
Obesidade
Balão Intragástrico: para quem é indicado?
Com a correta indicação, é possível perder até 13,95% 8 do peso inicial em apenas seis meses de uso do dispositivo. Saiba mais sobre esse tipo de tratamento
A obesidade é hoje um dos principais problemas de saúde global. E quem diz isso é a própria Organização Mundial de Saúde (OMS): atualmente, uma em cada oito pessoas tem esse diagnóstico no mundo.1 Dados de 2022 mostram que o percentual de adultos com sobrepeso ou obesos dobrou de 1990 para cá e esse número quadruplicou entre os adolescentes.2 Tudo isso alerta para a necessidade de uma ação multidisciplinar tanto para a prevenção como para o tratamento eficaz desta que é uma doença crônica — e, portanto, incurável — e complexa. Se nada for feito, os riscos para a saúde de crianças, adolescentes e adultos são gigantescos, alerta a OMS, inclusive com altas taxas de mortalidade.
Aqui no Brasil, o cenário da obesidade é ainda mais grave. Dados do Mapa da Obesidade feito pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) mostram que um em cada cinco brasileiros tem o diagnóstico confirmado pelo índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m²- lembrando que IMC entre 25 e 29 kg/m² já configura sobrepeso e um IMC acima de 40 kg / m² significa obesidade mórbida.3
E diante do aumento da prevalência nos últimos anos, as possibilidades terapêuticas de tratamento também cresceram, entre elas as intervenções cirúrgicas e procedimentos endoscópicos, como o balão intragástrico.
Utilizado há mais de 20 anos* , o balão ORBERA® foi um dos pioneiros no país, e é indicado, com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como uma ferramenta de auxílio para o emagrecimento de adultos com obesidade, isso é com IMC ≥30 kg/m²,e que já tentaram outros métodos para a perda de peso4.
E, segundo o I Consenso Brasileiro de Balão Intragástrico[1], designado a partir dos dados de 41.863 pacientes, a porcentagem média de perda de peso com o procedimento foi de 18,4% em seis meses. E com uma taxa de eventos adversos de apenas 2,5%, sendo as mais comuns a hiperinsuflação do balão (0,9%) e a desinsuflação (0,8%), ou seja, o balão encher demais ou murchar dentro do estômago.
Além disso, uma meta-análise realizada com pacientes obesos que fizeram uso do balão intragástrico demonstrou que essa perda do peso melhora até mesmo outras doenças nos pacientes, como a gordura do fígado, em 79,2% dos casos.6
O uso do balão na prática clínica
Jimi Scarparo, médico endoscopista e cirurgião do aparelho digestivo, utiliza o balão em seus pacientes desde 2008, com ótimos resultados: “Em minha prática clínica, mais de 80% dos pacientes têm resultados considerados satisfatórios (com 15% ou mais de perda de peso inicial). Entre as pessoas que não vão ter um bom resultado e aquelas que também não se adaptam com uma prótese no estômago calculo que sejam 3% dos pacientes”, revela o especialista, que é membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), além de atuar como diretor técnico da Clínica Scarparo - Tratamento da Obesidade.
Segundo o especialista, a indicação por esse tipo de intervenção é feita especialmente para aqueles pacientes que têm peso excessivo e que já tentaram métodos mais conservadores, como uso de medicamentos, dietas e exercícios físicos.
“São pessoas que precisam perder uma quantidade de peso que seria muito difícil de atingir sozinhas, mas que ainda não possuem a indicação de uma intervenção radical como uma cirurgia bariátrica”, resume.
Para quem o balão é mais indicado?
Scarparo define que o paciente ideal para o procedimento apresente sobrepeso ou obesidade grau I. E não há uma restrição de idade para o uso do balão.
“Temos realizado o implante do balão em adolescentes, bem como num público mais senil. E, embora os pacientes mais velhos tenham um metabolismo mais lento por causa da idade, costumam conquistar resultados melhores, pois são mais responsáveis com o protocolo do tratamento, que inclui seguir uma dieta planejada por nutricionista e a prática de atividades físicas, entre outras ações”, revela.
Vale lembrar que esse tipo de intervenção não altera funções metabólicas do organismo, senão aquelas do trato digestivo, e que as evidências científicas que analisaram nove ensaios clínicos randomizados, ou seja, com grupos de pessoas escolhidos aleatoriamente, e somando um total de 395 pacientes indicam que o procedimento endoscópico é seguro, bem como o balão utilizado no método.7
Queixas mais frequentes e como gerenciá-las
O médico destaca, entre as queixas mais comuns, sintomas como náuseas, vômitos e cólicas, tudo provocado pela presença de uma prótese de silicone preenchida com um líquido e enclausurada dentro do estômago — o balão: “85% das pessoas vão sentir esse tipo de desconforto por 3 a 5 dias e uns 10% por mais tempo. Somente 5% dos pacientes terão poucos sintomas ou serão assintomáticos.”
Para aplacar os sintomas descritos, é comum que o médico indique o uso de medicamentos orais [entre eles antinauseosos, antiespasmódicos, antieméticos e analgésicos] nos primeiros cinco dias após o procedimento, o que ajuda a reduzir a taxa de retirada precoce do balão. Ainda assim, Scarparo calcula que cerca de 3% dos pacientes vão optar por encerrar o tratamento logo nos primeiros dias.
Por isso, o especialista conclui que o maior responsável pelo bom resultado do tratamento é o próprio paciente. “Quanto mais ele se engajar no protocolo proposto, mais chances de perda de peso ele terá. Já tive pacientes que perderam mais de 40% do peso total e tive pacientes que engordaram mesmo com o uso do balão. Portanto, é importante ressaltar que, mesmo eficaz, o tratamento pode ser completamente sabotado pelo próprio paciente”, finaliza.
Dê o primeiro passo para uma vida mais saudável! Explore nossas soluções e descubra como superar a obesidade com confiança e cuidado. Acesse agora o Leve a Vida Mais Leve.
ATENÇÃO I: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.
ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.
ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.