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Câncer colorretal: conheça as novidades no tratamento e no diagnóstico
Enquanto a quimioterapia ainda é a principal estratégia para prolongar o tempo de vida, o conhecimento molecular do tumor e do sistema imunológico aumentam as chances do uso de terapias-alvo e imunoterapia no futuro
Assim como acontece com outros tipos de tumores, o tratamento do câncer colorretal (também chamdo de câncer de intestino) evoluiu nos últimos anos em uma gama maior de opções para os pacientes.
Segundo Alexandre Carlos, médico gastroenterologista e endoscopista, a tendência atual é a da medicina personalizada, que inclui até mesmo o uso de testes genéticos para identificar mutações específicas. “Além disso, a cirurgia robótica tem sido cada vez mais usada por oferecer uma recuperação mais rápida ao paciente e menor morbidade”, enfatiza o especialista, que atua em diferentes instituições de São Paulo, como o Hospital das Clínicas (FMUSP), Sírio-Libanês, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e São Camilo - Pompeia.
Se a conduta é cada vez mais personalizada, a análise completa do tumor se torna ainda mais muito importante. “Além da colonoscopia permanecer sendo o padrão-ouro para a investigação precoce desse tipo de câncer, permitindo até a localização e remoção de pólipos antes que eles se tornem cancerígenos, novas técnicas de imagem, como a colonoscopia virtual, estão sendo usadas para ajudar no estadiamento do câncer colorretal”, complementa Carlos.
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Tratamento para o câncer colorretal
Depois de localizado o tumor, é importante determinar sua lateralidade, ou seja, se está localizado do lado direito ou esquerdo do cólon. “Isso porque as características de evolução da doença [prognóstico] são diferentes em cada lado, sendo que o lado esquerdo responde um pouco melhor ao tratamento do que o direito”, conta o oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo, Mauro Donadio.
Um segundo ponto importante para a decisão terapêutica é o chamado estadiamento da doença, que vai do estágio 1 a 4. “Em cânceres nos estágios iniciais (1, 2 e 3), a cirurgia é a abordagem principal, podendo ainda ser usada em conjunto com terapias adjuvantes, como quimioterapia ou radioterapia, com o intuito de impedir a recidiva do tumor”, descreve o gastrologista.
Donadio lembra que o câncer em estágio 3, que acomete os linfonodos, é uma doença com alto risco de retornar. “Por isso, todos os pacientes nesse estágio são submetidos a quimioterapia adjuvante após a cirurgia para evitar que o tumor retorne, especialmente porque os estudos mais atuais apontam para um número entre 20% e 30% de recidivas nesse tipo de tumor.”
Nos casos de câncer metastático avançado (estágio 4), a cirurgia é bastante rara e via de regra ele é paliativo e sistêmico, mesmo para pacientes mais jovens. “Atualmente, a terapia-alvo e a imunoterapia têm desempenhado um papel crescente no tratamento, no entanto, a combinação de diferentes quimioterápicos têm sido a abordagem padrão em muitos casos. Já a imunoterapia, como inibidores de checkpoints imunológicos, é cada vez mais investigada para casos selecionados e com mutações genéticas específicas”, esclarece Carlos.
Um mito frequentemente associado ao câncer colorretal é que todos os pacientes que passam por cirurgia usarão a bolsa de colostomia, o que não é verdade. “Isso só acontece em lesões muito grandes e quando ocorre uma suboclusão intestinal, impedindo a evacuação. Nesses casos, é feita a reconstrução com o uso da colostomia que, após o tratamento, pode ser reversível. Mas é mais comum de acontecer em tumores próximos ao esfíncter anal”, explica o oncologista.
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ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde
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ENDO = 1824102 – AA – Saber da Saúde