento deve ser acompanhado por uma equipe de saúde com terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e outros profissionais que auxiliem o paciente a manter a autonomia na realização das atividades diárias.

Fonoff pontua cinco elementos importantes para que os pacientes diagnosticados tenham melhor qualidade de vida com a Doença de Parkinson:

  • Exercícios físicos

“Hoje, sabemos que alongamento, fortalecimento e exercícios aeróbicos com frequência fazem com que os pacientes tenham uma melhora nos sintomas, na funcionalidade e redução da progressão da doença”.

  • A importância da medicação, reabilitação e cirurgia

Segundo o neurocirurgião, para um tratamento adequado, os pacientes devem levar em conta três fatores principais: medicação, reabilitação física e, para casos mais específicos, a cirurgia com estimulação cerebral profunda.

  • Medicações X cirurgia

Fonoff explica que as medicações são eficientes para a maioria das pessoas. “A estimativa é que somente 20% dos pacientes com Parkinson vão precisar de cirurgia para melhorar a qualidade de vida”. Para os que precisarem, vale lembrar que a cirurgia já é realizada há mais de 20 anos, de forma segura, e com resultados expressivos. 

  • Cuidados e rotinas

“Hoje em dia, pacientes com Parkinson têm uma vida próxima ao normal, mas não a custo zero. É importante que mantenham uma rotina, tenham boa alimentação e façam exercícios físicos”. 

  • Conteste os mitos

Para o médico, existem muitos mitos sobre a doença, como a ideia de que o Parkinson é definido por pessoas idosas que apresentam tremores. “Praticamente um terço dos pacientes não apresenta nenhum tremor”. Ele destaca, ainda, que é importante fugir de mitos que podem prejudicar o tratamento. “Há quem diga que as pessoas devem evitar a medicação, mas isso só faz com que a doença avance ainda mais.”

Agora que você se informou sobre 5 passos para viver melhor com a doença de Parkinson, aproveite e acesse demais conteúdos sobre Sistema Nervoso

Saiba mais sobre o Saber da Saúde

Saber da Saúde é uma iniciativa da Boston ScientificTM com o objetivo de disseminar conhecimento científico sobre saúde para o maior número de brasileiros possível.

A desinformação não pode ser um obstáculo para o acesso à saúde. Acreditamos que com informação confiável, pacientes e redes de apoio podem tomar decisões com mais agilidade, obtendo diagnósticos mais cedo e buscando tratamentos cada vez mais eficazes, oferecendo suporte mais adequado para as condições de cada paciente.

Relacionados

Por que é tão difícil diagnosticar a distonia corretamente?

Sistema Nervoso

Por que diagnosticar a distonia é tão difícil?

A variedade de apresentações clínicas e a sobreposição de sintomas com outras condições neurológicas ainda são desafios na hora do diagnóstico

Existem muitos e diferentes tipos de distonia, mas, em comum a todas elas, está o fato de o diagnóstico ser sempre clínico1. Por essa razão, pode acontecer de ocorrer uma dificuldade na hora de comprovar o quadro. Há casos de distonias focais que costumam ser diagnosticadas já na primeira avaliação, sem necessidade de exames complementares mais complexos, enquanto outras formas da doença exigem um estudo mais aprofundado rumo a um diagnóstico preciso.

Além disso, alguns tipos de distonia podem ter início gradual e progredir ao longo do tempo, tornando a identificação precoce mais difícil. Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, explica que o processo de diagnóstico da distonia muitas vezes envolve a exclusão de outras condições neurológicas que podem apresentar sintomas semelhantes. “Para tal, é importante ouvir e compreender bem as queixas de cada paciente e realizar um exame físico neurológico completo dentro do consultório”, resume.

Ainda podem ser necessários exames de imagem, como a ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para descartar lesões cerebrais ou outras anormalidades. “A realização de testes genéticos e o monitoramento de sintomas para entender a evolução da doença também são ferramentas importantes, que contribuem para o diagnóstico e tratamento adequados”, complementa.

Isso porque a melhor forma de tratamento depende muito do tipo específico de distonia, como explica o neurocirurgião. “O plano de tratamento é personalizado e, muitas vezes, conta com uma equipe multidisciplinar composta por vários profissionais da saúde, como neurologistas, neurocirurgiões, neurofisiologistas e neuropsicólogos, sempre com o foco em restabelecer a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados.”

No entanto, o mais importante é que o paciente chegue ao médico especialista, que neste caso é o neurologista especialista em distúrbios do movimento. “Esses profissionais têm o conhecimento necessário para diagnosticar a condição mais precocemente e propor as melhores formas de tratamento. Quando existe a necessidade de tratamento cirúrgico, o neurologista encaminha o paciente para a avaliação de um neurocirurgião”, finaliza Mendes.

Quer saber mais sobre a doença? Descubra os 5 mitos que ainda existem sobre a distonia.

Aproveite também para ver essa história de superação: De volta às quadras de tênis depois da Estimulação Cerebral Profunda

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.

NMD = 1898906 – AA – Saber da Saúde

Doença de Parkinson e Tremor Essencial: reconheça as diferenças

Sistema Nervoso

Parkinson x Tremor Essencial: saiba as diferenças

Os sintomas, algumas vezes parecidos, fazem com que muitos confundam essas duas doenças. E, mesmo desconhecido, o Tremor Essencial supera os casos de Parkinson

Embora possam apresentar sintomas semelhantes, como os tremores, é preciso deixar claro que a doença de Parkinson e o Tremor Essencial são condições neurológicas bastante diferentes. Enquanto a doença de Parkinson é causada pela degeneração progressiva das células nervosas produtoras de dopamina na substância negra do cérebro, o Tremor Essencial é um distúrbio neurológico do movimento 1, com alto componente genético.

“Na doença de Parkinson, além do tremor, os pacientes podem apresentar sintomas como rigidez muscular, bradicinesia [movimentos lentos], instabilidade postural e outros sintomas como diminuição do olfato, distúrbios do sono e piora cognitiva [demência]”, explica Felipe Mendes, neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e médico pioneiro na técnica cirúrgica de aneurisma com paciente acordado em Minas Gerais.

Já o Tremor Essencial é caracterizado por tremores rítmicos, involuntários e oscilatórios, que geralmente afetam as mãos, mas podem ocorrer em outras partes do corpo. O especialista resume: “Ao contrário do Parkinson, os pacientes com Tremor Essencial não apresentam outros sintomas motores significativos.”

Saiba mais sobre a diferenças entre os tremores

Doença de Parkinson Tremor essencial Doença de Parkinson Tremor essencial

A progressão da doença é muito variável e desigual entre os pacientes.

O início dos tremores é desencadeado por atividades específicas, como segurar objetos ou realizar movimentos finos e pode começar em qualquer idade, sendo mais comum em adultos mais velhos.

Frequentemente chamado de "tremor de repouso", surge quando a pessoa não está fazendo atividades e diminui durante o movimento.

Os tremores podem piorar em situações em que as pessoas se sintam mais nervosas e ansiosas e, curiosamente, podem diminuir durante o consumo de bebidas alcoólicas.

 

E o tratamento, pode ser igual?

Em partes sim. Mendes descreve que, no Parkinson, o tratamento inicialmente envolve medicamentos para aumentar os níveis de dopamina, além de reabilitação com fisioterapia e terapia ocupacional. Em casos selecionados, a Estimulação Cerebral Profunda, também conhecida como DBS (sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) também é indicada.

O Tremor Essencial, por sua vez, é inicialmente tratado com medicamentos como os beta-bloqueadores, além de terapias ocupacionais e comportamentais. “Porém, quando não há melhora ou os sintomas são incapacitantes, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) também surge como uma boa opção de tratamento”, finaliza.

Quer saber mais sobre a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) e como ela pode transformar a qualidade de vida de pacientes? Clique aqui e confira todos os detalhes!

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.

NMD = 1898906 – AA – Saber da Saúde

5 mitos que ainda existem sobre a distonia

Sistema Nervoso

5 mitos sobre a distonia que você precisa conhecer

Essa condição neurológica costuma provocar dores e espasmos que atrapalham a vida do paciente. Mas a falta de informação é igualmente perigosa

A distonia é uma doença complexa e pode se apresentar de diferentes formas para cada paciente. Em comum, está o fato de ainda existirem muitos mitos envolvidos, atrapalhando o bom entendimento para a busca do tratamento adequado.

Com a ajuda de Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, desvendamos os principais deles:

1. Distonia é sempre igual

Não é verdade. A distonia é um distúrbio neurológico do movimento muito complexo e altamente variável, caracterizado por contrações musculares involuntárias, afetando desde crianças pequenas a adultos mais velhos. A causa exata da distonia ainda não é conhecida, mas a suspeita é de que haja um funcionamento anormal dos gânglios da base, uma parte profunda do cérebro que ajuda a controlar a coordenação dos movimentos.

A distonia pode ser classificada levando em consideração fatores como idade de início dos sintomas, áreas do corpo afetadas e a causa subjacente. Um exemplo é a distonia focal, limitada a uma área específica do corpo, como o pescoço (distonia cervical ou torcicolo espasmódico), os olhos (blefaroespasmo), a mandíbula, a boca e a face interior (distonia oromandibular), as cordas vocais (distonia laríngea), e os braços e pernas (distonia de membro).

2. Pouco ainda se sabe sobre esse quadro

A ciência já sabe que existem diferentes causas para a distonia, que podem ser genéticas ou até não ter uma causa aparente e muito bem definida, sendo nesse caso chamada de distonia primária ou idiopática. Um outro exemplo é a discinesia tardia, relacionada a alguns tipos de medicamentos, causando geralmente movimentos anormais nos olhos e na boca. Além disso, existem outros tipos de distonias secundárias, associadas a várias condições ou doenças, tais como tumores cerebrais, Doença de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

3. Distonia tem cura

Não tem. E o tratamento geralmente é focado em aliviar os sintomas, uma vez que a cura completa não é possível. As opções podem incluir medicamentos para aliviar os espasmos, fisioterapia para melhorar a função e reduzir a gravidade dos sintomas, terapia ocupacional, que auxilia no gerenciamento das atividades diárias, e suspensão de medicamentos que possam contribuir com a piora da distonia. Em casos graves e resistentes a outras formas de tratamento, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) pode ser considerada uma boa opção.

4. Pais com a doença não passam para seus filhos

Infelizmente, isso não é verdade, já que alguns tipos de distonia podem ter uma predisposição genética importante. A distonia hereditária é associada a mutações genéticas específicas que podem ser transmitidas de geração em geração. A boa notícia é que esse grupo de pacientes tem uma resposta excelente ao DBS.

5. Quem tem distonia não pode trabalhar

Nem sempre, já que o impacto da doença na capacidade de trabalho pode variar de caso para caso. Em alguns pacientes, a condição pode causar limitações físicas significativas, que afetam o desempenho das atividades no dia a dia. Em outros, o paciente consegue realizar suas tarefas com o suporte adequado, como ajustes no ambiente de serviço e algumas outras adaptações. A causa da distonia, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento influenciam diretamente na capacidade de realizar as atividades do cotidiano, sejam no ambiente domiciliar ou no corporativo.

Quer saber mais sobre a doença? Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.

NMD = 1898906 – AA – Saber da Saúde

Use o menu abaixo e explore artigos sobre cada condição clínica

Todas as áreas terapêuticas
  • Neurologia
  • Coração
  • Saúde Urológica
  • Cânceres e Tumores
  • Sistema Circulatório
  • Obesidade
  • Outras Condições
  • Acesso à Saúde
  • Histórias
  • Todas as áreas terapêuticas
Coisas que um paciente com Fibrilação Atrial pode fazer

Coração

Coisas que um paciente com Fibrilação Atrial pode fazer

Veja as atividades recomendadas para pacientes com fibrilação atrial e entenda como elas podem ajudar a melhorar a qualidade de vida.
Conheça 6 fatores de risco para o tromboembolismo

Sistema Circulatório

Conheça 6 fatores de risco para o tromboembolismo

Tromboembolismo pode desencadear a trombose venosa profunda que, se não for tratada a tempo, pode ter consequências sérias ao paciente. Veja como evitar.
Arritmia: conheça os tratamentos indicados

Coração

Arritmia: conheça os tratamentos indicados

Cada arritmia é única e, por isso, seu tratamento deve ser personalizado. Conheça agora a jornada em busca pelo controle da doença
Estimulação cerebral profunda: mais uma opção no tratamento da distonia

Sistema Nervoso

Estimulação cerebral profunda: mais uma opção no tratamento da distonia

Descubra como a estimulação cerebral profunda pode ser uma opção no tratamento da distonia, ajudando a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Artigos relacionados

Cadastre-se e receba mais informações

*Campos obrigatórios